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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Escatologia 1

ESCATOLOGIA
  • Um quebra-cabeça onde há peças que temos certeza, outras temos dúvida e ainda outras onde não sabemos sua posição (estão encobertas) - são eventos para no dia a ser revelado (Ap.10:7).
  • Profecias de Daniel com relação as Setenta Semanas, harmonizando com outros versículos da bíblia
ACERCA DO MILÊNIO
  • AMILENISMO:
  • NÃO HAVERÁ UM MILÉNIO NA TERRA, APÓS O 2ª VINDA DE JESUS
ACERCA DO MILÊNIO
  • PRÉ-MILENISTA:
  • ACONTECERÁ ANTES DO MILÊNIO
ACERCA DO MILÊNIO
  • PÓS-MILENISTA:
  • ACONTECERÁ APÓS O MILÊNIO
ACERCA DO ARREBATAMENTO
  • PRÉ-TRIBULACIONISTA:
  • ARREBATAMENTO DA IGREJA ACONTECERÁ ANTES DA GRANDE TRIBULAÇÃO
ACERCA DO ARREBATAMENTO
  • MESO-TRIBULACIONISTA:
  • ACONTECERÁ NA 1ª METADE DOS 7 ANOS
ACERCA DO ARREBATAMENTO
  • PÓS-TRIBULACIONISTA:
  • ACONTECERÁ NA 2ª METADE DOS 7 ANOS
DANIEL
  • Foi um período difícil onde encontraram oposição de Sambalá e Tobias e tiveram de trabalhar armados, pois a qualquer momento podiam ser atacados Ne 4:16-23.
  • Porém Neemias confiava em Deus , sabia que o Senhor estava com eles e completaram a reconstrução dos muros Ne 6:15-16.
DANIEL
  • Ne 2.1-8
  • Dn 9.25
       

Analisando a parábola das dez virgens

As virgens sábias e as virgens tolas [Peter von Cornelius]
As virgens sábias e as virgens tolas (Peter von Cornelius na Wikipedia)
Uma análise devidamente contextualizada da parábola das dez virgens feita por Hermes C. Fernandes.

Uma das passagens mais usadas para aterrorizar os crentes é a parábola das Dez Virgens. De acordo com a interpretação de alguns pregadores, a parábola indica que apenas uma porcentagem dos crentes em Jesus participariam do Arrebatamento, e os demais seriam deixados para trás. Se formos um pouco mais literais, somente 50% dos crentes serão realmente salvos. Os demais estão entre os imprudentes, que serão pegos de surpresa, despreparados, e por isso, inaptos para subir com Cristo. Será que tal interpretação faz jus àquilo que Jesus intentava dizer aos Seus discípulos?
Nessa parábola, Jesus está falando da chegada do reino, e não de Sua segunda Vinda. E o Seu reino foi inaugurado ainda em Seu primeiro advento.
O texto diz que “o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo” (Mt.25:1).
Sôa até estranho, se não atentarmos para o contexto cultural da época. Estaria Jesus defendendo algum tipo de poligamia? Por que “dez virgens”, em vez de apenas uma? Teria Jesus mais de uma noiva?
As virgens da parábola não seriam desposadas pelo noivo. Elas eram como “madrinhas” da noiva. Fazia parte do ritual de bodas judaicas, o encontro das “madrinhas” virgens, com o noivo, para acompanhá-lo até a noiva.
Ora, o noivo da parábola representa o próprio Cristo. E a noiva, embora não figure na parábola, é a Igreja. Quem seriam, então, as virgens? Elas representam o povo judeu.
É interessante que em outra passagem, João Batista se apresenta como “o amigo do Noivo”. Além das virgens madrinhas, o noivo também era assistido por um amigo, geralmente, aquele que fosse considerado o melhor amigo. Assim como não podemos confundir o noivo com o amigo do noivo, também não podemos confundir a noiva com as dez virgens.
Ao ser confundido com o Cristo, João respondeu: “Eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele. A noiva pertence ao noivo. O amigo do noivo, que lhe assiste, espera e ouve, e alegra-se muito com a voz do noivo. Essa alegria é minha, e agora está completa” (Jo.3:28b-29).
De acordo com o protocolo, as virgens madrinhas deveriam sair ao encontro do noivo, portando lâmpadas devidamente acesas.
Segundo a parábola, dentre as dez virgens, cinco eram prudentes, e cinco eram insensatas.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com suas lâmpadas. Demorando o noivo, todas elas acabaram cochilando e dormindo” (Mt.25:3-5).
Repare no detalhe: todas elas acabaram dormindo. Ficaram desatentas, e cochilaram. A diferença entre elas era o suplemente extra de azeite que cinco delas haviam trago. Portanto, a questão não era apenas de vigilância, como bradam os pregadores, mas de prevenção e prudência. Ser prudente aqui, é ser precavido.
Por isso, não parece razoável usar esse texto para amendrontar os crentes, fazendo-os duvidar de sua salvação, temendo que o Senhor lhes flagre “dormindo”.
Paulo escreve acerca disso em sua primeira epístola endereçada à igreja em Tessalônica:
Mas, irmãos, acerca dos tempos e das épocas, não necessitais de que se vos escreva, pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite (sem aviso prévio) (...) Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Todos vós sois filhos da luz, e filhos do dia. Nós não somos da noite, nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios. Pois os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios (...) Pois Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele” (5:1-2,4-8a, 9-10).
É claro que devemos “vigiar”, isto é, estar atentos, para que não sejamos surpreendidos. Entretanto, quer vigiemos ou durmamos, nosso encontro com o Senhor é garantido. O risco é o de sermos pegos de surpresa, e não o de sermos condenados.
Voltando à parábola:
Mas, à meia-noite ouviu-se um grito: Aí vem o noivo, saí ao seu encontro” (Mt.25:6).
Esse “grito-convocação” foi o grito dos profetas, dos quais, João foi o último expoente. Apenas parte do povo judeu deu ouvidos ao alarde profético. A outra parte se manteve surda e insensível ao apelo de Deus. Faltava-lhes o azeite, a luz, a revelação. Seu coração foi endurecido.
Paulo compreendia bem tal situação, pois a havia testemunhado. Em sua última investida evangelística direcionada aos judeus, o apóstolo dos gentios se viu profundamente decepcionado com seus patrícios.
Segundo o relato de Atos, dentre os judeus que vieram ao seu encontro em Roma, “alguns foram persuadidos pelo que ele dizia, mas outros não creram” (28:24). Os que criam eram as virgens prudentes, e os que desdenhavam eram as virgens insensatas. Suas lâmpadas estavam apagadas. Lucas diz que eles “discordaram entre si, e começaram a sair, havendo Paulo dito esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías: Vai a este povo, e dize: Ouvindo, ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; vendo, vereis, e de maneira nenhuma percebereis. Pois o coração deste povo está endurecido; com os ouvidos ouviram pesadamente, e fecharam os olhos, para que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, e se convertam e eu os cure” (Atos 28:25-27).
Dentre os filhos de Israel, somente o remanescente pôde entrar no Reino de Deus. Quem são os remanescentes? Os que deram ouvidos ao grito profético, e foram ao encontro do Noivo. Isso é confirmado por outras passagens, como aquela que Paulo menciona aos Romanos: “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo”( Rm.9:27).
Somente os que atentarem para as profecias, e se derem conta de que elas falam de Jesus de Nazaré, e confiarem em Sua provisão para a salvação, serão, de fato, salvos.
Ninguém será salvo por pertencer a uma etnia, ou por ter o sangue de Abraão correndo em suas veias.
É Paulo quem declara: “Tenho declarado tanto aos judeus como aos gregos que devem se converter a Deus, arrepender-se e ter fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At.20:21).
Por todo o livro de Atos encontramos o cumprimento da parábola das virgens. Em Antioquia, por exemplo, “muitos dos judeus e dos prosélitos devotos seguiram a Paulo e Barnabé, os quais, falando-lhes, exortavam-nos a que permanecessem na graça de Deus” (At.13:43). Esses equivalem às “virgens prudentes”. Mas logo abraixo no texto, lemos que “os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja, e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava” (v.45). Esses equivalem às “virgens insensatas”.
A parábola prossegue:
Então todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite; as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam: Não seja o caso que nos falte a nós e a vós. Ide antes aos que o vendem, e comprai-o” (Mt.25:7-9).
De quem elas deveriam comprar o azeite? Onde encontrariam a luz de que suas lâmpadas necessitavam? Com a palavra, Simão Pedro, o apóstolo da circuncisão:
E temos ainda mais firme a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que ilumina em lugar escuro, até que o dia clareie, e a estrela da manhã surja em vossos corações” (2 Pe.1:19).
Revelação não é algo que se possa receber de terceiros. Não há como terceirizá-la. Tem-se que buscar na fonte. Podemos adquirir informação através de outros, mas só adquiriremos “azeite” para nossas lâmpadas, se buscarmos diretamente na fonte. Por isso Jesus insistia: “Examinai as Escrituras...”
Por muitos séculos, os judeus negligenciaram a Palavra. Por isso, foram incapazes de reconhecer o Messias, quando Ele apareceu nas ruas da Galiléia.
Quando procuraram por Paulo em Roma, queriam um pouco de azeite para suas lâmpadas, mas a porta já se havia fechado. Como disse Jesus, o Reino lhes fora tirado, e entregue a um outro povo, a igreja. Somente os remanescentes* “entraram com ele para as bodas”.
Para esse “remanescente”, a porta sempre estará aberta. Como bem afirmou o apóstolo: “Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça” (Rm.11:5).
Como vimos, a parábola das virgens jamais teve a intenção de causar pânico aos seguidores de Cristo. Não estamos nem entre as cinco prudentes, nem entre as cinco insensatas. Somos a única noiva do Cordeiro, aquela que está sendo preparada para ser apresentada “como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co.11:2).
Christus Victor!
* a palavra remanescente aparece nas bíblias NVI e ARA.
Fonte: O post original do Hermes tá nesse link aqui.

Estudo sobre o Fim dos Tempos

ÍNDICE
  • Citações da Bíblia da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (ACF), © 1994, 1995, 1996, 1997. Novo Testamento © 1979-1997.
  • Citações em parênteses e colchetes extraídas e devidamente traduzidas a partir da AMPLIFIED BIBLE, Copyright © 1954, 1958, 1962, 1964, 1965, 1987 by The Lockman Foundation. All rights reserved. Used by permission (www.Lockman.org) - detalhes
  1. Linha do Tempo do Fim
  2. Introdução ao Estudo do Fim dos Tempos
  3. Quando começa o Fim dos Tempos?
  4. Sinais do tempo do fim
    1. A formação do Estado de Israel em 1948 (Ezequiel 37)
    2. Aumento das viagens e progresso da ciência (Daniel 12:4)
    3. O sinal do engano (Mateus 24)
    4. Guerras e rumores de guerras, epidemias e terremotos (Mateus 24)
    5. A grande apostasia (1 Timoteo 4:1-4)
    6. O florescimento do deserto (Isaías 35, 41 e 43)
    7. Ataque da Rússia e seus aliados a Israel (Ezequiel 38 e 39)
    8. A reconstrução do templo judeu em Jerusalém (Mateus 24 e Daniel 11)
    9. A reconstrução da Babilônia (Apocalipse 14, 16 e 18)
    10. Tornados, furacões e alterações no clima da Terra (Lucas 21)
  5. A Cronologia do Fim dos Tempos
  6. O Arrebatamento
    1. O que é o Arrebatamento?
    2. Por que o Arrebatamento e o Aparecimento Glorioso de Cristo são 2 eventos distintos?
    3. Por que o Arrebatamento ocorre ANTES do período de Tribulação?
    4. As posições pré, meso e pós-Tribulacionista para o Arrebatamento
  7. O mapa do período de Tribulação
  8. O Período da Tribulação
    1. O que é a Tribulação?
    2. Por que 7 anos de Tribulação?
    3. A colheita de almas durante a Tribulação
    4. A Primeira Metade da Tribulação
      1. O papel da ONU no fim dos tempos
      2. O mundo divido em 10 regiões
      3. O Julgamento dos Selos
      4. O Julgamento das Trombetas
    5. A Segunda Metade da Tribulação
      1. O centro da economia será a Babilônia - economia mundial em crise
      2. A Marca da Besta
      3. A proteção de Deus aos judeus remanescentes de Israel
      4. A Destruição da Babilônia
      5. O Julgamento das Taças
    6. As Bodas do Cordeiro
  9. O Aparecimento Glorioso de Cristo
    1. Os detalhes Aparecimento Glorioso de Jesus Cristo descritos na Bíblia
    2. O monte das Oliveiras - onde Jesus aparecerá primeiro
    3. Arrebatamento e Aparecimento Glorioso - dois eventos diferentes
    4. A Batalha de Armagedom
    5. As diferenças entre a Primeira e a Segunda Vinda de Cristo
  10. O Milênio
    1. As posições pré, pós e amilenarista
    2. A Última Revolta de Satanás
  11. O Julgamento do Grande Trono Branco
  12. A Eternidade
  13. Personagens do Fim dos Tempos
    1. Satanás
    2. O anticristo
    3. O falso profeta
    4. As duas testemunhas
    5. As 144 mil testemunhas judaicas
  14. Bibliografia
  15. FAQ

domingo, 5 de fevereiro de 2012

        

     
INTRODUÇÃO:
O QUE É RELIGIÃO?
R: Culto Prestado a uma divindade; doutrina religiosa; dever sagrado; ordem religiosa; crença viva; consciência escrupulosa; escrúpulos; (Social.) um sistema solidário de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, interditas, e que unem em uma mesma comunidade moral, chamada Igreja, todos os que aderem a esse sistema. 

O QUE É SEITA?
R: Doutrina ou sistema que se afasta da opinião geral; conjunto dos indivíduos que a seguem; comunidade fechada; de cunho (caráter) radical; facção; partido.

O QUE É HERESIA?
R: Doutrina contrária aos dogmas (ponto fundamental e indiscutível de uma doutrinas) da igreja; contra-senso; ato ou palavra ofensiva à religião, escolha, seleção, preferência...
(Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira)
O PERIGO DAS SEITAS E HERESIAS
Gn 4:3-7 Compreender a origem e a natureza da religiosidade é básico para entendermos a extrema disseminação de seitas e ensinos falsos, não apenas em nossos dias mas em toda a história da humanidade. Este texto espelha de uma forma clara, a maneira pela qual o espírito de religiosidade começou a se manifestar entre os homens. A palavra "religião" vem do latim religio, que significa "religar". O conceito implícito nessa palavra é o de uma tentativa do homem de "religar-se" a Deus, reatando uma comunhão rompida. Esse sentimento "religioso" é comum a todos os homens, não importando sua origem social ou geográfica. A religião surgiu no vácuo provocado pela ausência da comunhão autêntica com Deus. O homem foi feito para viver em comunhão com Deus, e na falta dessa comunhão ele experimenta, ainda que inconscientemente, um sentimento de profunda frustração. Esse anseio (e não o "medo do desconhecido", como muitos sustentaram no passado) é que originou na humanidade a busca religiosa. O texto que lemos caracteriza alguns aspectos essenciais do espírito de religiosidade. Caim ofertou do que lhe sobrava, enquanto Abel trouxe suas primícias (note as palavras "oferta" e "primícias", nos versículos 3 e 4). O espírito religioso sempre oferta do que sobra, seja dinheiro, tempo, esforço; Caim procurou aproximar-se de Deus por seus próprios meios, enquanto Abel, pelo meio determinado por Deus. Este é um dos principais motivos que levou o Senhor a rejeitar a oferta de Caim. Em Gn 3:21 vemos pela primeira vez nas Escrituras o surgimento de uma vítima sacrificial (se Adão e Eva foram vestidos por Deus com roupas de peles, um animal teve que ser morto!). Esta verdade é a mesma que aparece registrada em Hb 9:22. Em conexão com Gn 3:21, é importante lembrar que a palavra hebraica que significa "cobrir" tem o sentido do termo "propiciação", que é a palavra utilizada pelo Novo Testamento para definir a obra redentora de Jesus na cruz, veja Rm 3:24,25. Ora, o espírito de religiosidade sempre apresenta uma oferta que Deus não pediu, que é incapaz de resolver o verdadeiro problema que separa o homem de Deus: às vezes são "obras", outras vezes são "rituais", mas sempre são coisas que não podem tratar adequadamente o problema do pecado. Abel, pela fé, apresentou o Senhor Jesus (porque todo sacrifício de animais no Velho Testamento apontava profeticamente para Jesus). Já Caim, apresentou a si próprio: suas obras, seu trabalho, suas iniciativas! Caim apresentou, à recusa da sua oferta, a reação característica do espírito de religiosidade. Veja Gn 4:5b. É a reação característica do orgulho ferido. O espírito de religiosidade é sempre o espírito do farisaísmo, o qual é marcado por uma idéia elevada de si próprio, o que leva-o automaticamente a não cogitar jamais a possibilidade de ser recusado. Neste ponto, é diametralmente oposto ao espírito do cristão, o qual é marcado por um coração quebrantado. Vemos uma ilustração clara disso na parábola do fariseu e do publicano (veja Lc 18:9-14). Se a situação fosse inversa, e o publicano fosse rejeitado, ele simplesmente continuaria orando por misericórdia, porque era um homem de coração quebrantado; mas o fariseu jamais suportaria ser rejeitado, porque estava firmado nos seus "méritos"! Gn 4:7 Todas as religiões sempre têm sua base no que o homem pretende fazer ou ser, por si só, independente de quem quer que seja. A palavra de Deus para Caim foi "Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?". Se bem fizeres, aqui, tem o sentido de fazer o que é correto, aproximar-se de Deus da maneira certa. No Velho Testamento, essa maneira era a observância da lei e dos sacrifícios, tendo em vista a obra de Jesus que se manifestaria no futuro. No Novo Testamento, é a aproximação de Deus unicamente através de Jesus, submetendo-se ao Seu senhorio, governo e confiando apenas nos méritos da Sua obra realizada em nosso favor. Não é difícil, contudo, verificamos como o homem procurou seguir o caminho de Caim desde o princípio da humanidade. Gn 4:16,17 Caim foi tanto o iniciador da religião como o primeiro a procurar construir uma sociedade à parte de Deus. A expressão "E saiu Caim de diante da face do Senhor" (v.16) nos mostra que Caim optou por afastar-se de Deus, vivendo longe dEle. À partir desse homem, surgiu toda uma linha de seres humanos que não tinham consciência da pessoa de Deus, mas que experimentavam o anseio inconsciente por comunhão com seu Criador, ao qual já nos referimos. Entre essas pessoas temos sem dúvida os primeiros a adorarem os elementos da natureza, seguindo seus corações corrompidos. Rm 1:21-24 Apesar da revelação disponível de Deus na criação, os homens preferiram escolher seus próprios caminhos, marcados pela religiosidade. O fim disso, como o v. 24 demonstra, está sempre em carnalidade e imoralidade. Rm 1:21 "... e o seu coração insensato se obscureceu." O coração do homem foi obscurecido a fim de que perdesse de vista qualquer traço de revelação do verdadeiro Deus e direcionasse o anseio de seu coração para outros seres. 2 Co 4:4 O diabo é o autor desse entenebrecimento dos corações e da transformação desse anseio legítimo num espírito pervertido de religiosidade. At 19:17-20, 27; 2 Co 10:4,5; Ef 6:11,12 Se a ação do diabo é que está por detrás do espírito de religiosidade, precisamos concluir que todas as religiões são de iniciativa diabólica, e que a maneira pela qual podemos combatê-las não é através de debates ou coisas parecidas, mas unicamente através da batalha espiritual, discernindo sua origem satânica e combatendo com armas espirituais, os demônios que estão por detrás delas. "HERESIAS E SEITA" O mesmo espírito religioso que está por detrás de cultos como o islamismo, o animismo (adoração de espíritos, englobando todas as formas de umbanda), o espiritismo e outras manifestações religiosas, está também por detrás de todas as seitas e heresias que surgiram no meio da Igreja no decorrer da história. Na verdade, o diabo é especialista em variar suas armas no ataque contra a Igreja. A diferença entre o paganismo e o cristianismo é fácil de ser detectada, mas o mesmo não acontece entre o cristianismo verdadeiro e alguns movimentos heréticos. O interesse aqui não é formar um painel acerca das religiões que atuam ou atuaram no mundo, mas analisar principalmente algumas heresias e seitas que surgiram no meio da Igreja. Para isso, precisamos compreender primeiramente a diferença entre "heresia" e "seita".


HERESIA
A palavra "heresia" vem do termo grego "hairesis". Essa palavra é empregada no Novo Testamento com dois sentidos principais: (1) seita, no sentido de facção ou partido, um corpo de partidários de determinadas doutrinas (veja At 5:17; 15:5; 24:5; 26:5; 28:22); e (2) opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é considerada heresia (veja 2 Pe 2:1). 1 Co 1:10; 11:18 Em ambos os textos, a palavra traduzida "divisões (ou dissensões)", no grego, é schismata, que significa literalmente "rasgões em pano". Alguns estudiosos sustentam que essa palavra indica divisões em torno de personalidades, e não em torno de ensinos. Segundo esse ponto de vista, divisões em torno de personalidades seriam um "mal menor", não tão grave quanto as "heresias" (negações de verdades da fé). O texto de 1 Co 11:19, no entanto, parece relacionar as divisões aos partidos (haireseis). Podemos resumir isto dizendo que, na perspectiva do Novo Testamento, toda divisão no corpo de Cristo (seja motivada por personalidades ou por diferenças no ensino) é considerada heresia. Isto coloca como heresia todo o denominacionalismo, tão comum na igreja. No entanto, o uso histórico da palavra "heresia" passou a apontar quase que exclusivamente para seu segundo sentido assinalado acima, ou seja, o de opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é heresia. Desta maneira, passaram a ser qualificadas de "heresia" os ensinos que, de alguma maneira, contrariam alguma verdade da fé cristã. Nesta perspectiva, heresia pode ser definida como a "negação de uma verdade cristã definida e estabelecida, ou uma dúvida concernente a ela". A heresia não pode ser confundida com a apostasia.        O apóstata é alguém que rejeitou completamente a fé cristã; o herege continua vinculando-se à fé, excetuando-se os pontos em que seu sistema nega a fé cristã. 1 Co 15:12; Cl 2:8,16,20-22; 2 Ts 2:2; 1 Tm 4:1-3,7; 1 Jo 2:18,19,22; 4:2,3 Estes textos exemplificam diversas ocorrências de heresias, ainda no período da Igreja primitiva. Em Corinto, algumas pessoas negavam a possibilidade de ressurreição, influenciados pelo conceito grego de que a matéria seria algo inerentemente mau; no caso da igreja em Colossos, a heresia era uma forma particular de legalismo, oriunda de uma influência do gnosticismo grego sobre a igreja; o texto de 2 Ts 2:2 aponta outra heresia específica, relacionada com a volta de Jesus, a qual, segundo alguns, já teria acontecido; em 1 Tm Paulo prevê diversos ensinos heréticos que surgiriam na história da igreja; em 1 Jo, é a encarnação de Jesus que é especificamente atacada (uma forma da heresia conhecida como "docetismo", do grego dokein, "parecer", que ensinava que Jesus não possuíra um corpo físico, mas apenas uma "aparência" de corpo!). Aparentemente, essas heresias podem "variar em grau". Uma coisa é atrelar-se a um legalismo estrito, como no caso dos colossenses; outra, bem diferente, é afirmar que Jesus não possuía um corpo físico. No entanto, toda heresia significa uma introdução de fermento na massa da fé cristã que, com o tempo, levedará a massa toda! Uma análise cuidadosa da carta aos Colossenses, por exemplo, nos mostrará que a influência do gnosticismo sobre a igreja (manifesta no temor aos "rudimentos do mundo", citados em Cl 2:8, e no extremo legalismo) diminuía aos olhos da igreja o próprio valor da obra redentora de Jesus (em razão do que, Paulo teve de afirmá-la em termos tão vigorosos em Cl 2:13,15). O arianismo é outro exemplo de ensino herético que podemos tirar da História da igreja. Ário, que foi presbítero de Alexandria, sustentava que Jesus não era eterno, mas havia sido criado por Deus Pai. Ele não divergia do restante da igreja em nenhuma outra verdade, apenas nesta. Todavia, com a negação de que Jesus era co-eterno e co-igual com o Pai, ele na realidade abalava o alicerce mais fundamental do cristianismo.


SEITA
Podemos compreender melhor o que são seitas se, em primeiro lugar, verificarmos qual a diferença entre "seita" e "heresia". "Por definição, um herege é um cristão professo que está errado com relação a alguma verdade particular, ao passo que o ponto essencial quanto às seitas é que elas absolutamente não são cristãs, e sim contrafações do cristianismo." Em seu sentido mais genérico, seita é "devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada por uma corporação de adeptos". Esta definição está na raiz de termos como "sectarismo", e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol poderiam ser classificados como "seita". Em nosso estudo, no entanto, estamos interessados em estudá-las de uma perspectiva cristã e, nesse prisma, as seitas aparecem invariavelmente como falsificações da fé cristã. Podemos dizer que as seitas, em sua maior parte, são o produto final das heresias, ou seja, o resultado da fermentação herética na massa da igreja. Nem toda heresia culmina na formação de uma seita, mas toda seita possui em seu sistema elementos heréticos. Vamos notar abaixo algumas características e sinais que podem nos ajudar a identificar o que são as seitas.

1 - SEMELHANÇA COM O CRISTIANISMO.
Virtualmente todas as seitas possuem forte semelhança com a fé cristã legítima, e é justamente essa semelhança que se constitui na principal estratégia do diabo com relação a elas (veja 2 Co 11:13-15).

2 - ADEPTOS SINCEROS.
As seitas são povoadas por pessoas zelosas, mas destituídas de verdadeiro entendimento (veja Rm 10:2). Nunca devemos cometer o erro de questionar a sinceridade dos adeptos de qualquer seita; no entanto, precisamos reconhecer que esse zelo extremo a que se dispõem é uma característica do espírito de religiosidade que age por detrás delas.

3 - A QUESTÃO DA ORIGEM.
Todas as seitas, praticamente, reivindicam como sua fonte inicial alguma nova revelação da parte de Deus. Aqui temos uma diferença interessante entre heresia e seita. As heresias, geralmente, começam com pessoas que, estudando diligentemente as Escrituras, acabaram se afastando em sua interpretação. 

4 - RECONHECIMENTO DE AUTORIDADE ADICIONAL ÀS ESCRITURAS.
Este ponto praticamente decorre do anterior. As seitas sempre reconhecem uma autoridade adicional às Escrituras, que acaba sobrepujando a Bíblia e se torna sua base para doutrina e governo. O Mormonismo tem O Livro de Mórmon, a Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Alianças; a Ciência Cristã tem o livro Ciência e Saúde, escrito pela fundadora, Mary Baker Eddy; os Adventistas do Sétimo Dia têm os escritos de Ellen G. White; e etc.

5 - NEGAÇÃO DE VERDADES ESSENCIAIS À FÉ CRISTÃ.
As seitas não se limitam a discordar sobre assuntos periféricos ou não essenciais; elas via de regra negam aspectos essenciais da fé cristã. Embora a lista possa variar ligeiramente de seita para seita, em geral seus ensinos discordam da verdade bíblica em áreas tão centrais quanto a Pessoa de Jesus (Testemunhas de Jeová), a Pessoa do Espírito Santo (Testemunhas de Jeová) a obra expiatória de Jesus (Adventistas do Sétimo Dia), a Justificação pela Fé (Mórmons), a Triunidade de Deus (Testemunhas de Jeová), o ensino das Escrituras sobre o pecado (Pensamento Positivo) a ressurreição e ascensão físicas do corpo de Jesus (Testemunhas de Jeová), entre outros. Além disso, muitas vezes as seitas conjugam, às negações dessas verdades essenciais, as invenções de ensinos que não possuem nenhuma base bíblica. É o caso tanto dos Adventistas do Sétimo Dia quanto dos Testemunhas de Jeová, os quais ensinam as doutrinas do sono da alma após a morte e do aniquilamento dos ímpios.

6 - REJEIÇÃO DO ESPÍRITO DE ORAÇÃO.
Este é um dos sinais mais interessantes acerca das seitas. Em sua quase totalidade elas desvalorizam a oração, e isso não é de causar surpresa. A oração é uma atividade que não oferece atrativos, exceto para aqueles que são filhos de Deus. Como pode haver um legítimo espírito de oração numa seita que, por exemplo, nega o conceito de pecado, repudia a obra redentora de Jesus e rejeita o Espírito Santo como Pessoa (note que esses pontos estão intimamente ligados uns aos outros)?

7 - ÊNFASE NUMA "FÓRMULA" PARTICULAR.
Todas as seitas enfatizam geralmente uma "fórmula" específica, muitas vezes um esquema rígido que deve ser seguido a fim de que determinados resultados sejam obtidos. Segundo um autor, há uma semelhança interessante entre todas as seitas e os famosos "remédios de charlatões": algo muito simples, sem complicação, que serve para curar todos os males. Muitas vezes, um ensino (às vezes até mesmo bíblico e correto) é repetido à exaustão e indicado como solução para todos os tipos de problemas.

8 - PRETENSÃO DE EXCLUSIVIDADE.
Esta é uma característica invariável das seitas: consideram-se a única expressão válida do cristianismo. O caso do Adventismo do Sétimo Dia é típico: para ministrar o batismo, esse grupo exige do "catecúmeno" uma confissão de que "a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a Igreja remanescente", o que exclui todos os demais grupos cristãos. Seguindo nessa escola, um grupo saiu da Igreja Adventista do Sétimo Dia sob a direção de uma "profetisa" chamada Jeanine Sautron, e fundou a Igreja Adventista do Sétimo Dia - Os Remanescentes, a qual, num panfleto distribuído recentemente, chamou tanto a Igreja Adventista original como todos os demais grupos cristãos de "apóstatas". A título de conclusão, poderíamos ilustrar da seguinte maneira a diferença entre "heresia" e "seita": heresia é como um câncer num ser humano; começa lento, insidioso, mas tende a crescer e a dominar todo o sistema do indivíduo. Já a seita, é como um "homem artificial", uma imitação do ser humano. Ef 6:11,12 Notamos que as seitas possuem diversos sinais ou características comuns, e que revelam a existência de uma mente diabólica por detrás de todas elas. Devemos ter isto em mente, para nunca cometermos o erro de combatermos forças espirituais com armas naturais. Podemos e devemos estudar acerca das seitas, a fim de que possamos principalmente instruir pessoas que estão ou estiveram aprisionadas por elas e desejam ser libertas; nunca, porém, para debatermos com seus seguidores. A quase totalidade das seitas são alimentadas por um espírito de contenda religiosa, e quando passamos a discutir com seus adeptos estamos na verdade "fazendo o jogo" do demônio. Nossa posição deve ser a de rejeitar seus ensinos sem discussão, ao mesmo tempo em que devemos amar as pessoas que estão presas por esses ensinos e demonstrar a elas o nosso cristianismo através de nossas vidas, não de nossas palavras.

HERESIOLOGIA
Heresiologia é o estudo das heresias. Heresia deriva da palavra háiresis e significa: escolha, seleção, preferência. Daí surgiu a palavra seita (latim secta - doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é seguido por muitos), por efeito de semântica. Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião.

1. CONHECENDO AS SEITAS
                         As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas. Outras são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.
Com a proximidade do final do século, surgiram novas seitas religiosas e filosóficas responsáveis pelos mais absurdos ensinamentos com relação ao final dos tempos. Essas idéias confusas estão sendo despejadas em cabeças incautas, acabando muitas vezes em tragédias de grandes proporções.
Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones, foi responsável pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após Ter anunciado a eles o fim do mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos militares americanos responsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar todo o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a Bíblia por suas próprias palavras.
Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianças.
Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop.
No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se reforçam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mídia, são as Borboletas Azuis, da Paraíba, que em 1980 anunciou um dilúvio para aquele ano.
Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.
Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Ciência Cristã, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Jesus etc.
Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.

                   a. ASPECTOS COMUNS

Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo mundo. É importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não sejamos enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã.
1) As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência.
2) Crêem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como "inspirados" escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que crêem;
3) Dizem ser os únicos certos;
4) Usam de falsa interpretação das escrituras;
5) Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito totalmente naturalista;
6) Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.

b. CONHECENDO MAIS
Este esboço básico lhe dará informações de como as seitas trabalham e como evitá-las. Se você tem alguém conhecido que está perdido numa seita, é preciso orar e pedir ao Senhor que tire essa pessoa de lá e lhe dê a perspicácia e as ferramentas para ajudá-lo neste trabalho. Pode ser uma tarefa longa e árdua, porque, definitivamente, este não é um ministério fácil.  

                      1) O que é uma seita?
    Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa conhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoção a uma pessoa, objeto, ou a um conjunto de idéias novas. As seitas costumam fazer uso das seguintes práticas:
                                 a) Freqüentemente isolacionistas – para facilitar o controle dos membros fisicamente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente.
                                 b) Freqüentemente apocalípticas - dão aos membros um enfoque no futuro e um propósito filosófico para evitar o apocalipse.
                                 c) Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo seu líder. 0
                                 d) Fazem doutrinação - para evangelismo e reforço das convicções de culto e seus padrões.
                                 e) Privação – quebrando a rotina do sono normal e privação de comida, combinados com a doutrinação repetida (condicionamento), para converter o candidato a membro.  

2) Muitas seitas contém sistemas de convicção "não-verificáveis".
    a) Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado:
        (1) Uma nave espacial que vem atrás de um cometa, para resgatar os membros.
        (2) Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceram ao líder e lhe deram uma revelação.
    
   b) Os membros são anjos vindos de outro mundo, etc.
        (1) Freqüentemente, a filosofia da seita só faz sentido se você adotar o conjunto de valores e definições que ela ensina.
                                       (2) Com este tipo de convicção, a verdade fica inverificável, interiorizada, e facilmente manipulada pelos sistemas filosóficos de seu(s) inventor(es).

2. O LÍDER DE UMA SEITA:
          a. É freqüentemente carismático e considerado muito especial por razões variadas:
   1) O líder recebeu revelação especial de Deus.
   2) O líder reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo, ou mensageiro especial.
   3) O líder reivindica ser designado por Deus para uma missão
   4) O líder reivindica ter habilidades especiais

b. O líder está quase sempre acima de repreensão e não pode ser negado nem contradito.

3. COMO SE COMPORTAM AS SEITAS?
a. Normalmente buscam fazer boas obras, caso contrário ninguém procuraria entrar para elas.
b. Parecem boas moralmente e possuem um padrão de ensino ético.
c. Muitas vezes, quando usam a Bíblia em seus ensinos, utilizam também "escrituras" ou livros complementares.
   1) A Bíblia, quando usada, é sempre distorcida, com interpretações próprias, que vão de encontro à filosofia da seita.
   2) Muitas seitas "recrutam" o Senhor Jesus como sendo um deles, redefinindo-o adequadamente.

4. ALGUMAS SEITAS PODEM VARIAR GRANDEMENTE...
a. Do estético ao promíscuo.
b. Do conhecimento esotérico aos ensinamentos muito simples.
c. Da riqueza e poder à pobreza e fraqueza.

5. QUEM É VULNERÁVEL A ENTRAR PARA UMA SEITA?
              a. Todas as pessoas são vulneráveis.
                  Rico, pobre, educado, não-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc.
              b. Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os itens seguintes)
                  1. Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais.
                  2. Intelectualmente confuso em relação a assuntos religiosos e filosóficos
                  3. Às vezes desiludido com toda a sociedade
                  4. Tem uma necessidade por encorajamento e apoio
                  5. Emocionalmente carente
                  6. Necessidade de uma sensação de propósito, um objetivo na vida.
                  7. Financeiramente necessitado

 6. TÉCNICAS DE RECRUTAMENTO
             a. As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. As táticas mais usadas são:
                   1. "Bombardeio de Amor – Love Bombing " – que é a demonstração constante de afeto, através de palavras e ações.
              2.   Às vezes há muito contato físico como abraços, tapinhas nas costas, toques e apertos de mão.
                   3. Emprestam apoio emocional a alguém em necessidade.
                   4. Ajuda de vários modos, onde for preciso.
                 1) Desta maneira, a pessoa fica em débito então com a seita e procura de algum modo retribuir.
                   5. Elogios que fazem a pessoa pensar que é o centro das atenções.
    
             b. Muitas seitas usam a influência da Bíblia ou mencionam Jesus como sendo um deles; dando validade assim ao seu sistema.
                    1. Escrituras distorcidas;
                    2. Usam versículos tirados da Bíblia fora do contexto;
                    3. Então misturam os versículos mal interpretados com a filosofia aberrante delas.
            
             c. Envolvimento gradual
               1. Alterando lentamente o processo de pensamento e o sistema de convicção da pessoa, através da repetição dos seus ensinos (condicionamento).
1) As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um ponto de cada vez.
2) Convicções novas são reforçadas por outros membros da seita.

7. POR QUE ALGUÉM SEGUIRIA UMA SEITA?
             a. A seita satisfaz várias necessidades:
                    1. Psicológica – Alguém pode ter uma personalidade fraca, facilmente manipulável;
                 2. Emocional – A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ou no passado;
                    3. Intelectual – O membro tem perguntas que este grupo responde.
              b. A seita dá a seus membros a aprovação, aceitação, propósito e uma sensação de pertencer a algum grupo.
              c. A seita pode ser atraente por algumas razões. Podem ser. . .
              1. Rigidez moral e demonstração de pureza; 
              2. Segurança financeira;
              3. Promessas de exaltação, redenção, "consciência mais elevada" ou um conjunto de outras recompensas.

 8. COMO AS PESSOAS SÃO MANTIDAS NA SEITA?
              a. Dependência:
       As pessoas querem freqüentemente ficar porque a seita vai de encontro às suas necessidades psicológicas, intelectuais e espirituais.
               b. Isolamento:
                   1. O contato com pessoas de fora do grupo é reduzido e cada vez mais a vida do membro é construída ao redor da seita.
                   2. Fica muito mais fácil então controlar e moldar o membro.
              c. Reconstrução cognitiva (Lavagem cerebral):
                   1. Uma vez que a pessoa é doutrinada, os processos de pensamento deles/delas são reconstruídos para serem consistentes com a seita e ser submisso a seus líderes.
                   2. Isto facilita o controle pelo(s) líder(es) da seita.
              d. Substituição:
                   1. A Seita e os líderes ocupam freqüentemente o lugar de pai, mãe, pastor, professor etc.
                   2. Freqüentemente o membro assume as características de uma criança dependente, que busca ganhar a aprovação do líder ou do grupo.
              e. Obrigação
              O membro fica endividado emocionalmente com o grupo, às vezes financeiramente, etc.
            f. Culpabilidade
                    1. É dito para a pessoa que sair da seita é trair o líder, Deus, o grupo, etc.
                    2. É dito também que deixar o grupo é rejeitar o amor e a ajuda que o grupo deu.
             g. Ameaça:
                    1. Ameaça de destruição por "Deus" por desviar-se da verdade.
                    2. Às vezes ameaça física é usada, entretanto não freqüentemente.
                    3. Ameaça de perder o apocalipse, ou ser julgado no dia do julgamento, etc.

9. COMO PODEMOS TIRAR ALGUÉM DE UMA SEITA?
               a. A melhor coisa é não tentar um confronto direto no primeiro encontro, o que pode assustar o membro e afastá-lo de você.
               b. Se você é um Cristão, então interceda em oração pela pessoa primeiro.
               c. Para tirar uma pessoa de uma seita é necessário tempo, energia, e apoio.
               d. Ensine a verdade:
        1.  Dê-lhe a verdadeira substituição para o sistema de convicção aberrante que ela aprendeu, ou seja, o Evangelho da Graça de Jesus Cristo;
        2.  Mostre as inconsistências da filosofia do grupo, à luz da Bíblia;
        3.  Estude a seita e aprenda sua história, buscando pistas e informações.
      e               e. Tente afastá-lo fisicamente da seita por algum tempo, para quebrar o laço de isolamento.
               f. Dê o apoio emocional de que ele precisa.
               g. Alivie a ameaça de que se ele deixar o grupo, estará condenado ou em perigo.
               h. Geralmente, não ataque o líder do grupo, deixe isso para depois. Freqüentemente o membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou líder.
               i. Confronte outros membros da seita ao mesmo tempo, somente quando for inevitável.

10. APRENDENDO COM AS SEITAS
Ao analisar crenças contrárias à Bíblia e nos empenhar em defender a nossa fé acabamos por descobrir falhas em nós mesmos que precisam ser corrigidas, pois, tão grave quanto seguir crenças erradas é "não viver o que pregamos", não obedecer 'a Palavra de Deus!
VEJA:
          
Os muçulmanos oram cinco vezes por dia 'a Alah , prostrando-se a ponto de encostar a testa no chão.
           - Quantas vezes oramos por dia ao nosso Deus Vivo?

           Os budistas e outros religiosos orientais utilizam-se de meditação constantemente.
           - Você tem meditado na Palavra de Deus de dia e de noite como diz o Salmo 1, verso 2?

           Os adeptos da seita Hare Krishna adoram cantar o mantra .
           - O que você tem cantado? Você costuma louvar ao Senhor com frequência ou fica ouvindo e cantando música mundana? (Sl.100)

           A Seicho-No-Ie espalha de tal forma suas "belas palavras" que se torna difícil encontrar alguém que nunca viu um calendário de parede com suas mensagens de "pensamento positivo".
           - Você tem semeado a Palavra de Deus? Você tem visto versículos bíblicos em paredes ou em calendários?

           Os judeus e adventistas guardam o sábado enquanto outros cristãos defendem o domingo.
           - Você tem dedicado 1 dia da semana para Deus?

           Mórmons e Testemunhas de Jeová são vistos nas ruas entregando folhetos e batendo de porta-em-porta propagando seus ensinamentos.
           - Você tem feito evangelismo? (Leia Mc 16.15)

           A Maçonaria destaca-se pela fidelidade entre os membros uns aos outros. Quando algum deles precisa de ajuda é prontamente atendido por seu companheiro de crença.
           - Você tem ajudado o seu irmão? (Mt 5.40-48)

           Os espíritas são elogiados por seus feitos assistenciais na área de caridade.
           - Será que estamos agindo assim também? O que a Bíblia diz sobre caridade? (Leia Tg. 1.27)

           Católicos durante a missa mantem-se em silêncio enquanto o padre fala. Da mesma forma em um julgamento as pessoas silenciam-se enquanto fala o juíz.
           - Será que nós, diante da presença do Senhor, por uma questão de reverência, ficamos sem conversas-de-lado durante o culto?

           Católicos confessam seus pecados aos Padres.
           - Nós confessamos os nossos pecados uns aos outros conforme ensina Tg. 5.16?

           Algumas pessoas crêem em Astrologia e não saem de casa sem antes ler o seu "horóscopo do dia".
           -  E quanto a nós cristãos? Lemos a Bíblia, ao menos um versículo antes de sair de casa? (Mt 4.4)

           Esotéricos "comem" cada livro lançado no mercado editorial aumentando assim a quantidade e destaque deste gênero nas livrarias.  
           - Você tem o hábito de ler livros cristãos? De comprar bons livros de Estudos Bíblicos?  
 
(Estudo elaborado pelo Pb Fábio Peres Peixoto - Secretário Geral de Evangelismo