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quarta-feira, 29 de junho de 2016




    EVANGELIZAR É PRECISO

Por isso, ou fazemos missões mundiais ou, diante de Deus, estaremos sendo desobedientes negligentes e omissos.
Poderemos construir suntuosos templos, poderemos fundar majestosos conjuntos musicais, e se podemos e temos condições de fazer isso, louvado seja Deus, mas naquele grande dia, Deus não fará um concurso do templo mais bonito ou do conjunto mais esplendoroso. Ele sim requererá de nossas mãos o nosso empenho no sentido de tornar o mundo evangelizado. Obviamente que sozinhos não poderemos evangelizar o planeta inteiro, mas podemos e devemos fazer a nossa parte nessa tarefa. E se cada um fizer a sua parte, o mundo evangelizado será um alvo realizável ainda nessa geração.
Que o sentimento de paixão pelas almas inunde nossos corações e nos leve a um profundo compromisso com a obra missionária.

DEEMI – Departamento de Evangelismo e Missões

domingo, 19 de junho de 2016





  O hábito de se determinar um dia para homenagear alguém é, sem dúvidas, uma forma de declarar o quanto aquela pessoa é especial e quão importante é sua existência para outros. No segundo Domingo de Junho, a homenagem é dedicada àqueles que receberam do Senhor o ministério de cuidar de vidas e apascentar ovelhas: ,Vai aqui a nossa Homenagem ao nosso Pr.Setorial Antônio Mardônio Embu guaçu São Paulo.





domingo, 12 de junho de 2016




       A Bíblia preconiza o vegetarianismo - Sergio Greif PDF Imprimir E-mail
Sejamos judeus, cristãos ou muçulmanos, a fonte de nossa inspiração religiosa é a Bíblia. Mesmo os muçulmanos, que adotam outro livro sagrado, reconhecem a Bíblia como cânone. Ateus e agnósticos, embora não creiam diretamente em textos sagrados, são influenciados por estes visto que estão inseridos em sociedades que foram moldadas utilizando-os como
inspiração. Vivemos em sociedades laicas, mas a religião, embora não praticada, influencia o pensamento e, em parte, o comportamento.
O conceito especista religiosamente justificado faz uso de uma breve passagem bíblicas para explicar nossa natureza semi-divina e nosso direito sobre as demais espécies: Em Gênesis 1:26 está escrito: /“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que
rastejam pela terra.”/
No entanto, a Bíblia é um livro complexo e permite múltiplas interpretações, além de versões e traduções. Se verificarmos o original em hebraico veremos que o que tem sido traduzido como “ter domínio” é a palavra “yardu”. “Yardu” poderia ser melhor traduzido como “descerão”.
Fosse a intenção do autor do original hebraico de fato transmitir a idéia de domínio da criação, a palavra que deveria ser empregada seria "shalthanhon”. Nem mesmo a idéia de governo do homem sobre as demais criaturas é passada neste versículo, visto que a palavra que a Bíblia usa quando se refere ao domínio ainda que pacífico é “mashel”.
Porém, o que vemos é que foi empregada a palavra ‘yardu’, que permite uma outra tradução do versículo: /“Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança; e descerão para os peixes do mar, e para as aves dos céus, para os rebanhos e para toda a terra e para todo réptil que rasteja sobre a terra”./ Se seguirmos esta tradução, que é mais fiel ao original, podemos interpretar que a intenção da Bíblia pode ter sido mostrar que Deus criou o homem de uma maneira especial, mas que o homem desceria (ou seja, seria igualado) para a condição de um animal.
Mesmo a continuação do livro parece apoiar esta idéia. Em Gênesis 1:28 vemos o versículo traduzido desta forma: /“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”/ Novamente, a palavra “desça” aparece traduzida como “domine”. O que aparece neste versículo como “sujeitai-a” é a palavra “kibshah”, que significa preservar. Fosse de fato a intenção do autor transmitir a idéia de “sujeitar” ele deveria empregar a palavra "hichriach”. A tradução literal deste versículo seria: /“E abençoou-os Deus e lhes disse Deus: Fecundem-se, tornem-se muitos, encham a terra e preservem-na; e desçam para (a condição dos) peixes do mar, e para as aves dos céus e para todo animal que rasteja sobre a terra”./
Esta idéia de que homens e animais estavam em pé de igualdade perante Deus encontra-se em Eclesiastes 3:18-21 “/Disse ainda comigo: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus os prove, e eles vejam que são em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão. Quem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra?/”
A intenção aqui não é, porém, estender-me em uma tradução revisionista de todo o texto bíblico, mas sim demonstrar que erros de tradução levam a erros de interpretação. Já foi demonstrado muitas vezes que a Bíblia pode ser utilizada para defender qualquer idéia. Pela tradução tendenciosa do versículo de Gênesis 1:26 nasceu toda a concepção de que
o homem é um ser semi-divino e tem o direito de sujeitar ao seu domínio todos os demais seres da criação, sujeitar a Terra. Mas e se a intenção do autor tivesse sido outra?
Gênesis 1:29 e 1:30 apresentam a primeira lei dietética estabelecida por Deus para o homem e para os outros animais “/E disse Deus: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão sementes e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há frutos que dá semente; isso vos será por alimento/. /E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez”/
Estes versículos demonstram que não era a intenção original de Deus, pelo menos segundo o livro de Gênesis, que o homem matasse animais para comer. A dieta vegana era consistente com o plano original de Deus.
Apesar disto, quantas pessoas não lêem estes versículos diariamente e
deixam de refletir sobre seu significado?
O Talmud, coleção de comentários e compilações da tradição oral judaica reforça a idéia bíblica de que, se no princípio o homem não comia carne, era porque a intenção original de Deus era que este e os demais animais fossem vegetarianos. De fato, escreveram sobre este assunto muitos comentadores bíblicos, entre eles Rashi (1040-1105), Abraham Ibn Ezra (1092-1167), Maimônides (1135-1214), Nachmanides (1194-1270) e Rabi Joseph Albo (séc. XV).
A Bíblia conta (Gen. 2:8) que quando Deus criou o homem, colocou-o para habitar no Jardim do Éden. Neste jardim, foi ordenado que o homem se servisse dos frutos de toda árvore (Gen. 2:16), exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gen. 2:17). Devido ao pecado original, o homem foi expulso do jardim e recebeu também a permissão para comer as ervas do campo (Gen. 3:18). Poderia-se até dizer que a Biblia sugere que Deus criou o homem frutariano, e depois o fez vegano.
Conforme a genealogia apresentada em Gênesis 5, entre Adão e Noé passaram-se 10 gerações. Segundo a Bíblia, nos tempos de Noé Deus resolveu destruir tudo com um dilúvio, porque toda a criação havia se corrompido. Noé encarregou-se de construir uma arca e salvar sua família e alguns exemplares de cada espécie animal. Conta a Bíblia que quando as águas baixaram seres humanos e demais animais saíram e constataram que a
terra estava seca.
Podemos, porém, imaginar que após mais de um ano submersa, já não havia sobre a terra vegetação suficiente para sustentar a todos. Foram Noé e seus filhos, segundo a Bíblia, os primeiros seres humanos que comeram carne:
Toda a harmonia que havia prevalecido entre os homens e demais animais no paraíso, após a expulsão e durante o período do dilúvio, segundo a Bíblia, deixou de existir. /“Pavor e medo de vós virão sobre todos os animais da terra e sobre todas as aves dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar nas vossas mãos serão entregues.”
/(Gen. 9:2)
Naquele momento passaram a existir animais herbívoros e carnívoros, e o homem tornou-se onívoro:/“Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora.” /(Gen. 9:3). A frase “/como vos dei a erva verde/” reforça que até então eles só tinham autorização para serem veganos.
Segundo Rav Kook, não podemos ver esta permissão para comer carne, dada a Noé em uma situação específica, como uma concessão à toda a humanidade posterior. Em sua interpretação, estava claro que tratava-se de uma permissão efêmera, até que a terra voltasse a produzir o alimento. A situação em que Noé se coloca é a de um homem perdido em uma ilha deserta, sem muitos recursos à disposição.
O período das 10 primeiras gerações descrito em Gênesis foi, portanto, de pessoas vegetarianas, e a Bíblia mostra que o homem só começou a consumir carne quando condições ambientais o forçaram a isto.
Há um segundo período segundo o qual o autor da Bíblia mostra que Deus pretendia tornar o homem novamente vegetariano: As escrituras contam que quando os israelitas saíram do Egito, o plano de Deus era que aquele povo recém libertado da escravidão vagasse pelo deserto pelo tempo necessário para que se purificasse. Foi lhes dado um alimento que caia do céu, que era “como semente de coentro, branco e de sabor como bolos de mel” (Êxodo 16:31, Números 11:7).
Este alimento, simples mas completo nutricionalmente, deveria sustentá-los pelo tempo que permanecessem no deserto (40 anos), pois em Êxodos 16:35 está escrito “/E comeram os filhos de Israel manah quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram manah até que chegaram aos limites da terra de Canaã./”
No entanto durante a travessia do deserto alguns incidentes ocorreram. As pessoas começaram a reclamar de sua dieta puramente vegetariana "/Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este manah/” (Num 11:6). Por outro lado, pediam novamente pelos alimentos que consumiam no Egito – carne e peixes, entre outros (Num. 11:4-5) .
A contra gosto, Deus atendeu às reclamações, providenciando carne sob a forma de codornizes, que foram sopradas pelo ventos dos mares. Porém, logo depois Deus puniu aquelas pessoas, por não aceitarem de bom grado o alimento perfeito que Ele lhes oferecia: /Estando ainda a carne entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, quando a ira do Senhor se acendeu contra o povo, e o feriu com grande praga /(Num. 11:33)
O lugar onde ocorreu este incidente foi batizado de “Kivrot Hataava” que em hebraico significa Tumbas da Luxúria, porque foi o desejo de luxo daquele povo, e não sua necessidade, o que os levou à morte (Num. 11:34).
Esta alegoria do manah traz uma idéia de que poucos se dão conta: O alimento que nos é destinado é bastante simples, pode ser encontrado em abundância e nos mantém saudáveis. Por outro lado, quando buscamos alimentos que não nos são apropriados, perecemos.
Atualmente sabe-se por diversas passagens que a Bíblia permite o consumo de carne, no entanto este consumo dá-se mais na base da concessão, como se Deus dissesse: “O ideal é que o homem não coma carne, mas já que ele quer...” Por isso, a Bíblia estabelece alguns impedimentos que em conjunto são chamados de leis relativas à kashrut: a carne deve estar completamente livre de sangue (Levítico 17:10-14, 19:26; e Deuteronômio
12:16, 12:23, 15:23), somente podem ser consumidos animais considerados puros (Levítico 11) o abate de um animal deve obedecer a um determinado ritual (Levítico 17:4).
As escrituras relacionadas refletem a observância escrupulosa de muitas regras, mas tão somente no que se refere ao consumo de produtos de origem animal. As únicas condições impostas ao consumo de alimentos de origem vegetal é que estes estejam limpos, o que é facilmente compreensível pelo ponto de vista sanitário.
Qual a mensagem da Bíblia com tantas proibições ao consumo de alimentos de origem animal? Tornar este consumo mais refletido, duro, impraticável. É quase impossível cumprir com todas as regras impostas pela Bíblia para o consumo de carne e justamente nisto está a graça. Com tantas regras, Deus parece de novo estar dizendo “O homem não deve comer carne”.
Quando a Bíblia faz referência à generosidade divina (Deut.8: 7-10; Deut. 11:14; Salmos, 72:16, Amos 9:14-15; Jer.29:5; Isaías 65:21) os produtos com mais freqüência citados são os frutos, vegetais, sementes, vinho e pão. Em um ou outro lugar são citados também o leite e o mel, mas jamais as carnes.
Tal qual, no Jardim do Éden, nem o homem nem os animais comiam carne, a promessa bíblica é a de que com a vinda do Messias, novamente o mundo tornar-se-á vegetariano. “/O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o filhote do leão e o animal doméstico andarão juntos, e um condutor pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão como o boi comerá palha. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco/”. (Isaías 11: 6-8) Continua Isaias (65:25): “/O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR./”/ / Fonte: Sitio vegetarianismo.com.br





































sábado, 11 de junho de 2016

















Oremos pelas portas abertas.
Colossenses 4.2,3
Nem todas as portas estão abertas. Muitos missionários trabalham em países de difícil acesse, ou em áreas resistentes ao evangelho, mas ainda que haja portas abertas, ainda pode haver corações fechados.
• Oremos para que Deus dirija os missionários

a transpor as barreiras,e que encontram corações preparados para receber sua palavra.
" Abaixo em sequencia nossos três missionários na Europa Ambos procedentes do setor 46 Embu guaçu Ministério do Belém São Paulo"

Memórias das Assembleias de Deus: José Bezerra da Silva, o injustiçado

Memórias das Assembleias de Deus: José Bezerra da Silva, o injustiçado: J osé Bezerra da Silva, um dos principais pastores da AD no nordeste brasileiro, nasceu na pequena cidade de Timbaúba na região da Zona da ...

quarta-feira, 8 de junho de 2016


A Marcha Que Nunca Foi Para Jesus!

Por Ruy Marinho
Hoje em São Paulo, vai acontecer mais uma edição da Marcha para Jesus. Este evento espalhou-se pelo Brasil de forma gradativa e hoje faz parte do calendário de várias cidades.
No Brasil, o evento começou a ser realizado em terras Pauliceias no ano de 1993, organizado pela Igreja Renascer em Cristo através de seus líderes, o “Apóstolo” Estevão Hernandes e “Bispa” Sônia Hernandes, ambos conhecidos internacionalmente após sérios problemas com a justiça brasileira e americana, em razão de suas respectivas infrações contravencionais. Além disso, são conhecidos por serem expoentes do neopentecostalismo, bem como por pregar as perniciosas doutrinas da restauração apostólica triunfalista e teologia da prosperidade.
Há muitos anos, este evento vem sendo questionado por muita gente, em decorrência de ser organizado por uma única denominação com pessoas duvidosas à frente, bem como pelas práticas e resultados negativos de tais manifestações públicas.
Antes de qualquer análise, é importante salientar a origem de tais eventos. O modelo original da Marcha para Jesus que a Igreja Renascer copiou é tão questionável quanto a existente em nosso país.
O conceito “Marcha para Jesus” começou na Inglaterra em meados de 1987, através de uma ação ecumênica entre protestantes e católicos de Londres. A organização foi iniciativa dos líderes carismáticos Britânicos Gerald Coates, Roger Forster, Lynn Green e Graham Kendrick. Segundo eles, a passeata pública foi feita para demonstrar a “unidade entre a Igreja” e expressar a fé cristã para a sociedade, bem como promover atos proféticos de batalha espiritual contra espíritos territoriais malignos, dominantes da Europa secularizada.
O que muitos não sabem é que estes líderes britânicos são adeptos de práticas neopentecostais controvérsias e de conceitos antibíblicos. Para se ter uma idéia, um dos idealizadores da Marcha é Gerald Coates, famoso carismático liberal Britânico, que tem como referência nada menos que Rodney Howard-Browne, Benny Hinn e Kenneth Copeland.
Coates nega abertamente a inerrância e suficiência das Escrituras, defende a benção de Toronto e o derramamento de Pensacola como “mover” do Espírito Santo, utiliza como fontes de ensino a espiritualidade Celta, além de emitir falsas profecias e apoiar falsos profetas como Paul Cain.[1] Lynn Green é um carismático ecumênico que defende a unificação doutrinária das religiões monoteístas, principalmente entre católicos e protestantes.[2] Roger Forster é um carismático controverso, árduo defensor da batalha espiritual e da luta contra espíritos territoriais malignos, através de atos proféticos e outras práticas místicas.[3] Por fim, Graham Lendrick é um ministro de louvor carismático, autor de músicas com letras teologicamente questionáveis, também defende o ecumenismo, a benção de Toronto e é adepto da confissão positiva.
Com estas informações, podemos ter uma ideia do que conceitua-se a original Marcha para Jesus. Entretanto, no Brasil o problema é muito mais grave.
Como todo ano, o evento reúne diversas denominações evangélicas, reunidas em uma grande procissão pelas ruas da capital paulistana. Mas qual o objetivo desta Marcha para Jesus no Brasil?
Segundo o “presidente” da Marcha para Jesus, “Apóstolo” Estevam Hernandes, “a Marcha Para Jesus não foi criada para exaltar nenhum homem, é a expressão do mover do Espírito Santo e um ato proférico!"(sic).[4] Frase contraditória, pois se Estevam é o presidente da Marcha para Jesus, automaticamente o mesmo será exaltado de alguma forma! Ora, presidente é aquele que exerce uma liderança máxima, que ordena, que delega, que dá a palavra final e que sanciona. Nem mesmo os líderes de outras denominações presentes na marcha possuem autoridade sobre o evento, quem dá as cartas é o líder da Renascer. Além do mais, todos sabem que os discípulos da Igreja dos Hernandes "lutam e morrem" por eles, tendo em vista o famoso jargão popularizado na época da prisão dos líderes da Renascer: "Espada pelo Apóstolo e pela Bispa!"
A justificativa para o “fundamento espiritual” do evento é pior ainda, vejamos:
“A Marcha tem como fundamento bíblico as passagens de Êxodo 14, Josue 6 e João 13:35 [...]Todos os anos, a Marcha para Jesus têm revelado - em âmbito mundial - o poder e a misericórdia de Deus aos homens. Milhares de pessoas são curadas, libertas e restauradas.”[5]
Francamente, citar passagens do Antigo Testamento não justifica a realização da Marcha para Jesus. As “marchas” do povo Hebreu não tinham como alvo evangelizar ou curar, mas eram marchas de guerra, para conquistar povos ou exterminar inimigos, conforme a vontade de Deus naquela época. No Êxodo, o que ocorreu foi um livramento específico de Deus para com o povo Hebreu e não uma procissão evangelística. É totalmente antibíblico alegorizar tais passagens Veterotestamentárias como se o povo Israelita estivesse marchando para fora do Egito e para Canaã, de caras pintadas, com bandeiras e faixas, os levitas fazendo shows gospel com seus respectivos instrumentos, com o objetivo de “ganhar” para o Deus de Israel os egípcios e os cananeus!
Imaginem então, tomar de forma literal o texto de Josué 6 para os dias de hoje! Já que é para literalizar o texto, então os “marchadores” devem também tocar trombetas, marchar em volta da cidade sete vezes (não somente uma dentro da cidade), ficar silenciosos (sem trios elétricos, sem gritos e sem triunfalismos) nas seis primeiras voltas e só gritar na sétima.
O interessante é que não vemos em nenhum lugar no Novo Testamento a ordem evangelística de marchar para Jesus, ou no Antigo Testamento para Deus, muito menos nas literaturas dos pais da Igreja, reformadores, missionários e evangelistas por toda a história. Não há, absolutamente, nenhum fundamento espiritual cristão para se praticar marchas evangelísticas. Na verdade, eu não consigo imaginar como alguém pode se converter em um evento como este.
Além do “presidente” da Marcha para Jesus em destaque, também são destacados os trios elétricos que puxam a “micareta gospel”, ao som de músicas triunfalisticamente antropocêntricas, preparadas cuidadosamente para massagear o ego dos participantes em detrimento do evangelho que confronta o caráter. Uma “musicalidade” com direito ao melhor do gospel atual: funk, axé, pagode e até reggaeton! Aí eu pergunto: A conversão vem através do ato de levantar a mão e ir até a frente do trio em resposta a um apelo feito neste ambiente? É no mínimo questionável esse tipo de evangelismo, pois a palavra quase não é proclamada devido ao foco na euforia festiva, salvo raras exceções quando é falada ou cantada, mas de maneira superficial e distorcida, onde não há entendimento profundo das Escrituras.
Por falar em trio elétrico, muitos vêem os mesmos como uma grande oportunidade de promover seus interesses particulares. Afinal, trata-se de um evento com participação popular de mais de três milhões de pessoas em média. A ocasião é perfeita para os manipuladores de massa de manobra, principalmente políticos, dos quais com certeza vão aproveitar a véspera de ano eleitoral para articular alianças com o “povo gospel”.
O que falar do misticismo, dos atos proféticos, do triunfalismo apostólico exclusivista e das profetadas que nunca se cumprem, dentre outros absurdos que testemunhamos todos os anos nesses eventos? Em 2008, eu postei no meu blog alguns atos antibíblicos praticados na respectiva marcha. Pessoas anotavam pedidos e dificuldades num papel, colocava o mesmo dentro dos calçados com o intuito de "marchar" em cima para quebrar as maldições escritas no papel, profetizando a conquista de seus recpectivos pedidos (veja aqui). Ou seja, um ambiente neopentecostal, antropocêntrico em sua essência, onde é potencializada as mais variadas práticas místicas e antibíblicas que se pode inventar.
Posto isso, infelizmente concluo que a Marcha para Jesus no Brasil tornou-se num evento com quatro objetivos principais:
1 - Competir com a “marcha do orgulho gay” em termos numéricos;
2 - Servir como trampolim para promoção de cantores, líderes e políticos “gospel”;
3 - promover o comércio milionário de produtos/serviços gospel;
4 - Ser um transtorno para a ordem da cidade, por conta da perturbação do sossego público e do bloqueio ao trânsito, afastando as pessoas do evangelho, bem como envergonhando os cristãos que não compactuam com o evento.
O meu desejo é que o povo acorde de toda essa utopia prisional, que Cristo não seja utilizado como cabo eleitoral de algum político e que o cristianismo deixe de ser um trampolim para o sucesso de alguém. Marchemos pela ética evangélica brasileira!
Soli Deo Gloria!
Notas:
1 – Para saber mais sobre quem são os fundadores da Marcha pra Jesus em Londres, veja estes links:http://op.50megs.com/ditc/coates.htm,