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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MÚMIAS
As múmias são cadáveres embalsamados por algumas sociedades que acreditam no retorno do espírito ao corpo. 
Tal processo, chamado de mumificação, tem como fim preservar o corpo para a recepção do "espírito".
Os antigos egípcios tinham o costume de embalsamar os seus faraós. Todos os órgãos eram retirados e os cadáveres eram enrolados em uma espécie de bandagem.
Os órgãos internos retirados das múmias eram armazenados em vasos canopticos.
Os faraós eram enterrados com todos os seus bens.

MUMIFICAÇÃO - EMBALSAMAMENTO
* Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que retiram-se os principais órgãos, além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição. Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos de pedra e envoltos por faixas de algodão ou linho. Após o processo ser concluído são chamados de múmias.
Eram assim, embalsamados da seguinte maneira: em primeiro lugar, cérebro, intestinos e outros órgãos vitais eram retirados. Nessas cavidades, colocavam-se resinas aromáticas e perfumes. Depois, os cortes eram fechados. Mergulhava-se então o cadáver num tanque com nitrato de potássio (salitre) para que a umidade do corpo fosse absorvida.
Ele permanecia ali por setenta dias. Após esse período, o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, com centenas de metros, embebida em betume, uma substância pastosa. Só aí o morto ia para a tumba. Esse processo conservava o cadáver praticamente intacto por séculos.
A múmia do faraó Ramsés II, que reinou no Egito entre 1304 e 1237 a.C., foi encontrada em 1881 apenas com a pele ressecada. Os cabelos e os dentes continuavam perfeitos.

O Dinheiro do Egito

Libras Egípcias (ou "pounds")





Piastras (ou centavos)



Conheça a possível localização de Sodoma e Gomorra, as cidades destruídas pela ira divina
Em Gênesis 18, logo após Deus prometer a Abraão que ele teria um filho (Isaque), o Senhor veio ter com seu servo acompanhado por anjos. Deus pretendia destruir Sodoma e Gomorra, duas cidades conhecidas por sua perversão e profunda maldade. O patriarca hebreu pediu a Deus que preservasse a região, onde habitava seu sobrinho Ló.

Não houve jeito. Quando achou oportuno, Deus enviou anjos guerreiros em forma de homens a Sodoma, para terem com Ló. O sobrinho de Abraão os recebeu, deu-lhes pousada e alimento. Logo, muitos homens locais bateram à porta de Ló, querendo os visitantes que estavam no interior da casa para “abusar deles”. Ló, sabendo quem seus hóspedes eram, tentou defendê-los, chegando ao ponto de oferecer suas duas filhas virgens aos malfeitores. Os perversos recusaram as moças e partiram para cima do ancião. Os anjos fizeram Ló entrar em casa e fecharam a porta, protegendo-o, e cegaram todos os homens que queriam lhes fazer mal.

A perversidade da região era tão grande, que o Senhor não via outro remédio senão fulminar toda a área. Fala-se que seus habitantes cediam facilmente à luxúria, a ponto de praticarem atos sexuais em plena luz do dia e na frente de qualquer pessoa. Mas o sexo não era o único pecado em pauta. Os locais eram exageradamente apegados aos bens materiais, não se rendendo à ética para adquiri-los. A idolatria era abundante. Antigos textos judaicos alegam que visitantes eram maltratados, torturados e seviciados até mesmo sexualmente.

Os anjos avisaram a Ló para pegar sua família e sair dali, pois a destruição era iminente. Seus genros, maridos de outras filhas, acharam que o sogro brincava e não lhe deram ouvidos. Ló não teve outro remédio senão pegar a esposa e as duas filhas que moravam com ele e correr dali. A ordem de Deus era para abandonar tudo, sem nem mesmo olhar para trás. Ló e as filhas obedeceram à risca, mas a esposa, apegada, olhou para o lugar de onde fugiam. Ali mesmo foi transformada em uma estátua de sal. As cidades e seus arredores foram consumidos por fogo do céu.

O termo sodomia, referente à extrema perversão sexual, nasceu deste episódio. Muitos atribuem à palavra uma relação com o homossexualismo, mas seu significado vai bem além, dando a ideia de perversões muito maiores.

Sabe-se hoje que Sodoma e Gomorra estavam em uma área ocupada por cinco cidades-estado bem próximas (uma pentápole): Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Zoar, sendo as duas primeiras as mais importantes e conhecidas. Poderiam ser comparadas, guardadas as proporções, a uma região metropolitana atual, formada por vários municípios ao redor de um maior. Ló se refugiou, como consta de Gênesis 19: 20-22, em Zoar.

Segundo estudos arqueológicos, Sodoma e Gomorra ficavam em uma área hoje inundada pelas águas extremamente salgadas do famoso Mar Morto.

O Mar Morto
Localizado às margens do Deserto de Judá, o Mar Morto, com extensão de 650 quilômetros quadrados, é uma pequena incisão geográfica entre Israel e a Jordânia. Atualmente, os dois países dividem seu controle. A região ocidental fica em solo israelense, enquanto a oriental está na Jordânia.

Em hebraico, recebeu o nome de Yam HaMelach, Mar Salgado – na verdade, um enorme lago, a exemplo dos Grandes Lagos da América do Norte, chamados de mar por sua incrível extensão. E não é a toa que é apelidado Salgado ou Morto: é a terceira porção de água mais salgada do mundo, contendo dez vezes mais sal do que um mar comum. Perde apenas para os lagos Don Juan (na Antártida) e Assal (em Djibuti, África), nessa ordem. Em muitos idiomas, entre os quais o português, ficou conhecido como Mar Morto devido ao alto índice de salinidade, impossibilitando qualquer forma de vida em suas águas.

O sal dificulta os banhos. A elevada densidade impede o mergulho, “empurrando” os banhistas para cima. Flutua-se involuntariamente, sem o menor esforço.

O diferencial não termina aí. Suas praias ficam no local mais baixo da Terra, 421 metros abaixo do nível do mar. A estrada que leva à região de Ein Gedi, desde Jerusalém, é uma descida bastante sinuosa, com uma paisagem única e exótica. É possível avistar comunidades beduínas com seus camelos “estacionados”.

As águas do Mar Morto, bem como sua lama (cavando pouco menos de 20 centímetros na areia, qualquer pessoa pode encontrá-la), são ricas em propriedades terapêuticas. Por isso, na região há diversos SPAs e hotéis de luxo que oferecem tratamentos para a pele, utilizando produtos com matéria-prima local.

Precauções para os banhistas
A beleza da região e as inúmeras propriedades terapêuticas do Mar Morto tornam suas praias convidativas para o turismo. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados:

- Na beira da praia, junto à areia, há muitos pedregulhos e pedaços de sal que podem cortar os pés. Recomenda-se o uso de sandálias mais fechadas para protegê-los.

- Um banho no Mar Morto nunca ultrapassa poucos minutos. A coceira e ardência provocadas pela grande quantidade de sal são insuportáveis, principalmente em partes do corpo com cortes ou em mucosas. Por isso, não é recomendado barbear-se ou depilar-se antes de entrar em suas águas.

- Não é aconselhável afundar a cabeça na água, e, se a pessoa o fizer, não deve abrir os olhos. Esfregá-los também pode provocar coceira e ardência.

- A água do Mar Morto, como de qualquer outro mar, não é potável. Ingeri-la pode trazer graves consequências à saúde

domingo, 30 de janeiro de 2011


                                                                           




              

Quem escreveu a Bíblia?

A história de Deus foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos? As respostas são surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras

por Texto José Francisco Botelho

Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.
A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.
As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.
As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS.
Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.
Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.
Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.
Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.
Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”
Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.
A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.
Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.
Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época.
Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.
E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.
A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?
Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritores judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.
A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.
A Bíblia segundo Marcião
Ele nasceu na atual Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para os gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Jesus – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo material. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de Paulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem triunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a travessia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pelas autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia cristã acabou excomungado.
Roma, até então pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião para fortalecer seu império. Para isso, no entanto, precisava de uma fé una e sólida. A pressão de Constantino levou os mais influentes bispos cristãos a se reunirem no Concílio de Nicéia, em 325, para colocar ordem na casa de Deus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros que, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus.
“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.
Eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).
Na evolução da Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.
Após a conversão do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para completar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa Damaso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo e o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.
Daí saiu a Vulgata, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o alicerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas tão influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas como Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje exposta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tropeçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuaginta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vulgata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não houve outras traduções.
O único jeito de disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. Eles raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o papel de autores.
Após a queda do Império Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia chegaram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos nas Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque para atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península Ibérica.
Escrituras em série
Tudo isso mudou após a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares da Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: as traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulgar em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primeira vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova versão trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ousou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduziu a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “igreja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavrinha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças com a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalho é referência para as versões inglesas do livro sagrado.
A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Ferreira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considerada mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e continua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testamento.
Depois de tantos séculos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que verteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólares”. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a Green Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português), que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘Bíblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie.
A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, a interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a própria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o pastor Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros, e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar a ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência.


Top 5 pragas

I. Quando os hebreus eram escravos no Egito, o Senhor enviou 10 pragas contra os opressores do povo escolhido. A primeira delas foi transformar toda a água do país em sangue (Êxodo 7:21).
II. Como o faraó não libertava os hebreus, o Senhor radicalizou: matou, numa só noite, todos os primogênitos do Egito. “E houve grande clamor no país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” (Êxodo 12:30).
III. Desgostoso com os pecados de Sodoma e Gomorra, Deus destruiu as duas cidades com uma chuvarada de fogo e enxofre (Gênesis 19:24).
IV. Para punir as deso­bediências do rei Davi, o Senhor enviou uma doença não identificada, que matou 70 mil homens e 200 mil mulheres e crianças (2 Samuel, 24: 1-13).
V. Quando a nação dos filisteus roubou a arca da Aliança, onde estavam guardados os 10 Mandamentos, o Senhor os castigou com um surto de hemorróidas letais. “Os intestinos lhes saíam para fora e apodreciam” (1 Samuel 5:9) .

Os possíveis autores

1200 a.C. - Moisés
Segundo uma lenda judaica, a Torá (obra precursora da Bíblia) teria sido escrita por ele. Mas há controvérsias, pois existe um trecho da Torá que diz: “Moisés morreu e foi sepultado pelo Senhor próximo a Fegor”. Ora, se Moisés é o autor do texto, como ele poderia ter relatado a própria morte?
1000 a.C. - Javista
Viveu na corte do rei Davi, no antigo reino de Israel, e era um aristocrata. Ou, quem sabe, uma aristocrata: para o crítico Harold Bloom, Javista era mulher. Isso porque os personagens femininos da Bíblia (Eva e Sara, por exemplo) são muito mais elaborados que os masculinos.
Século 4 a.C. - Esdras
Líder religioso que reformou o judaísmo e possível editor do Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Vários trechos bíblicos editados por ele pregam a violência: “Derrubareis todos os altares dos povos que ides expropriar, queimareis as casas, e mudareis os nomes desses lugares”.
Século 1 - Paulo
Nunca viu Cristo pessoalmente, mas foi o primeiro a escrever sobre ele. Nascido na Turquia, Paulo viajou e fundou igrejas pelo Oriente Médio. Ele escrevia cartas para essas igrejas, contando a incrível aventura de um tal Jesus – que foi crucificado e ressuscitou.
Século 1 - Maria Madalena
Estava entre os discípulos favoritos de Jesus – e, diferentemente do que o Vaticano sustentou durante séculos, nunca foi prostituta. Pelo contrário: tinha influência no cristianismo e é a suposta autora do Apócrifo de Maria, um livro em que fala sobre sua relação pessoal com Jesus e divulga os ensinamentos dele.
Século 1 - João
Escreveu o 4o evangelho do Novo Testamento (João) e o Livro do Apocalipse, o último da Bíblia. Para ele, Jesus não é apenas um messias – é um ser sobrenatural, a própria encarnação de Deus. Essa interpretação mística marca a ruptura definitiva entre judaísmo e fé cristã.
Século 5 - Jerônimo
Nascido no território da atual Hungria, este padre foi enviado a Jerusalém com uma missão importantíssima: traduzir a Bíblia do grego para o latim. Cometeu alguns erros, como dizer que o profeta Moisés tinha chifres (uma confusão com a palavra hebraica karan, que na verdade significa “raio de luz”).
Século 16 - William Tyndale
Possuir trechos da Bíblia em qualquer idioma que não fosse o latim era crime. O professor Tyndale não quis nem saber, traduziu tudo para o inglês, e acabou na fogueira. Mas seu trabalho foi incrivelmente influente: é a base da chamada “Bíblia do Rei James”, até hoje a tradução mais lida nos países de língua inglesa.

Top 5 matanças

I. Um grupo de meninos malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosque e comeram as crianças (2 Reis 2:24).
II. Cercado por um exército de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele massacrou mil inimigos (Juízes, 15:16).
III. O profeta Elias convidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incitou o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).
VI. Os judeus haviam perdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3 mil infiéis (Êxodo 32:19).
V. A nação dos amalequitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todos os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15:18).

Top 5 satanagens

I. Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).
II. O Cântico dos Cânticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, e teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).
III. Os anjos do Senhor tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).
IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).
V. O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela – preferia o prazer solitário. Do nome dele vem o termo “onanismo”, que significa masturbação (Gênesis 38:9).

As história da história

Como o livro sagrado evoluiu ao longo dos tempos
Tanach - Século 5 a.C.
É a Bíblia judaica, e tem 3 livros: Torá (palavra hebraica que significa “lei”), Nebiim (“profetas”) e Ketuvim (“escritos”). É parecida com a Bíblia atual, pois os católicos copiaram seus escritos. Contém as sementes do monoteísmo e da ética religiosa, mas também pregações de violência. A primeira das bíblias tem trechos ambíguos e misteriosos – algumas passagens dão a entender que Javé não é o único deus do Universo.
Septuaginta - Século 3 a.C.
O Oriente Médio era dominado pelos gregos e pelos macedônios. Muitos judeus viviam em cidades de cultura grega, como Alexandria, e desejavam adaptar sua religião aos novos tempos. Diz a lenda que Ptolomeu, rei do Egito, reuniu um grupo de 72 sábios judeus para traduzir a Tanach – e fizeram tudo em 72 dias. Por isso, o resultado é conhecido como Septuaginta. Inclui textos que não constam da Tanach.
Novo Testamento - Século 1
A língua do Antigo Testamento é o hebraico, mas o Novo Testamento foi escrito num dialeto grego chamado coiné. Contém os relatos sobre vida, milagres, morte e ressurreição de Jesus – os evangelhos. Em alguns trechos, vai deixando evidente a divergência entre cristianismo e judaísmo. É o caso, por exemplo, do Evangelho de João, em que Jesus é descrito como uma encarnação de Deus (coisa na qual os judeus não acreditavam).
Católica - Século 4
Seus autores decidiram incluir 7 livros que os judeus não reconheciam. São os chamados Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus 1 e 2 (mais trechos dos livros Daniel e Ester). A Bíblia católica bate na tecla do monoteísmo: a palavra hebraica Elohim, usada na Tanach para designar a divindade, é o plural de El, um deus cananeu. Mas foi traduzida no singular e virou “Senhor”.
Ortodoxa - Por volta do século 4
É baseada na Septuaginta, mas também inclui livros considerados apócrifos por católicos e protestantes: Esdras 1, Macabeus 3 e 4 e o Salmo 151. A tradução é mais exata (nesta Bíblia, Moisés nunca teve chifres, um erro de tradução introduzido pela Bíblia latina), e os escritos não são levados ao pé da letra: para os ortodoxos, o que conta são as interpretações do texto bíblico, feitas por teólogos ao longo dos séculos.
Protestante - Século 16
Ao traduzir a Bíblia para o alemão, Martinho Lutero excluiu os livros Deuterocanônicos e mudou algumas coisas. Um exemplo é a palavra grega metanoia, que na Bíblia católica significa “fazer penitência” – uma referência à confissão dos pecados, um dos sacramentos católicos. Já Lutero traduziu metanoia como “reviravolta”. Para ele, confessar os pecados era inútil. O importante era transformar a vida pela fé.

Top 5 milagres

I. O maior de todos os milagres divinos foi o primeiro: a Criação do mundo, pelo poder da palavra. “E Deus disse: que haja luz. E houve luz” (Gênesis 1:3).
II. Para dar-lhe uma amostra de seus poderes, o Senhor leva Ezequiel a um campo cheio de esqueletos – e os traz de volta à vida. “O vento do Senhor soprou neles, e viveram” (Ezequiel, 37; 1-28).
III. Graças à benção divina, o herói Sansão tinha a força de muitos homens. Certa vez, foi atacado por um leão. “O espírito do Senhor deu-lhe poder, e Sansão destroçou a fera com as próprias mãos, como se matasse um cabrito” (Juízes 14:6).
IV. Josué liderava uma batalha contra os amalequitas, mas o Sol estava se pondo. Como não queria lutar no escuro, o hebreu pediu ajuda divina – e o Sol ficou no céu (Josué 10:13).
V. Para fugir do Egito, os hebreus precisavam atravessar o mar Vermelho. E não tinham navios. Moisés ergueu seu bastão e as águas do mar se dividiram. Após a passagem dos hebreus, o profeta deixou que as ondas se fechassem sobre os exércitos do faraó (Êxodo 14; 21-30).

Para saber mais

A Bíblia: Uma Biografia
Karen Armstrong, Jorge Zahar Editora, 2007.
Who Wrote the Bible?
Richard Elliott Friedman, HarperOne, 1997.

VENDENDO SUA PRIMOGENITURA EM TROCA DE BÊNÇÃO MATERIAL



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Texto: Gn.25.27-34
(Gênesis 25:27) - E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas. 28) - E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó. 29) - E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado; 30) - E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom. 31) - Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura. 32) - E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura? 33) - Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó. 34) - E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura.


Introdução:
Jacó e Esaú eram gêmeos e tiveram as mesmas oportunidades.
A grande diferença entre suas histórias se deu por causa das escolhas que fizeram.
Esaú, que tinha o direito de primogenitura, desprezou a bênção, trocando-a por um prato de lentilhas.
A pergunta a ser feita, quantas pessoas trocam sua passagem para a morada celestial, por algo terreno. A todos que desejam proceder dessa forma satanás estará disposto a fazer a troca. Mais não se enganem. ele feio para matar, roubar e destruir. Jesus veio para que tivessemos vida e vida em abundância, vida eterna.


1- Uma necessidade – a fome.
Esaú chegou do campo faminto. O momento da necessidade é oportuno para a tentação.
O mesmo aconteceu com Jesus no deserto (Mt.4.1-3). Ele também é um filho primogênito.

2- Uma solução – um prato de lentilhas.
O inimigo tem uma “solução” enganosa para muitos problemas humanos. É um suprimento da necessidade, mas envolve a prática do pecado. A mesa do inimigo (I Cor.10.21) contém os “banquetes” que o mundo oferece. Estão prontos e fáceis. Sem trabalho ou espera. Sexo ilícito,dinheiro sujo, negócio ilegal, etc.

3- Um preço – o direito de primogenitura.
O inimigo é hábil no comércio (Ez.28.16,18). O homem usa agora e paga depois.
(Ilustração: cartão de crédito). A tentação é grande, mas o preço é alto demais.
O inimigo quer destruir o relacionamento do homem com Deus e conduzir sua alma ao inferno.
Conclusão: Todos os homens têm oportunidade diante de Deus, mas suas escolhas determinarão sua eternidade. Não aceitemos as ofertas de Satanás.


Os homens dos últimos dias
II Timóteo 3: 1 SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. 2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. 6 Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; 7 Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. 8 E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. 9 Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles. 10 Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, 11 Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o SENHOR de todas me livrou; 12 E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. 13 Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. 14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, 15 E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. 16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; 17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

O texto apresenta dois tipos de pessoas:
Primeiro tipo: Os Homens maus (v.13) - Citar suas características (v.2-5), explicando-as.
Citar as conseqüências presentes de seus atos: colher o que se plantou. (v.13)
e a conseqüência futura : perdição eterna.

Segundo tipo: Os homens de Deus, (homens ou mulheres), os cristãos,
representados aí pelo cristão Timóteo.
Timóteo era diferente dos homens citados anteriormente.
Enfatize a expressão "tu porém.." dos versos 10 e 14.
Motivos da diferença de Timóteo: exemplo de Paulo (v.10) e o uso
das Sagradas Escrituras (v.15). Conseqüência da vida cristã: salvação (v.15)
Obs.: A salvação não será por merecimento mas pelo sacrifício de Cristo.
Quem vive a vida cristã mostra que está no caminho da salvação eterna.
Conclusão: "De que lado você está?"
Levar os ouvintes a refletirem sobre seus atos e sobre a
oportunidade que Deus dá para os "homens maus" se convertam.

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Receitas

Guisado de Esaú

Guisado de Esaú
Esta é uma das receitas mais famosas da história, e até hoje vários cozidos feitos com lentílha-vermelha são conhecidos como Guisado de Esaú nos países onde viveu o povo bíblico. Esaú, assim como o pai, Isaac, agradava-se do delicioso sabor de um guisado bem preparado. Por ser incauto, foi enganado pelo irmão e pela mãe, conforme regístra o Gênesis nos capítulos 25 e 27.
Ingredientes:
1 cebola picada
1 colher de sopa de azeite de oliva
1/2 colher de chá de cominho moido
1/2 colher de chá de coentro moido
2 dentes de alho bem picados
3 xícaras (900 ml) de caldo de carne ou de legumes
1 xícara (200g) de lentílhas vermelhas
200 g de folhas rasgadas de espinafre
Sal a gosto
Modo de preparo:
Numa panela grande, frite no azeite de oliva a cebola, o cominho e o coentro. Adicione o alho no final da fritura e deixe-o dourar. Junte as lentílhas e o caldo. Mexa bem e espere levantar fervura. Reduza o fogo e cozinhe de 25 a 35 minutos ou até que as lentílhas estejam tenras. Acrescente o espinafre 5 ou 10 minutos antes de servir e salgue.
Esta receita foi tirada do Lívro de Receitas Inspiradas da Bíblia.
Esta receita foi enviada por Núbia Cavalcante de Araújo, por e-mail
14/02/2009 Autor: Núbia Cavalcante de Araújo Fonte: jipagospel - por e-mail
 História
Falar da história dos perfumes é falar da história da vida sobre a Terra. Muito antes que o homem, tal como o conhecemos hoje, povoasse este nosso planeta, animais(hoje extintos) já tinham o olfato como o sentido mais aguçado, reconhecendo as plantas pelo perfume que desprendiam-etólogos e zoólogos observavam como alguns animais se extasiavam cheirando determinada flor e que algumas plantas os animais comiam e outras não. Sabemos, hoje, que os aromas têm um importante efeito sobre as pessoas: estimulam a memória, acalmam os nervos, curam as enfermidades, excitam desejos, intensificam a espiritualidade e transportam a estados difíceis de serem definido. O perfume, propriamente dito, não era usado apenas para perfumar o corpo, mas também como um elemento de magia, para dar proteção, auxiliar nas meditações, contribuir para o aumento e equilìbrio das energias.

 Aroma e Perfume Bíblicos
Relatos bíblicos contam que o Senhor orientou Moisés a produzir óleo e incenso sagrados: "...e você, arranje para mim perfumes de primeira qualidade"(Êxodo 30:22-25).Contam também que Aarão e seus filhos foram ungidos com óleo, bem como que a unção com óleo de mira purificava as mulheres judias. Até o tempo de Salomão sabe-se que foi construído com madeiras especiais, entre as quais o cedro aromático. Também não podemos nos esquecer de que, entre os presentes dos três reis magos ao Jesus Menino, estavam a mirra e o incenso e que, antes da última ceia, "Maria,tomando uma medida de perfume de nardo, ungiu aos pés de Jesus..."(João 12:3).

 Egito - As essências Aromáticas
Todas as dinastias egípcias dignificaram o perfume. Recipientes e restos de ungüentos com mais de 3.000 anos foram encontrados na tumba de Tutancâmon, enquanto na lápide de Tutmés há referências de que o incenso e libações de azeite eram ofertados a um deus com o corpo de leão. Toda a arte egípcia - suas gravuras e pinturas - mostra uma vasta seqüência de atividades ritualísticas nas quais se denota o uso dos perfumes pelo fumegante conteúdo dos objetos semicirculares que os sacerdotes portam em suas mãos.(Jarros e ânforas egípcios são até hoje objetos de decoração muito valorizados.) Os papiros de Ebers, da 18ª dinastia, citam mirra e o incenso. Os egípcios valorizavam a tal ponto as plantas aromáticas, tão fartamente produzida pelas férteis margens do Nilo, que para tê-las em outras variedades exigiam-nas como tributo dos povos conquistados e, assim, obtinham o incenso, o sândalo, a mirra e a canela. Madeiras aromáticas eram oferecidas em grandes quantidades aos deuses pelos faraós. Consta, inclusive, que Ramsés II fez uma oferenda de 82 molhos de canela e 3.036 troncos de plantas aromáticas. Também, a expedição de Hatshepsut(1500 a.C.), em busca de mirra, mostra a importância dos aromas para o povo egípcio. Quando se trata do povo egípcio, páginas e páginas poderiam ser escritas, pois poucos povos se esmeraram tanto na elaboração e utilização dos perfumes.

 Referências Do Extremo Oriente
Vestígios da utilização de perfumes e da importância de seus aromas sao encontrados nos legendários jardins chineses de inspiração taoísta e nas lendas relacionadas com a mística budista. O perfume foi, inclusive, um dos principais elementos dos cosméticos, que começaram a aparecer na 12ª dinastia chinesa - como prova disso temos os vasos e jarrinhas de pedra que continham cosméticos e ungüentos aromáticos. Perfumes também não faltavam na Índia, desde a sua mais remota história. Há contos e mais contos celebrando esse mágico elemento, bem como referências de deuses e deusas que tinham uma relação especial com os perfumes e sua utilização. A tão antigma medicina ayurvédica já mencionava 700 plantas e seus aromas...

 Grécia - Os perfumes dos Deuses
Perfumes relacionados aos deuses do Olimpo - assim a grécia conferiu especial importância aos perfumes e aromas. Muitas das receitas de perfumes medicinais aparecem gravadas nas lápides de mármore dos diversos templos dedicados a Esculápio e a Afrodite. A civilização grega, assim como a egípcia, tinham o hábito de ungir os mortos, queimar incenso e perfumar especialmente seus corpos, nos quais a beleza muscular tinha de ser tanto vista quanto sentida, ou seja, precisava-se exalar a beleza, o que era conseguido com os aromas. Jardins floridos sempre rodeavam as casas gregas. Os gregos também tinham o costume de lavar a cabeça com folhas de parreira e de confeccionar guirlandas de rosas para mitigar a enxaqueca. Em uma cultura assim, é natural que o perfumista fosse a pessoa de singular importância. Um certo Megalus é mencionado na história como o criador de um perfume especial à base da canela, mirra e incenso misturados ao óleo de uma árvore aromática. Mirra e incenso eram queimados no oráculo de Delfos, onde as sacerdotisas lançavam flores sobre grandes túnicas brancas para depois macerá-las. E a maior herança cultural dessa civilização, as Olimpíadas, mostra que a maior recompensa de um vencedor ´e uma coroa de louro.

 Do Império Romano - À Sabedoria Árabe
Os romanos herdaram dos gregos a paixão pelos perfumes. Os escritores romanos ,na antiguidade, esmeraram-se e gastaram muita tinta para contar as excelências dos perfumes - e aqui destacamos especialmente o Ovídio e o seu tratado de cosmética intitulado Medicomina Faciei. César foi o responsável pelos registros da extensa farmacopéia dos druidas - na guerra da Gália, os sacerdotes celtas faziam os seus preparados nas panelas sagradas e realizavam uma cerimônia especial para a colheita do agárico, planta à qual atribuíam inúmeras propriedades. As Mil e uma Noites nos falam reiteradamente do uso e importância dos aromas nos palácios e haréns, mas a etapa de esplendor do perfume é conquistada graças ao sábio sufi denominado a Abu Ali al-Husain Ibn Abdallah Ibn Sina, conhecido no ocidente como Avicena(980-1037). Foi Avicena quem inventou o processo de destilação e tornou famosa a água-de-rosas, elaborada com a rosa centifólia, que chegou à Europa com os cruzados, em meio a lembranças místicas e a ordens secretas de cavaleiros que, mais tarde, incorporaram-na em seus escudos.

 A Europa dos Alquimitas
Na França do século XII, Felipe Augusto confere reconhecimento oficial aos perfumistas europeus e, nesse mesmo século,Hildegarda de Bingen fala de duzentas plantas em seu livro De Arboris, mencionando-lhes os aromas. Os arquitetos da Idade Média também prestaram tributo aos aromas por meio dos capitéis de folhas e flores, que eram tidos como emissores energéticos para curar a consciência.(Fulcanelli,no seu célebre O Mistério das Catedrais,identifica, nos tetos desses templos, estruturas moleculares de estranhas combinações químicas, de complexidade similar à dos perfumes. As virtudes ocultas das flores, bem como a relação entre o secreto e o divino, foram estudadas por Paracelso, que também estudou a cor e o perfume das flores, mencionando-lhes as virtudes e qualidades. Goethe,maçom,poeta e alquimista,também megulhou no mundo das plantas e das flores, buscando a flor primordial,enquanto Hahnemann, no século XVIII, criou a homeopatia, reafirmando a importância das plantas, das flores e dos aromas.

 E por Falar em Flores...
Os perfumes têm nos acompanhado desde a mais remota antiguidade, oferecendo-nos uma mensagem secreta, escrita em combinações moleculares, que nos fala de força, de energia, de poder curativo, de magia e de importância tal que ainda não conseguimos resgatar para o mundo atual.

sábado, 29 de janeiro de 2011

FAMÍLIA
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O Espírito de Jezabel


O espírito de Jezabel é uma referência à rainha Jezabel, mulher do rei Acabe. Uma mulher rebelde, manipuladora, que destruiu os profetas do Senhor, conforme narrado no livro de I Reis, na época do profeta Elias.
Jezabel é identificada em Ap. 2:20-26 atuando na igreja: "Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetiza, ensina e engana meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação se não se arrependerem das suas obras. E ferirei de praga a seus filhos e todas as igrejas saberão que Eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as suas obras. Mas eu vos digo a vós e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina e não conheceram como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes retende-o até que Eu venha. E ao que vencer e guardar até ao fim as Minhas obras Eu lhe darei poder sobre as nações".
Jezabel não consegue ter amizade nem comunhão com ninguém que ela não possa manipular e dominar no seu relacionamento.
Este espírito pode atuar sobre homem ou mulher, mas as mulheres são mais vulneráveis a ele porque quando manipulam e controlam o fazem sem usar força física. Este espírito energiza mulheres que são inseguras, vãs, ciumentas e dominadoras, que têm um desejo consumidor para controlar. O alvo principal deste principado é controlar e usar até a paixão sexual como uma de suas armas.
O espírito de Jezabel é encontrado geralmente nas posições de influência e liderança. Procura conquistar a confiança das pessoas para poder influenciá-las. Na igreja, segundo a irmã Pickett, as pessoas que obedecem a esse espírito possuem uma vontade muito forte, religiosidade e talento. Apresenta-se prestativa ou prestativo para serviços especiais, mas sua motivação é controlar. Pode até ser a esposa do pastor, às vezes. Pode ser então qualquer líder cuja motivação de liderança é aparecer e controlar os outros.
Se a pessoa sob a influência deste espírito não pode ser um líder, procura ganhar a confiança dos líderes a tal ponto que eles irão confidenciar suas fraquezas e até pecados que ela usará contra eles mesmos para dominá-los. Quando esta pessoa apresenta-se servil é só para ganhar um lugar de influência e controle. E odeia os verdadeiros profetas porque eles condenam o pecado em todas as suas formas e entronizam Jesus como o Único Senhor e Comandante da Igreja.
DEFESA CONTRA O ESPÍRITO DE JEZABEL
1- Nossa defesa contra este espírito é dar ao Espírito Santo total liberdade e preeminência nesta Igreja. Só Ele deve ser agradado. A aparência das pessoas não pode ser respeitada. O Espírito Santo revela o profundo e o escondido. Nós agora mesmo estamos sob Sua Luz Reveladora. Tudo o que é oculto, toda a impureza, toda a prostituição, todo o mal intento, toda a fofoca, toda a maledicência, toda a murmuração e insatisfação será descoberta e apagada pelo Espírito de Deus nesta Igreja. Toda raiz de divisão, de facção, de contenda será tratada. Todos sabem que Ele é Aquele que sonda os rins e os corações. Ele dará a cada um de nós segundo as nossas obras.
2- Combatemos o espírito de Jezabel pregando o Arrependimento verdadeiro que traz a presença de Jesus, que limpa e purifica a Igreja e estabelece-a em pureza e poder.
Pregamos o arrependimento não para atacar pessoas e discriminar vidas. Todos carecemos da graça de Jesus, porque todos somos pecadores e todos carecemos de arrependimento em alguma área de nossas vidas.
Pregamos o arrependimento que, segundo Deus, vem pela tristeza e pelo quebrantamento.
Quem vive magoado, ressentido, ofendido com seus parentes, amigos, irmãos e até com os líderes da igreja e com seu pastor, é chamado a perdoar e buscar a reconciliação, pois se não perdoardes aos homens as suas ofensas também o vosso Pai Celestial não vos perdoará.
Quem anda por caminhos tortuosos é convidado a andar direito.
Quem vive amasiado é convidado a casar-se conforme manda a Lei de Deus ou então que se separe até que regularize sua situação ou então que se separe mesmo e busque uma vida de santidade. Jesus mostrou muito amor à mulher samaritana e deu-lhe as palavras de vida eterna, mas não deixou de tratar do seu pecado, pois ela tinha tido cinco maridos mas o que com ela estava vivendo não era seu marido.
Quem anda mexericando e falando da vida dos outros, é convocado a mudar suas palavras.
Quem anda fornicando, se prostituindo, de namoricos e desejos impuros e lascivos é convocado a mudar de vida, porque sem santificação ninguém verá o Senhor.
Pregamos e buscamos nesta igreja o arrependimento que produz uma vida de testemunho santo.
3-Combatemos o espírito de Jezabel buscando humildade. Queremos ter um coração de servo. Consideramos os outros superiores a nós mesmos buscando cultivar o mesmo sentimento de humildade que houve em Cristo Jesus.
4- Nossa defesa está operando eficazmente contra este espírito malígno e sua influência, porque nós cremos e desejamos ouvir os profetas de Deus que nos anunciam todo o conselho de Deus. Profetas que têm visões de Deus, que levam o povo de Deus a aproximarem dEle e que nos apontam que a solução de todos os nossos traumas, de todos os nossos pecados e fraquezas é a Cruz do calvário, a Cruz que Jesus usou para nos salvar.

Fonte: Josué Gonçalves


Via: www.guiame.com.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


                                                              Mulher de Ló
                                                 
Seu caráter: Era uma mulher rica, talvez mais apegada às coisas boas da vida do que deveria. Embora não haja qualquer indicação de que participasse do pecado de Sodoma, sua história deixa implícito que aprendera a tolerá-lo e que seu coração acabou dividido por causa disso.

Seu sofrimento: Sua escolha levou-a ao castigo em vez da misericórdia, acabando por fazê-la rejeitar as tentativas de Deus para salvá-la.

Textos-chave:
Gênesis 18.16-19; 29 / Lucas 17.28-33

SUA HISTÓRIA:
A mulher de Ló tinha apenas algumas horas de vida, embora não soubesse disso. Provavelmente, continuava sua rotina diária, como de costume, arrumando a casa, cozinhando e bisbilhotando a vida alheia com as vizinhas, sem suspeitar da tragédia prestes a desabar sobre ela. Anos antes, ela se casara com o sobrinho de Abraão e o casal enriqueceu; eles possuíam muita terra e gado. Com o passar do tempo, instalaram-se confortavelmente em Sodoma, sentindo-se, ao mesmo tempo, desconfortáveis numa cidade tão perversa a ponto de o céu mandar anjos para investigar as acusações contra ela. Ló estava na porta da cidade no momento em que os anjos chegaram. Depois de cumprimentar os estranhos, implorou que passassem a noite em sua casa, com medo do que poderia ocorrer com eles quando escurecesse. A mulher de Ló deve ter também acolhido os estranhos cordialmente, pois a hospitalidade era um costume sagrado no mundo antigo. Então, pouco antes de irem dormir, devem ter ouvido as vozes. A princípio, palavras abafadas; depois gargalhadas estridentes e, finalmente, uma gritaria insuportável provocada por um grupo de homem que cercava a casa. Vozes ásperas gritavam para que Ló abrisse a porta e entregasse os hóspedes, a fim de que se divertissem com eles. - Rogo-vos, meus irmãos, que não façais mal – gritou Ló em resposta. A multidão furiosa queria, porém, satisfazer seus desejos. Ló fez, então, uma proposta de estarrecer: - Tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer, porém, nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção de meu teto (Gn 19:8). No entanto, os homens de Sodoma recusaram-se a aceitar um “não como resposta e correram para a porta, tentando arrombá-la. Os anjos, subitamente, estenderam a mão,. Fizeram Ló entrar e fecharam a portar, deixando os que estavam fora cegos. Os anjos perguntaram em seguida a Ló: - Tens aqui alguém mais dos teus? Genro, e teus filhos e tuas filhas, todos quantos tens na cidade, faze-os sair deste lugar; pois vamos destruir este lugar (Gn 19.12-13a). Os genros de Ló pensarem que ele estava brincando e recusaram-se a partir. De madrugada, os anjos insistiram novamente com Ló para que se apressasse, a fim de que ele, a mulher, e as filhas não morressem com o resto da cidade. Mesmo assim, a família hesitou, até que os anjos agarraram a todos pela não e os arrastaram, insistindo: - Livra-te, salva a tua vida; não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para que não pereças (Gn 19:17). Quando Ló e sua família chegaram à pequena cidade de Zoar, o sol havia surgido sobre a terra e tudo em Sodoma achava-se envolto em fogo e enxofre. Homens, mulheres, crianças e rebanhos, tudo foi aniquilado. Um terrível juízo sobre o pecado. Mas o juízo foi ainda pior do que Ló ou suas filhas compreenderam a princípio. Salvos, finalmente, devem ter olhado uns para os outros, aliviados por estarem todos bem. De repente, voltaram-se, espantados, percebendo que faltava um deles. Devem ter procurado, esperado com todas a forças, até que finalmente viram a silhueta branca de uma coluna de sal contra o céu, um monumento solitário na forma de uma mulher olhando para Sodoma. Se você já viu fotos da antiga cidade de Pompéia, destruída pela erupção do Monte Vesúvio em 70 dC, na qual formas humanas foram preservadas até hoje pelo rio de lava que as matou onde estavam, pode imaginar o desastre que sobreveio à mulher de Ló. Por que ela se voltou e olhou para trás, apesar do aviso do anjo? Seu coração continuaria apegado a tudo que deixara na cidade – uma vida confortável, despreocupada e prazerosa? Teria familiares presos ali? Ou apenas se deixou fascinar pelo trágico espetáculo que acontecia atrás dela? É possível que todas estas coisas combinadas fossem o motivo de seus passos ficarem mais lentos, de sua cabeça voltar-se e de seu corpo ser surpreendido pelo castigo do qual Deus queria poupá-la – ela preferiu o juízo em vez da misericórdia. Jesus advertiu seus seguidores para se lembrarem da mulher de Ló: “assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar. Naquele dia, quem estiver no eirado e tiver os seus bens em casa não desça para tirá-los; e de igual modo quem estiver no campo não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Quem quiser preservar a sua vida perde-la-á; e quem a perder de fato a salvará” (Lc 17:30-33). Palavras severas lembrando uma história trágica, com o propósito de nos desviar das ilusões traiçoeiras da perversidade e de nos lançar em segurança nos braços da misericórdia.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA

A história da mulher de Ló é bem triste, não é? Ela é menos lembrada pelo que foi – esposa, mãe, filha, irmã – do que pelo eu se tornou – uma estátua de sal. Apenas um olhar irresistível, mas proibido, para trás, a fim de ver o que estava acontecendo e virou sal! Um produto químico dos mais comuns usados no mundo todo. A Palestina possuía ricos depósitos de sal, que justificavam lugares com nomes como Mar Salgado (também conhecido como Mar Morto), Vale do Sal e Cidade do Sal. Os romanos, provavelmente, consideravam Israel uma conquista valiosa apenas por causa do sal disponível ali. Os hebreus usavam o sal para temperar a comida: “Comer-se-á sem sal o que é insípido?” (Jó 6:6). As mulheres hebréias esfregavam as crianças recém-nascidas com sal ou as lavavam com ele: “No dia em que nasceste, não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar, nem esfregada com sal, nem envolta em faixas” (Ez 16.4). O sal era um acompanhamento necessário para qualquer sacrifício de cereais do Antigo Testamento: “Toda oferta dos teus manjares temperarás com sal” (Lv 2:13). A palavra sal é usada apenas seis vezes no Novo Testamento, todas elas simbólicas. Jesus nos lembrou de que, como cristãos, somos o sal da terra (Mt 5.13; Mc 9.50; Lc 14.34). Nossas atitudes e atos são capazes tanto de purificar como de temperar nosso ambiente. Quando respondemos amavelmente a alguém que não é delicado, temperamos nosso mundo com sal. Quando tratamos com bondade uma criança irritada, temperamos nosso lar com sal. Quando consolamos os que sofrem e os solitários, quando encorajamos os desanimados ou acalmamos os perturbados, temperamos nosso mundo com sal. Como seguidoras de Cristo, somos saleiros (espero que saleiros cheios!), ocupadas em salpicar nosso mundo com o sal que dá sabor à vida.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS
Leia Gênesis 19.1-3 Ló convidou aqueles homens para sua casa sem sequer consultar a esposa. Que tipo de lar você acha que a mulher de Ló formara com o marido e as filhas ? Como você reage quando alguém em sua casa convida um hóspede inesperadamente? Você é amável? Estressada? Hostil?
Leia Gênesis 19.4-8 O que você acha da sugestão feita por Ló de dar as filhas aos que tentavam invadir sua casa, em vez dos hóspedes? Em sua opinião, que reação a mulher de Ló teve? Por que Ló fez esta proposta? Tenha em mente que, segundo a cultura daquele tempo, ao abrir a casa a hospedes, ele garantia não só o conforto, como também segurança a eles. Você acha que a época em que vivemos é mais ou mesmo degenerada do que a registrada aqui? Por quê?
Leia Gênesis 19.15-16 Por que você acha que Ló hesitou? O que ele estaria pensando? Você já hesitou em fazer algo que sabia ser da vontade de Deus? Por quê? O que aconteceu?
Leia Gênesis 19.17,26 Embora advertida para não olhar para trás, a mulher de Ló não conseguir resistir e fez isso. Por que você acha que ela fez isso? Estava triste? Com medo? Curiosa? Na atitude da mulher de Ló podemos ver nossas próprias reações quando lamentamos decisões erradas, ficamos tristes por causa de oportunidades perdidas, desejamos a restauração de relacionamentos rompidos. Ao olhar para trás, não somos capazes de ver o que está à nossa frente. Talvez não nos transformemos em estátuas de sal, mas acabaremos atoladas em algum lugar. Você passa muito tempo olhando para trás? O que fazer para deixar o passado de lado, desfrutar o presente e planejar o futuro?

SUA PROMESSA
Deus prometera a Abraão que pouparia a cidade de Sodoma, se pudesse encontrar apenas dez justos nela, mas nem dez puderam ser achados ali. Assim, Deus enviou seus anjos a Sodoma para resgatar Ló e sua família (Gn 18) da iminente destruição. Como todos ficaram hesitantes até o último minuto, os anjos tiveram de tomar Ló, sua mulher e suas duas filhas pela mão e arrastá-los para fora da cidade. Deus sabia que Abraão estava pensando em Ló quando suplicou que as cidades fossem poupadas mesmo que só cinqüenta, quarenta, trinta, vinte ou dez justos fossem encontrados? A misericórdia de Deus foi estendida a Ló por amor a ele ou por amor a Abraão? Não sabemos. O que a Bíblia diz é que a misericórdia divina foi concedida a Ló e a sua família,. Essa misericórdia está também à sua disposição, mesmo nas piores ocasiões, ns situações mais difíceis, ns circunstâncias mais adversas. Deus está ali, estendendo a mão para levá-la a um lugar seguro.

Promessas nas Escrituras
[...] “pegaram-no os homens pela mão, a ele, a sua mulher e as duas filhas, sendo-lhe o Senhor misericordioso, e o tiraram, e o puseram fora da cidade”. (Gn19.16)
[...] “o Senhor se aparte do ardor da sua ira, e te faça misericórdia, e tenha piedade de ti.” (Dt13.17)
[...] “e não farei cair a minha ira sobre ti, porque eu sou compassivo, diz o Senhor, e não manterei para sempre a minha ira.” (Jr 3.12)

SEU LEGADO DE ORAÇÃO
“Como, porém, [Ló] se demorasse, pegaram-no os homens pela mão, a ele, a sua mulher e as duas filhas, sendo-lhe o Senhor misericordioso, e o tiraram, e o puseram fora da cidade. Havendo-os levado fora, disse um deles: Livra-te salva a tua vida;não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para que não pereças.” (Gn 19:16-17)
Medite Gênesis 19.1-26
Louve a Deus Porque embora odeie o pecado, Ele ama a misericórdia.
Agradeça Pela maneira como Deus mostrou misericórdia a você e aos membros de sua família.
Confesse Qualquer tendência para ignorar a voz de Deus por preferir fazer a sua própria vontade.
Peça a Deus Que a graça nunca deixe de fluir em sua vida por causa de seu apego ao pecado.
Eleve o coração Numa sociedade como a nossa, é raro encontrar alguém que não seja apegado ao conforto. Examine seu nível de apego, ficando uma semana longe da televisão, de jornais, de revistas, de catálogos de compras e de shopping centers. Em vez disso, separe um tempo e um lugar em sua casa para passá-lo em oração e em louvor diante de Deus. Peça ao Senhor que revele quaisquer vícios ou dureza de coração que possam ter-se desenvolvido em seu espírito. Diga a Ele que deseja ser uma mulher livre e flexível para responder-lhe pronta e rapidamente.