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terça-feira, 25 de janeiro de 2011


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Universidades são mais antigas que o país
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Quando Israel conquistou sua independência, em 1948, já havia 1.600 estudantes matriculados nas suas duas universidades. Hoje, cerca de 154.000 estudantes freqüentam as instituições de ensino superior do país. As principais universidades são:
- Universidade Hebraica de Jerusalém (fundada em 1925), cujas faculdades cobrem praticamente todas as áreas do saber, desde História da Arte até Zoologia, e na qual funciona a Biblioteca Nacional de Israel.

- Universidade de Tel Aviv (fundada em 1956) foi o resultado da incorporação de três instituições existentes, para atender aos residentes na área de Tel Aviv, a região mais populosa do país. Hoje em dia ela é a maior universidade de Israel, oferecendo uma ampla gama de disciplinas e dando ênfase especial à pesquisa pura e aplicada.

- Universidade de Haifa (fundada em 1963) é o centro de ensino superior da região setentrional do país e oferece oportunidades de estudos interdisciplinares; seus centros interdepartamentais, seus institutos e o projeto arquitetônico, do brasileiro Oscar Niemeyer, foram estruturados para facilitar esta abordagem. A universidade tem um departamento para o estudo do kibutz como entidade social e econômica, e um centro dedicado à melhoria da compreensão e cooperação entre judeus e árabes em Israel.

- Universidade Ben-Gurion do Neguev (fundada em 1967) foi estabelecida para servir à população da região meridional de Israel e para estimular o desenvolvimento social e científico da região deserta do país. Ela vem contribuindo grandemente à pesquisa de zonas áridas, e sua escola de medicina foi a pioneira nacional na prática da medicina comunitária.

- Technion - Instituto Tecnológico de Israel (fundado em 1924) formou uma grande parte dos engenheiros, arquitetos e planejadores urbanos do país. Nas últimas décadas, lhe foram acrescentadas faculdades de medicina e ciências biológicas. O Technion funciona como centro de pesquisa pura e aplicada nos campos da ciência e engenharia, contribuindo para o desenvolvimento industrial do país.

- Instituto Weizmann de Ciências (criado em 1934) hoje em dia é um reconhecido centro de pós-graduação e pesquisas em física, química, matemática e ciências biológicas. Seus pesquisadores dedicam-se a projetos destinados a acelerar o desenvolvimento industrial e o estabelecimentos de novos empreendimentos com bases científicas.



Intercâmbio - Cresce comércio Israel-Brasil
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Chefe do Escritório de Economia da Embaixada de Israel no Brasil, Rona Kotler Ben Aroya nasceu em Tel Aviv, é casada e mãe de um filho nascido em São Paulo. Graduada em Ciências Políticas na Universidade de Tel Aviv e mestre em Administração de Empresas, antes de chegar ao Brasil foi diretora do Departamento de Comércio Exterior da América do Norte no Ministério da Indústria, Comércio e Trabalho de Israel. Nesta entrevista exclusiva, Rona falou das relações comerciais entre Brasil e Israel, da ascensão da economia israelense e dos conflitos com o Líbano.
Como estão as relações comerciais entre Brasil e Israel?
Rona Kotler: O comércio total entre os dois países em 2005 foi de 731 milhões de dólares, um crescimento de 4,3% comparado a 2004. Devido à seca no sul do Brasil, os agricultores brasileiros reduziram em 2005 a quantidade de fertilizantes, pesticidas e herbicidas que compravam de Israel. Como estes são alguns dos principais produtos que Israel exporta para o Brasil, a redução teve efeito negativo nos números de exportação israelense. Em contrapartida, a exportação de produtos químicos cresceu 20%, e de equipamentos eletrônicos e maquinaria cresceu 4%.

Quais os principais produtos importados e exportados, de parte a parte?
Israel exporta principalmente produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbicidas, e equipamentos de comunicação (maquinaria, elétrico e ótico), e importa comida e produtos agrícolas, incluindo carne, grãos, soja e concentrados de fruta.

O acordo de comércio de Israel é com o Brasil ou com o Mercosul?
O Mercosul opera como a organização principal, sob a qual os países membros mantêm relações econômicas com países estrangeiros em conjunto. As negociações entre Israel e o Mercosul para firmar um Acordo de uma Área de Livre-Comércio começou em fevereiro. A meta dos dois lados é tentar alcançar um acordo até o final deste ano. O Brasil está tentando agora tirar a presidência do Mercosul da Argentina, e Israel espera que o ritmo das negociações continue rápido. Vemos o potencial de expandir as exportações aos países membros depois que o acordo for assinado.

A vinda de Ehud Olmert ao Brasil, quando ainda era ministro, ajudou no fortalecimento das relações comerciais entre os países?
Um dos melhores sinais de boa atmosfera de negócios entre países é ter visitas mútuas de autoridades e executivos. Em 2005, houve uma tendência positiva tanto no Brasil como em Israel com relação a estas visitas. Ehud Olmert visitou o Brasil a convite do então ministro Luiz Fernando Furlan. A principal meta de Olmert foi fortalecer e aprofundar as alianças políticas e econômicas entre os países. Alguns meses após a visita, o Mercosul anunciou a abertura das negociações com Israel. Olmert, que chegou ao Brasil como o chefe de uma delegação de 15 empresas israelenses, usou a oportunidade também para divulgar suas atividades entre os brasileiros. Ele enfatizou a necessidade de maior participação das companhias israelenses nas propostas governamentais e a importância de diversificação da lista de produtos que são comercializadas entre os dois países. Olmert também sugeriu estabelecer um fundo entre Israel e Brasil para pesquisa conjunta e desenvolvimento em produtos industrializados. Este fundo pode possibilitar ambos os lados cooperarem em áreas como telecomunicação e software, agricultura e agrotecnologia, tratamento de água, equipamentos médicos, de segurança, entre outras.

Está prevista mais alguma visita ou alguma ação para incrementar a relação dos dois países?
Continuamos na organização de visitas mútuas das duas indústrias, em Israel e no Brasil, participamos das maiores feiras e eventos nos dois países. Também continuamos a desenvolver novas atividades que irão promover o comércio bilateral com total cooperação de entidades como Fiesp, Firjan, Apex, Ciesp, Inmetro e, claro, da comunidade judaica daqui.. Eu coloco o Escritório de Economia de Israel no Brasil a disposição de qualquer empreendedor, companhia ou instituição que esteja interessado em criar contato comercial com Israel ou fortalecer os contatos comerciais que já possuem.

Qual o potencial dessa relação?
Quando for assinado, o Acordo da Área de Livre Comércio entre Israel e o Mercosul irá alargar e estender a faixa de comércio entre os países. Israel é um pequeno país com quase nenhum recurso natural e é o segundo maior importador do Oriente Médio. A economia israelense e a brasileira se complementam. Produtos que Israel normalmente compra de outros países pode comprar do Brasil, como produtos têxteis, grãos, óleos e gorduras animais e vegetais, açúcar, frutas, castanhas, fumo, produtos minerais, combustível, entre outros. Israel é o país líder em pesquisa e desenvolvimento e alta tecnologia em vários setores, como: agrotecnologia, telecomunicações, IT, software, produtos de biociência e tecnologias. Para esses produtos há um grande potencial no mercado brasileiro. Após assinar o acordo com co Mercosul, Israel espera aumentar suas exportações para região em 40% até o final da década.

Quais são seus principais pilares da economia israelense hoje?
A economia israelense está em boas condições e continua expandir, tanto em produtos manufaturados como em serviços. O crescimento em 2005 foi de 5,2%. O emprego está crescendo, fazendo o desemprego diminuir para menos de 9%. A produção industrial tem crescido. Os investimentos externos alcançaram um nível recorde de mais de 6 bilhões de dólares. O mercado financeiro está crescendo em uma taxa satisfatória, e percebemos expansão de atividades em diversos setores da economia. Estamos muito orgulhosos do negócio assinado pela venda da companhia israelense Iscar, um marco da economia do país. Esperamos que esse negócio abra caminho para transações similares no futuro. A previsão conservadora da economia de Israel para 2006 é de uma taxa de crescimento de 3,9%, com crescimento de 2,2% da renda per capita. Os industriais e empresários israelenses lideram os campos de eletro-ótica, aplicativos avançados de software, nanotecnologia, tecnologia bélica, segurança doméstica e aplicativos múltiplos de telecomunicações. Israel oferece uma qualidade única em mão-de-obra, em especial engenheiros, físicos e cientistas da computação, com capacidade comprovada de desenvolvimento e adaptação.

O acirramento dos conflitos com os palestinos tem influenciado de alguma forma na economia?
No passado, a agitação geopolítica realmente afetou a economia israelense e prejudicou principalmente o turismo, os setores de construção e vimos uma diminuição dos investimentos estrangeiros diretos. Embora o Estado de Israel tenha enfrentado muitos desafios e mudanças regionais, sua economia permaneceu robusta. O compromisso do governo israelense com a estabilidade regional vai continuar e esperamos que, apesar da instabilidade política atual, a economia permaneça forte e estável e mantenha seu rápido crescimento.

Como a senhora vê o conflito na região?
Israel tem de oferecer resistência a esses eixos de terror e ódio, criados pelo Irã, Síria, Hezbollah e Hamas, que querem acabar com toda esperança de paz na região. O Hezbollah é uma organização terrorista, que faz parte do governo libanês. A comunidade internacional, incluindo o Conselho de Segurança, exigiu várias vezes que o governo libanês acabasse com o Hezbollah. O Líbano falhou e o resultado é a violência de hoje. Israel vê o governo do Líbano como responsável pela atual violência não-provocada. Nessas circunstâncias, Israel não tem alternativa a não ser se defender. Esperamos também que a comunidade internacional tome atitudes. Vamos devolver os ataques para lutar pela paz.

Como é, na prática, de forma resumida, seu trabalho no consulado israelense?
O Escritório Econômico de Israel no Brasil, o qual chefio, é responsável por encorajar, facilitar e promover o comércio bilateral entre Israel e Brasil e também responsável por criar joint ventures entre as indústrias brasileiras e israelenses. Desde de que cheguei no Brasil, em outubro de 2004, vi o Acordo para Prevenção de Cobrança Dupla de Impostos entrar em vigor; o início da negociação a respeito de uma Área de Livre Comércio com o Mercosul e consolidadas as bases sobre um acordo de pesquisa e desenvolvimento entre Brasil e Israel. Todas esses conquistas possibilitam a nós aumentar nossa cooperação com a indústria brasileira e ampliar a presença de Israel no Brasil. Estou certa de que devemos esperar um crescimento maior no futuro. Estou fascinada com este lugar, pessoal e profissionalmente.

Existe um incentivo para quem quer investir em Israel?
O Estado de Israel atrai investimentos e negócios graças a sua infra-estrutura moderna, tratados de impostos no mundo inteiro (com o Brasil, Israel possui um Tratado de Prevenção de Cobrança Dupla de Impostos), institutos de pesquisa excelentes e um setor jurídico e financeiro sofisticado. Podemos guiar o investidor no processo de tomada de decisão, encontrar parceiros adequados em Israel, servir como recurso para informações econômicas e podemos fornecer briefing customizado. Eu gostaria de aproveitar a oportunidade para convidar investidores brasileiros em potencial a entrar em contato com o Escritório Econômico de Israel no Brasil.


Por Daniel Waismann / Tribuna Judaica

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