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sábado, 14 de dezembro de 2013

Por que Deus escolheu Israel?

A Terra Santa não é somente um espaço geográfico que serviu de cenário para a Bíblia. De lá, estrategicamente, Deus propagou Sua Palavra

Israel está intimamente ligada à história da civilização de todo o planeta, embora o surgimento do que conhecemos como o Estado de Israel seja recente: 1948.
Não há como falar em Israel sem falar em sangrentos conflitos. A estreita faixa de terra no Oriente Médio foi, durante milênios, cobiçada e conquistada por diversos povos. Por vezes tomada à força e, por outras, recuperada, a área ainda é foco de disputas políticas e bélicas. Enquanto na Bíblia muito dessa discórdia é narrada – conquistas romana, grega, persa, egípcia e pelo próprio povo judeu –, do século 19 para cá podemos traçar uma breve linha do tempo que ajuda a entender a realidade atual, presente nas manchetes dos meios de comunicação.
Os judeus foram expulsos pelos romanos no século 3. Em 1897, espalhados por todo o mundo por causa dadiáspora (dispersão de povos obrigados a viver no exílio por serem perseguidos por motivos políticos ou religiosos) causada por Roma, decidiram voltar à outrora Terra Prometida, com foco especial para a sagrada Jerusalém. A então conhecida área da Palestina pertencia, então, ao Império Otomano, e nela viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903 já existiam 25 mil imigrantes judeus morando entre eles. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial (1914), já haviam virado mais de 60 mil. Após a Grande Guerra, oReino Unido tornou-se responsável pela Palestina, em um acordo internacional entre os vencedores do conflito mundial.
Quando terminou a Segunda Guerra Mundial, em que o impacto para os judeus de vários países foi um dos mais traumatizantes da história – o Holocausto, em que milhões pereceram nas mãos dos nazistas –, os filhos de Abraão na Palestina já eram mais de 600 mil. A imigração para a região aumentou bastante com o fim da guerra, em 1945. Os confrontos, também.
Finalizada a guerra, o mandato britânico também chegou ao fim e a situação foi delegada, em 1947, à então recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU), que tentou intervir na eterna disputa territorial entre judeus e árabes.
A entidade internacional propôs a criação de um Estado duplo, dividido entre árabes e judeus, com uma Jerusalém “internacional”, que seria uma intersecção entre os dois povos. Não houve simpatia pela proposta por parte de ambos os lados.
O Estado de Israel
Israel tomou o território que a ONU determinava e declarou a sua independência. EgitoSíriaJordânia eLíbano não aceitaram e atacaram a região. Foram derrotados.
Em 1967, mais um confronto. Naquela que ficou conhecida como Guerra dos 6 Dias, Israel não só derrotou novamente Egito, Síria e Jordânia, como conquistou toda a Cisjordânia, as Colinas de Golã e Jerusalém Oriental – até então ocupada pelos árabes. Em 1973, Egito e Síria tentaram uma retaliação na chamadaGuerra do Yom Kippur (o Dia do Perdão), mas não obtiveram sucesso.
Entrou o século 21, sem que a discórdia acabasse. Assim como os palestinos se negam a reconhecer o Estado de Israel, este não quer devolver os territórios ocupados desde 1967.
Atualmente, os conflitos no Oriente Médio novamente ocupam as manchetes mundiais, e a tão almejada paz (pelo menos para a maioria) é uma realidade cada vez mais distante.
A Palavra explica
Claro que muitos fatos ocorridos no período descrito ficaram fora do resumo, mas o básico para entendê-los aí está. Não é um assunto tão distante quanto imaginamos, pois a História acontece hoje, para depois constar nos livros e outros registros. A Terra Santa não é tão distante de nossa realidade ocidental quanto muitos pensam. Afinal, fatos acontecidos nela dizem respeito à nossa vida espiritual e ao destino de todos nós perante a eternidade com Deus, como descrito em Apocalipse.
Aliás, não foi por acaso que Deus escolheu Israel como ponto de partida para a divulgação de Seus preceitos. Era um ponto estratégico para a realidade do mundo então conhecido, como veremos abaixo.
Entre as superpotências da época
A maioria das histórias da Bíblia teve como cenário a área que Israel ocupa na atualidade. Pode, à primeira vista, parecer um território bem pequeno no quadro internacional, mas ganha muita importância se analisarmos o plano de Deus.
Israel ocupava uma área estratégica em relação àquelas que poderíamos chamar de as “superpotências” do mundo antigo. O Senhor revelou Sua soberania sobre os hebreus, que se estabeleceram poderosamente naquela estreita faixa de terra na costa leste do Mediterrâneo, e de lá irradiou Sua glória aos reinos vizinhos, que por sua vez continuaram a divulgar a Palavra por seus domínios mundo afora. Todos foram influenciados: parceiros comerciais, migrantes e até mesmo invasores e conquistadores – lembre-se de como Daniel foi um importante divulgador do poder de Deus enquanto seu povo era escravo na Babilônia e como o próprio Império Romano se curvou ao cristianismo que tão ferozmente combateu.
O Império Heteu, por exemplo, situava-se na atual Turquia, num território que se estendia em direção à Síria e ao norte da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates. No início da época civilizada do Antigo Testamento, os heteus dominaram Canaã frequentemente. Embora guerreiros natos, chamavam atenção pelo alto nível de desenvolvimento, que envolvia as artes, a arquitetura e as leis. Foram os primeiros a dominar a ciência da refinação do minério de ferro, por exemplo, que impulsionou várias culturas. Foi deles que Abraão comprou as terras em que ele e sua família foram sepultados (Gênesis 25.10).
O Egito abrigou uma das mais antigas civilizações da Terra. Fundado há mais de 5 mil anos às margens dorio Nilo, era uma das grandes potências políticas e financeiras do planeta. Por causa do famoso rio que o mantém até hoje, raramente passou por períodos de escassez – muito por causa de boas administrações. Em algumas ocasiões, o próprio povo de Deus lá morou, em momentos de crise. Os egípcios entraram em conflito muitas vezes com os hebreus por causa de terras e das rotas comerciais, chegando a escravizá-los (como mostra o livro de Êxodo). Moisés, antes de levar seu povo à Terra Prometida, foi usado para mostrar o poder de Deus a seus captores diversas vezes, até conseguir a tão almejada liberdade.
Os sumérios ocuparam o sul da Mesopotâmia por mais de 3 milênios. Habitavam suas várias cidades-estados, que guerreavam entre si continuamente pelas fontes de água. Uma dessas cidades – e uma das mais poderosas – era Ur, origem de Abraão, que de lá saiu em vida nômade por ordem de Deus. Aquele povo desenvolveu atividades como a agricultura, o comércio, a matemática, a arte, a arquitetura, a astronomia e até a escrita em sua origem cuneiforme (símbolos gravados em argila por objetos pontudos). É bastante curioso saber que um dos primeiros difusores do Deus Todo Poderoso foi separado de um grande povo politeísta, escolhido para mostrar a todos o verdadeiro Senhor. E, por meio de Abraão, o Pai cuidou de povoar toda a Terra, com seus muitos descendentes.
O Crescente Fértil era uma grande região que se estendia desde o Nilo até a Mesopotâmia, passando pela costa do Mediterrâneo, constantemente cobiçada por vários povos.
A Mesopotâmia foi berço e lar de várias culturas importantíssimas para as épocas do Antigo e do Novo Testamentos: sumérios, caldeus, assírios, babilônicos, persas e arameus  – de quem veio o aramaico, que se tornou a “língua internacional" da época neotestamentária, falada por Jesus. De Israel, o Messias agitou as nações com os preceitos Divinos, o que fez com que os maiores líderes da época voltassem sua atenção para aquela pequena terra às margens do Mediterrâneo, uma importante ligação entre países e continentes. Por ele, invasores e migrantes passaram difundindo a crença em Deus – como Paulo, que empreendeu várias viagens por suas águas, por meio das quais a Palavra chegou à Europa, por exemplo, e foi levada Às colônias do Novo Mundo (Américas e Oceania) ao longo dos séculos.
Todos esses lugares e povos foram muito importantes, mas não podemos nos esquecer dos Impérios Grego e Romano, que dominaram vários deles. Líderes e súditos de Roma e da Grécia tiveram contato com a Palavra e não saíram intocados por ela, contribuindo mais do que significativamente por sua difusão pelo mundo antigo, com reflexos pelas outras eras.
De lá para o mundo
Olhando desse modo, Israel já não parece tão pequeno quanto pode parecer no mapa. Foi o ponto estratégico de onde partiu o conhecimento sobre o Senhor Soberano, para que todas as nações do mundo O conheçam.
 
Autor: arcauniversal
Fonte: arcauniversal

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