Visitantes

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013




Abgail _ A pacificadora
Enviar a um amigo

Há um grupo de mulheres que desejo apresentar aqui. Sem dúvida tens ouvido falar de muitas delas, e pode até ser que conheça alguma. Porém, quero que chegues a conhecê-las a fundo, de tal forma que possas contá-las entre tuas amigas pessoais. Elas estão à disposição de quem quer que as procure, pois são mulheres da bíblia, e de todas aprendemos algo de importante. Suas vidas, sua fé, suas boas obras, suas experiências com Deus estão registradas nas escrituras para nosso benefício. Essas mulheres comovem-nos por sua piedade e sabedoria. Elas nos inspiram a sermos melhores cristãos.

Por outro lado, há um grupo de mulheres na bíblia que nos assustam por suas maldades e crueldade. Personificam o negativo e o pecado. Todavia, destas também tiramos lições, pois suas vidas nos ensinam bem os danos que podemos causar mulheres que não vivem sob temor de Deus.

Porém, dentre as mulheres virtuosas da bíblia, queremos nos ocupar com Abgail.
A bíblia faz-lhe referencia em primeiro Samuel (cap. 25). Abgail era uma mulher de nobre descendência, definida na palavra de Deus como “de bom entendimento”. O texto bíblico acrescenta que ela era “de nobre aparência”. Sem dúvida, a beleza de Abigail era um reflexo de sua formosura interior. Era uma boa esposa, e o tipo da mulher que merecia ser feliz. Como a mulher virtuosa de provérbios 31, cuidava de sua família e de seus criados.

Porém enquanto ela se tornou conhecida por sua bondade e gentileza, seu esposo era um homem grosseiro. As escrituras o escrevem como um “homem duro e de más obras”. Seu nome Nabal significava “insensato”. Nabal era um homem com quem a convivência se mostrava difícil sua dureza, sua mesquinhez e mau gênio eram suficientes para amargar a vida de qualquer mulher. Porém Abigail manteve seu espírito de doçura e mansidão, apesar da dureza tão adversa de seu esposo. Se o Santo Espírito de Deus estivesse sobre todas as irmãs, como muitos lares seriam diferentes! A palavra áspera seria contestada com uma frase doce. A “cara amarrada” ou gesto de impaciência seriam neutralizados com um sorriso puro, e as montanhas de incompreensão seriam demolidas.

Era a época da tosquia de ovelhas na fazenda de Nabal. Dias de árduo trabalho para Abigail, pois tina de preparar comida para dezenas de trabalhadores e criados, e sem dúvida não havia tempo para descansar. Inesperadamente, em meio ao trabalho, apareceram diante de Nabal dez jovens que não pertenciam à fazenda. Vinham da parte de Davi que se encontrava no deserto, fugindo de Saul. Muitas vezes os homens de Davi haviam se encontrado com os homens de Nabal, no deserto. Davi e os seus os tratavam bem, e até protegiam os rebanhos que eles pastoreavam.

Porém, agora Davi encontrava-se faminto e necessitado, e mandara pedir a nabal que lhe enviasse um pouco do muito que ele tinha. Era uma petição justa. Nabal tinha mantimentos em abundância e em nenhum aspecto lhe seria pesado dar comida aos homens de Davi. Porém, sua resposta foi um duro “não”. Negou a comida aos jovens e ainda humilhou na presença dos trabalhadores que ali estavam. Tratou-os som expressões depreciativas, e sobre seu líder, disse: ”Quem é Davi, e quem é filho de Jessé? Muitos há hoje, e cada um foge a seu senhor”.

Quando os moços regressaram ao acampamento com as mãos vazias e os lábios cheios de palavras duras proferidas por Nabal, Davi se encheu de ira. Deu ordem para que todos cingissem suas espadas, e sem perda de tempo saíram para tomar vingança. Era seu pensamento “não deixar com vida nenhum varão”. Porém um dos servos de Nabal contou o ocorrido a Abigail, e ela reconhecera a necessidade de agir imediatamente, e sem fazer qualquer alarme. Abigail salvaria seu esposo e seu lar da destruição total. Porém. Ela sabia que se dissesse a Nabal o que pensava fazer, ele não lhe permitiria, e lhe faria perder um tempo precioso.

Apressadamente, mas de modo organizado, a esposa de Nabal preparou comida para 600 homens: 200 pães, dois odres de vinho, cinco ovelhas guisadas e outras coisas mais. Em seguida, pôs tudo sobre jumentos, montou um dos animas, chamou alguns criados para lhe fazer companhia e partiu. Sua missão era obter a paz. Bendito ministério, o de levar a paz! Quantas vezes se nos apresentam oportunidades de interceder, de interferir, e as deixamos passar, para não nos envolvermos! Teria sido muito fácil Abigail cruzar os braços e dizer: “ o problema é de Nabal, ele o buscou; que resolva agora.” Nabal estava a ponto de colher o que havia semeado. Porém, a bondade e a misericórdia de Deus não se estendem somente aos bons. Os que não a merecem são os que mais necessitam.

O encontro de Abigail com Davi assemelhava-se à Lei e a Graça. Nabal merecia morrer, porém Abigail intercedeu por sua vida. Com humildade rogou a Davi que perdoasse seu marido. Reconheceu que seu esposo era um homem perverso, mas lembrou a Davi que ele era “ungido do Senhor”.A percepção espiritual daquela mulher foi admirável! Ela não viu em Davi um servo fugitivo, mas “um que peleja a batalha de Jeová”. Quanta diplomacia naquela bela judia! Humilhou-se, porém em nenhum momento perdeu a dignidade em um momento algum.
Ao ouvir as sábias palavras de Abigail, o coração de Davi se comoveu. Ela lhe recordara as promessas que Deus havia feito, e o levou a pensar nas conseqüências daquele derramamento de sangue. Comovido, Davi disse-lhe:”Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro, e bendito o teu conselho!” (1 Sm 25.32,33). Cumprida sua missão, Abigail voltou ao seu lar. Não falou nenhuma palavra a mais. Pensou que jamais voltaria a ver Davi. Porém o salmista jamais esqueceria aquela mulher prudente, que o livrara de derramar o sangue n de um culpado e de centenas de inocentes.

Algum tempo depois, Davi soube da morte de Nabal, e propôs casamento a Abigail, por saber que uma mulher daquela índole lhe seria uma benção como esposa. Por sua vez, Abigail jamais pensou que sua nobre ação a levaria a uma posição de honra: ser esposa do varão “segundo o coração de Deus”, daquele cuja descendência “levantou Deus a Jesus para Salvador de Israel” (At 13.22,23).

Porém, quantos altares quebrados e lares destruídos pelo espírito que opera neste mundo, do qual a bíblia diz: “ele jaz no maligno”! Tal tendência está disfarçada com um pseudônimo aparentemente atraente chamado “feminismo”. A mulher pacificadora não se deixa levar pelo espírito que rege este mundo. A bíblia diz: “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (1 Co 7.20).

Prezada irmã: Deus te chamou para estar ”como videira frutífera em teu lar” (Sl 128.3). Tu tens a mente de Cristo, e em ti habita o Espírito Santo. Descubra o gozo inefável de estar sendo orientada somente pela palavra de Deus e por seu Santo Espírito que inspirou o apóstolo Paulo a deixar-nos o segredo da vitória em sua carta aos Efésios (5.20-24). Abigail por certo descobriu este segredo mesmo antes dele estar escrito, e o mesmo Espírito que estava com ela deseja usar-te para que sejas uma mulher pacificadora (Mt 5.9). Amém!
Fonte: Pr. Oséas Lopes da Silva
Postado por Miss. Marta Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário