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sábado, 30 de março de 2013

Quem é Judeu?


Pergunta 1:
Quem é judeu?

Resposta:
Nos últimos 3300 anos, a definição universal aceita por todos os judeus, sem exceção, é a da Halachá (Lei Tradicional da Torá):
  • Qualquer pessoa nascida de mãe judia é um judeu.
  • Um não-judeu pode se converter para se tornar judeu, mas somente de acordo com as condições da halachá, incluindo circuncisão (para o homem), imersão num micvê casher e a aceitação de todos os mandamentos da Torá. Outra condição haláchica: a conversão deve ser supervisionada por um Bet Din (Tribunal Rabínico) composto por eruditos, que se sujeitam à autoridade Divina da Halachá e a seguem em suas vidas cotidianas.
2. Pode qualquer não-judeu se tornar judeu?
Resposta:
Sim! Desde que seja sincero com o seu compromisso e o Bet Din estiver convencido de sua sinceridade.
3. Esta é a única maneira de se tornar judeu?
Resposta:
Sim. Este padrão haláchico tem sido aceito através da história judaica por todos os judeus, sem exceção, observantes ou não da Torá, pelo seu bisavô tanto quanto pelo meu. O único padrão para a conversão sempre foi o tradicional haláchico. Um assunto tão sério e profundo como conversão ao judaísmo obviamente exige um critério sério e universalmente aceito, que lhe concede autenticidade.
4. A Halachá aceita conversões do movimento Reformista ou Conservador?
Resposta:
A Halachá só reconhece uma conversão quando realizada de acordo com todas as suas regras. Mas isto não é uma questão de Ortodoxo em contra partida a Conservador ou Reformista. O que conta aqui não é o rótulo que se tenta dar a um determinado grupo, mas o processo da própria conversão: se um rabino ortodoxo realiza uma conversão não totalmente de acordo com a Halachá, então essa conversão não será reconhecida pela Halachá. A Halachá é o critério exclusivo para determinar como e quando um não-judeu pode se tornar judeu.
5. Por que os judeus que aceitam a Halachá não são tolerantes com os outros padrões?
Resposta:
Os judeus sempre acreditaram que a Halachá, como parte da Torá, foi dada por D’us. Alguém que acredita nisto, obviamente não pode aceitar concessões numa questão tão fundamental. Ou o processo da conversão é realizado de acordo com a Halachá e é portanto sancionada por D’us, ou ela não concorda com a Halachá e permanece obra humana.
Conversão implica numa mudança espiritual, por isso, para um judeu que acredita na origem Divina da Halachá a conversão só pode ser feita de acordo com as condições da Lei de D’us. Qualquer outra forma ou “fórmula” é desprovida de sentido.
6. A insistência no padrão haláchico não divide nosso povo?
Resposta:
Pelo contrário, ela é a única maneira de unir nosso povo. Insistir no contrário é demagógico e deliberadamente enganoso. Para capacitar um não-judeu a se tornar um membro do povo judeu, somente um padrão de conversão tem sido aceito e ainda o é por todos os judeus sem exceção – o Haláchico. Mesmo aqueles que não se sentem obrigados pela Halachá ainda aceitam como judeus aqueles convertidos pelo padrão haláchico. Uma simples analogia: certa vez perguntaram a Golda Meir por que as Forças Armadas de Israel só serviam alimentos casher, se há muitos soldados que não observam a cashrut. “Se a comida é casher”, ela respondeu, “aqueles que não se importam com a cashrut não perdem nada ao comê-la. Mas se a comida não for casher, aqueles que guardam cashrut serão forçados a ir a outro lugar…” Obviamente, um soldado que não observa cashrut, de modo algum compromete seus princípios ao comer alimentos casher. No nosso caso também, judeus que não se sentem obrigados pela Halachá podem ainda, em nome da unidade judaica, viver com o padrão estabelecido pela Torá para a conversão.
7. Os judeus ortodoxos consideram os outros judeus plenamente judeus?
Resposta:
Absolutamente! Qualquer um nascido de mãe judia permanece por toda a vida um membro total e completo do povo judeu, independente dos seus atos ou práticas, opiniões ou afiliações. Independente das suas ações, opiniões ou graus de comprometimento, todo e qualquer judeu é nosso irmão ou irmã em todos os aspectos. Isso está declarado no Talmud e reiterado nos Códigos da Lei haláchica de Maimônides, o Shulchan Aruch, etc. De acordo com a Torá, todo judeu, sem exceção, tem valor intrínseco e é um componente essencial do povo judeu, sem o qual a nação inteira não pode realizar seu pleno potencial.
8. Por que há uma ênfase tão grande a não realização de casamentos mistos?
Resposta:
Permanecemos muito firmes nesta questão, pois o que mais tem afastado nosso povo de suas raizes é o casamento misto e a assimilação. Nossa batalha é conservar dentro de cada judeu a chama judaica viva. Cada judeu é valioso, independente de quem seja. Temos a obrigação de lutar com todas nossas forcças pela sua sobrevivência, não apenas material mas espiritual. O que tem nos mantido vivos até hoje é a não assimilação e a transmissão de nossos valores em todas as gerações. Todo e qualquer judeu vale esta batalha!

Pefil dos politicos deste Brasil, pura verdade....


Como ensinar os filhos a orar
"Pais que levam o filho à igreja, não vão buscá-lo na cadeia". Içami Tiba.

Muito sábia a citação do médico e psiquiatra Dr. Içami Tiba. Nos faz pensar sobre a importância de ensinarmos aos nossos filhos uma religião, estimular e exercer a fé em Deus e si mesmo, porém, que seja de preferência a sua religião.
Aprendendo na prática da religiãoMuitas vezes uma religião e seus preceitos é que estimulam a perseverança no cumprimento e a criação de costumes, valores e tradições. Não tem nada mais gratificante para nós pais, do que um filho seguindo os nossos preceitos, fazendo aquilo que lhe foi ensinado.

Não existe uma fórmula mágica ou regra única e nem um grande segredo para essas coisas, mas tudo é válido quando o assunto é o melhor para os nossos filhos.
Quando ensinar os filhos a orarEnsine-os desde pequenos, a criança sempre aprende. Tenha o hábito de visitar uma igreja, ou o local de adoração de sua religião e leve seu filho consigo, mesmo pequenino ele já aprende e observa o que os pais fazem ou seguem. Meu filho tinha nove meses quando começou a imitar a regente de música da igreja que frequento; fiquei encantada, pois não acreditei que ele estivesse vendo-a, por ser bebê e pela distância e quantidade de pessoas que estão sempre no local, mas, para minha surpresa e alegria, ele estava vendo, a seu modo, mas vendo.
Ensinando pelo exemploSeja um exemplo, faça as orações em casa com a sua família e as orações individuais. Deixem que eles vejam, assim sempre terão em sua mente que seus pais oram e procuram a fé. O ideal é que sejam incentivados assim que começarem a falar as primeiras palavrinhas ou sons. Faça todas as orações diárias e incentive-os a tentarem, repita as palavras com eles, com o tempo eles aprenderão e farão as mais belas orações.

Façam atividades com sua família abordando temas da religião e de seu criador, e as formas de nos comunicarmos com Ele ensinando o porquê oramos e para quem e o que oramos. Cantem hinos e façam as orações, peça para que os filhos participem fazendo a oração.

Ler as escrituras com os filhos é também uma boa forma de ensiná-los a orar, não se esqueça de ler as escrituras, ponderarem e orar depois.

Essas são algumas formas de ajudar aos nossos filhos a trilharem o bom caminho e a oração faz parte crucial no desenvolvimento de tudo isso, independente da fé.

"Quando oramos, em espírito vamos até ao céu, e trazemos o céu a terra". Pr. Salomão.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Me fala sério quem já cheirou Jesus?Esta não.......

OLHA ISSO BRASIL... Agora posso dizer que ja vi de tudo kkkkkkkkkkkkkk

03
fev

Uma breve crítica sobre a música de Thalles Roberto

por: Antognoni Misael


Um dos atuais destaques do pop evangélico, Thalles Roberto tem sido uma das mais novas febres no repertório do público gospel. Ao perceber o espaço que sua música tem ocupado e a velocidade pela qual tem se propagado, resolvi destacar alguns itens relacionados à musicalidade desse novo ícone.
Minha crítica não será redundante no que tange a pobreza da atual música gospel no Brasil. Mas alternará em aspectos relevantes, interessantes, mas preocupantes ligados a música de Thalles.
Apesar de alguns pontos em comum que ele traz entre os cantores do mercado Gospel, queria também apresentar alguns pontos diferenciados que talvez nos provoque a pensar que a coisa pode ser “menos mau” ou até um dia, quem sabe, melhorar.
Quem assiste a uma apresentação de Thalles logo percebe que ele é emotivo, improvisador, frenético e intenso. Pra quem não sabe, sua arte e habilidade o levou a trabalhar com grandes nomes da Música Brasileira, como por exemplo, o grupo de Pop Rock Jota Quest. Em seu testemunho ele diz que após um período trabalhando no meio secular, e tendo se desviado de uma vida cristã autêntica, preferiu abandonar os contratos do meio musical onde trabalhava e retornou para o convívio da Igreja (não resistindo ao chamado de Deus), onde gravou seu 1º CD Na sala do Pai (2009). As canções como Arde Outra Vez, Ele é Contigo, Deus do Impossível, etc., são destaques tanto pela autenticidade e testemunho pelo qual foram escritas. O CD é bem trabalhado musicalmente, com letras interessantes e que fogem do mantra americanizado protagonizado nos últimos anos por cantores como Aline Barros, DT, etc.
Quando ouvi a primeira vez a canção Arde Outra Vez, tive a impressão de estar ouvindo as curvas melódicas, dicções e entonações de Guilherme Arantes, seguidos num segundo momento de uma batida bem Black Music, que me conectou ao Gospel americano. Só impressão! Ele era mais versátil do que eu imaginava.
Pra minha surpresa, quando achei que Thalles viria com uma fórmula explosiva para emplacar de vez nas paradas do sucesso, adotando a apelação do momento (Milagres, Milagres e Milagres) ele lança seu 2º disco Raízes (2011) onde recoloca canções tradicionais e dos Salmos e Hinos no seu repertório, compartilhando um pouco dos sons que marcaram o seu passado na igreja: “Deus está Aqui”, “Porque Ele vive”,Vaso Novo”, “Quão grande és Tu”, etc.
Seu último trabalho “Uma História escrita pelo dedo de Deus” (2011), CD e DVD, está atualmente legitimando e o sagrando como mais novo cantor em evidência no mercado gospel. Tive acesso ao disco e DVD e logo pude fazer algumas observações tanto no âmbito técnico-musical quanto na vida cristã.
1) Apesar de ele ser membro da Igreja de Lagoinha, não sei se concorda com as esquisitices teológicas do lugar, contudo as suas letras parecem dizer que não. (???)
2) O título do seu novo DVD (Uma História escrita pelo dedo de Deus) faz alusão a uma canção que fez em parceria com o Missionário R.R. Soares - isso me dá uma sensação super estranha….em que teologia Thalles crê afinal?
3) A maioria de suas canções foi composta em um momento de crise quando estava longe da comunhão com o Pai, no entanto nos mostram uma relação de veracidade relevante entre letra e intérprete. (Diferente do muito que se vê hoje na maioria dos cantores gospel que são viciados em traduzir canções e/ou encomendá-las)
4) Canções como Deus do Impossível, que compôs no momento de desespero quando sua mãe estava na UTI em estado grave, nos mostram certa veracidade e nos ensina a viver a fé e confiança em Deus em todas as situações.
5) Outra que tanto me chamou atenção é O que queres de mim, cujo diálogo entre ele e Deus nos remete a uma exortação veemente da parte de Deus tanto para ele quanto para nós.
6) ”Thalles em estúdio é ótimo, Thalles ao vivo é um barril de pólvora”. Nunca vi alguém que canta tão bem ter tanto prejuízo vocal quando se empolga. Nas músicas de “pula pula” onde diz “tira o pé do chão” a perda é notável e chega a ficar chato ouvi-lo.
7) Seu timbre de voz é muito bom, porém o exagero no ofegante me irrita um pouco (não sei se a você). Ouça a canção “Deus da minha vida” e confira as frases: “Deus (Ttttérrr..uuusss) meu (méeeerrr..u), Pai (parrrr…i) meu…”
8) A maioria de suas músicas são muito boas, curti, e certamente vou reter tudo de bom nelas. Tanto no cancioneiro secular quanto cristão uso da mesma lógica: se a música é boa e me edifica, compartilho; quanto ao cantor, é com ele e Deus. Mas vou logo dizendo, se cair por lado mercenário ou imitar urso, leão, não dá pra ficar calado!
9) Sua agenda está se caminhando para os mega shows pelo Brasil. O mercado o espera!
10) Oro pra que ele não aprenda os maus costumes dos seus parceiros do mundo gospel, não se perca em suas convicções e como ele mesmo canta em ‘O que queres de mim’: “humildade sempre, a soberba não”!
Críticas ao texto? A Thalles? A mim? Aguardo nos comentários abaixo.

Burrice global ou estratégia?



Almoço, ontem, com família comemorando aprovação no vestibular de uma das filhas. Na TV, Regina Casé. Nosso programa é multireligioso, as grandes guerras, no fundo, foram causadas pela religião. Aqui somos da paz, etc, etc. Está aqui o Talles (aquele rapaz que não está interessado em cantar para evangélicos, diz que nem mesmo sua música é evangélica), o rabino David Weltman, Carlinhos Brown, Clareou, etc. Numa clara demonstração de ecumenismo religioso, de confluência. MAS, não se anime. Saracoteia pra lá e pra cá. Resultado: enquanto estávamos almoçando, coisa de 30-40 minutos, 80% da programação ligada ao candomblé.

O rabino se limitou a dizer que foi visitado por Regina Casé. Assim, ele se sente incluído. Thalles, no caminho de sua descaracterização total (eu já vi esse filme com o Catedral), já é da turma desde criancinha. Cantou aquilo que nas igrejas se chama corinho, de tão pouco tempo que gastou. Os demais dispensam apresentações.

Os bobinhos esquecem que a Globo SÓ pensa em faturamento. Aliás, todas as emissoras. Se a emissora global puder contar com alguns inocentes (não tão) úteis, melhor pra ela. Este espaço que eles dão é como uma concessão. Nós não merecemos, eles é que demonstram grandiosidade. Entenderam? A Globo passa um Carnaval todo transmitindo enredos consagrados aos orixás e aprovados por eles. Os apresentadores abrem programas falando axé. As missas católicas possuem horário fixo na programação dominical. Para nós sobram migalhas! Quando é que vocês ouviram no JN que monges budistas perseguem cristãos em Mianmar, Sri Lanka ou Birmânia? É sempre aquela imagem de paz e harmonia propagada pelos artistas budistas da emissora.

Por fim, está rolando na web um filme que deveria ser visto por todos. Vejam a tolerância da emissora com as opiniões contrárias. Essa entrevista passou na grade? Respeito à divergência nos olhos dos outros é refresco:


ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA DANIEL


J. DIAS

AUTORO livro apresenta O profeta Daniel como autor em vários trechos, como 9.2 e 10.2. O fato de Jesus confirmar essa autoria fica claro quando se refere ao “sacrilégio terrível”, do qual falou o profeta Daniel (Mt 24.15), citando 9.27, 11.31 e 12.11. O livro foi provavelmente finalizado em 530 a.C., poucos anos depois de Ciro conquistar a Babilônia, em 539.
QUEM ERA DANIEL
Sábio, interprete de sonhos e visões, que viveu entre os exilados judeus na Babilônia.
Daniel era jovem quando foi levado para a Babilônia, talvez logo no início do domínio de Nabucodonosor sobre Jerusalém, em 605 a.C. Sabe-se pouco sobre ele, mas pelos conhecimentos que demonstrava devia fazer parte das camadas dominantes e dirigentes de Jerusalém. Ele era reconhecidamente um homem de ciência. Nada se sabe a respeito da sua família. A sua piedade diante de Deus e sua integridade nos negócios de Estado (Dn 2,14-23) nos levam a pensar nas instruções do ambiente familiar.
Ele ascendeu rapidamente, tornando-se um dos oficiais mais respeitados do governo. Sua reputação se manteve mesmo com o colapso do Império Babilônico. Já em idade avançada foi um dos homens poderosos do Império Medo-Persa sendo subordinado apenas ao rei.

UM LIVRO POLÊMICO
Daniel é um dos livros mais polêmicos e complexos do Antigo Testamento. Na Bíblia Hebraica aparece entre os “Escritos” e, no cânon cristão das Escrituras, entre os “Proféticos”. O livro de Daniel é o único livro apocalíptico do Antigo Testamento. Por essa razão, de forma rigorosa, o Livro para os hebreus, não cabe no cânon dos profetas. Daniel enfatiza o controle divino sobre as potencias mundiais, e destina-se a animar os judeus na fé e esperança em Deus diante das perseguições de Antíoco Epífanes (Dn 8.23-25).
Daniel pode ser considerado companheiro do livro de Apocalipse; ambos contêm uma linguagem figurada de difícil interpretação. A tentativa de adaptar as profecias de Daniel e Apocalipse aos fatos da história humana tem produzido ilimitados conflitos de opiniões. A verdadeira interpretação dos detalhes das visões nem sempre é clara.
Dois fatos são geralmente reconhecidos pela maioria dos eruditos:
1- As profecias representam uma revelação parcialmente velada de eventos futuros da história secular e sagrada.
2- As visões assinalam o triunfo final do Reino de Deus sobre todos os poderes e do mundo.
No Capítulo 7, muitos comentaristas vêem as quatro bestas como representando os quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma (1.7), seguidos por uma visão do Messias.
No capítulo 8, aparece outro período da história medo-persa e grega sob a figura de uma besta.
O capítulo 9, a oração de Daniel é uma profecia velada do tempo da vinda do Messias.
Os capítulos 10, 11 e 12, contêm predições adicionais de longo alcance e revelações de acontecimentos futuros. Estes três capítulos tem sido campo de batalha de controvérsia teológica com muitas variadas interpretações.
DATA E COMPOSIÇÃO
Os argumentos apresentados para datar o livro no tempo de Antíoco IV Epifânio envolvem três pontos básicos:

1 – A natureza da profecia do Antigo Testamento;

2 – Problemas históricos;

3 – As línguas hebraica e aramaica do livro.
Em termos gerais, os profetas de Israel estavam preocupados, em primeiro lugar, com as circunstâncias religiosas e sócias nas quais viviam os seus contemporâneos, ao invés de ficar fazendo predições a respeito de acontecimentos futuros. Quando efetivamente prediziam o futuro, tratava-se normalmente de eventos em curto prazo, como as profecias de Jeremias sobre a queda iminente de Jerusalém diante dos babilônios. A visão de Daniel referente ao “rei do Norte” e ao “rei do Sul” traça um paralelo exato à história das relações existentes entre os impérios selêucida e ptolemaico no tempo de Antíoco IV Epifânio (11.2-39). Por outro lado a descrição das circunstâncias que cercam a morte do rei (11.40 – 12.3) não corresponde ao que se conhece sobre o falecimento de Antíoco. Com base nesses dados, alguns estudiosos argumentam que o livro de Daniel foi escrito no tempo de Antíoco, um pouco antes de sua morte. Contudo, a idéia de que os profetas de Israel não predisseram acontecimentos num futuro mais distante depende do pressuposto de que as profecias de Daniel são tardias, como também as de Isaías que se referem a Ciro (Is 44.28; 45.1). Isso também pode significar uma rejeição à profecia em geral.
Os acontecimentos do livro de Daniel situam-se no contexto do século VI a.C. No entanto, muitos estudiosos atuais atribuem a composição do livro a um autor do século II a.C., especificamente entre os anos 168 e 164. O motivo da escolha dessa data e sua precisão derivam-se do capitulo 11 deste livro. Ali Daniel fala acerca de vários reis cujos nomes não são citados, mas, os denomina como já foi citados acima: “Rei do Norte” e "Rei do Sul”. Entretanto os detalhes deste capítulo coincidem com a história do Oriente Médio do período de Alexandre, o Grande, no século IV a.C. ao período de Antíoco Epifânio, no século II a.C.
A realidade de tudo isso é que não temos evidencias que impeçam a datação do século VI a.C. Além disso, as provas lingüísticas (com relação ao hebraico e aramaico de Daniel) indicam um período anterior ao II século. O fato de Daniel escrever na primeira pessoa a partir do capitulo 7 até o fim do livro, sugere naturalmente que ele seja o autor, embora o uso da terceira pessoa na primeira parte possa indicar que outra pessoa tenha determinado a estrutura e organização do livro.
No tocante a datação do idioma utilizado por Daniel, deve-se notar em primeiro lugar, que um grande bloco do texto (2.4 a 7.28) está escrito em aramaico, não em hebraico. A razão para mudança de idioma é desconhecida. Alguns estudiosos têm argumentado que o aramaico utilizado é tardio. Uma outra evidência de data posterior do texto seria o uso de diversos vocábulos emprestados da língua grega ao referir-se a instrumentos musicais (3.5). No entanto, nenhum dos argumentos é realmente convincente. Há inúmeras evidências de contatos entre gregos e o Oriente Próximo, anteriores ao tempo de Alexandre, o Grande. Esses contatos são suficientes para justificar o aparecimento de vocábulos emprestados da língua grega. O aramaico e o hebraico de Daniel podem ser datados em qualquer ocasião situada entre o final do século VI e o início do século II a.C. Em outras palavras, o argumento da língua não tem peso significativo para determinação duma data anterior ou posterior.
CONTEXTO HISTÓRICO
Em 626 a.C., Nabopolassar foi entronizado na Babilônia quando os babilônios declararam independência do Império Assírio em declínio. Aliando-se aos medos no leste, começaram a testar a força dos assírios. Em 612, a capital Nínive caiu e, com o colapso do governo após queda da Carquêmis em 605, os assírios antigamente poderosos só ficaram na lembrança do povo do Oriente Médio ao qual aterrorizaram durante quase 150 anos.
Com a morte de Nabopolassar, o trono foi ocupado com habilidade por seu filho, o General Nabucodonosor, em 605. Na época, ele assumiu o controle de todos os territórios perdidos pela Assíria, incluindo Judá. Os filhos de Josias que ocupavam o trono de Judá se mostraram incapazes de aceitar o papel de vassalo, pois nas duas décadas seguintes se envolveram constantemente em conspiração contra os babilônios. Isso resultou em várias deportações e, por fim na destruição de Jerusalém e do templo em 586 a.C., pelos exércitos de Nabucodonosor. Durante esse período, Daniel servia na corte babilônica, pois se encontrava no primeiro grupo de deportados levados para a Babilônia em 605 a.C.
TEMA
O temo teológico do livro é a soberania de Deus: “o Deus Altíssimo domina sobre os reinos dos homens” (5.21). As visões de Daniel sempre demonstram Deus triunfando (7.11,26,27; 8.25; 9.27; 11.45; 12.13). O apogeu de sua soberania é descrito em Apocalipse: “O reino do mundo se tronou de Nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15; Dn 2.44; 7.27).
DIFICULDADES DE INTERPRETAÇÃO
A autoria e data do livro de Daniel não são as únicas dificuldades do texto. Há divergências significativas na abordagem do livro. Essas divergências se dividem em três categorias principais.
A primeira abordagem é feita por aqueles que concluem que o livro foi escrito no tempo de Antíoco Epifânio. De acordo com esse ponto de vista, todas as referências a eventos anteriores a Antíoco são mera história, escritas em ocasião posterior aos acontecimentos. Para eles a única predição genuína no livro seria a morte de Antíoco e a esperada intervenção de Deus para estabelecer seu Reino (11.36 a 12.3).
Um segundo e mais tradicional ponto de vista atribui à ênfase principal das predições contidas no livro ao primeiro advento de Cristo. Essa abordagem está geralmente associada a uma compreensão escatológica amilenista ou pós-milenista.
Um terceiro ponto de vista considera que Antíoco Epifânio e a perseguição ao povo de Deus durante o seu reinado se constituem o primeiro enfoque do livro. O segundo é a intervenção divina no curso da história da humanidade ao final dos tempos, quando Deus estabelecerá seu Reino. A ênfase do livro não se acha no primeiro advento de Cristo (Cap. 9), mas sim em Antíoco e na segunda posição escatológica pré-milenista . Nessa compreensão, há grandes divergências entre os comentaristas quando se trata da interpretação dos detalhes do texto.
PROPÓSITO E MENSAGEM
A soberania de Deus é o centro deste livro e pode ser vista em ação nos âmbitos espirituais e políticos. No relato dos acontecimentos da vida de Daniel e de seus amigos, a ênfase está na vida de fé em um mundo cada vez mais hostil. A soberania de Deus é vista pela ótica da capacidade de fazer prosperar ou livrar os fiéis.
A soberania de Deus nas questões políticas é demonstrada nas visões do livro. O propósito era lidar com as expectativas da comunidade exílica e pós-exílica. Com base na leitura de profetas anteriores, o povo de Israel acreditava que o Reino de Deus seria estabelecido com o retorno a Jerusalém depois de setenta anos de exílio. As visões de Daniel diziam que ainda haveria quatro reinos antes da chegada do Reino de Deus e que, apesar do retorno do exílio acontecer após setenta anos, conforme profecia de Jeremias, isso não podia ser confundido com a restauração total. Em vez de setenta anos, o período necessário seria de setenta semanas de anos.
Enquanto isso, os israelitas deviam ser fiéis no mundo dos gentios sob circunstâncias cada vez mais difíceis de suportar. Deviam depender da soberania divina para resistir geração após geração, crise após crise. Também deviam confiar no poder de Deus de controlar a ascensão e declínio de impérios mundiais que viriam para dominá-los. Eles deveriam estar preparados para uma resposta de Deus que não viria de imediato.
O fato de o Reino de Deus ser o auge do programa divino para Israel e o mundo é transmitido claramente no livro de Daniel. O conceito é introduzido no capitulo 2 como Reino que jamais será destruído (2.44), embora de certa forma, Deus já governe em seu Reino Eterno (4.3,34,35).
No capítulo 7 versículos de 9 a 14, apresenta-se alguém denominado como “Filho do Homem” ao qual o Reino de Deus foi dado. Do nosso ponto de vista, podemos certamente identificá-lo como Jesus, mesmo que isso não estivesse claro para os povos da época de Daniel. Os capítulos 9 e 11 dizem respeito à época que precederá o estabelecimento do Reino de Deus.
Os reinos das nações são descritos como temporários e de domínio limitado. O Império Babilônico é o tema dos capítulos 4 e 5; o Medo-Persa e o Grego estão retratados explicitamente no capítulo 8; O Grego, em especial a Dinastia Selêucida é sem dúvida o comentado no capítulo 11.
Os quatro reinos apresentados nos capítulos 2 e 7 é o tema principal. A identificação dos quatro reinos não é feita no livro, apesar de Nabucodonosor ser identificado como o primeiro reino (2.38) e entendermos que os outros dois reinos mencionados em outras passagens, Medo-Persa e Grego, sejam os dois dos três restantes. Mas esse conhecimento não tem grande importância. O que realmente é importante no contexto do livro de Daniel é o contraste entre impérios humanos e o Reino de Deus.
Além desses temas abrangentes de Daniel, alguns conceitos-chave são relevantes para o estudo do livro. Um deles é o “tempo de angustia” (12.1), geralmente denominado de “grande tribulação” (Mt 24.21; Lc 21.23; Ap 2.22). Mateus relaciona essa grande tribulação com o “abominável da desolação” (Mt 24.15) predito por Daniel (Dn 9.27; 12.11).
O “anticristo” pode ser incluído na teologia de Daniel (Dn 7.8,20-22.24-27). Embora essa palavra só apareça nas epístolas de João (1Jo 2.18,22; 4.3; 2Jo 7), porém referências de uma pessoa de ódio satânico que surgirá no fim dos tempos da história humana, antes da segunda vinda de Cristo, são encontradas em vários textos bíblicos.
A idéia do milênio também ocorre no livro de Daniel. O termo milênio é derivado da palavra latina que significa “mil” e designa o período de mil anos descrito em Apocalipse 20. O caráter desses mil anos é interpretado pelos estudiosos, de três maneiras distintas, como se segue:
1- Os pré-milenistas acreditam que o milênio é um reino mundial de paz e justiça sobre a terra, que se iniciará após a segunda vinda de Cristo (Is 2.1-5; 11.1-10).
2- Os pós-milenistas acreditam que o milênio é um período de paz e justiça que será estabelecido pela pregação do Evangelho em todo mundo, resultando nas condições descritas em passagens como Isaías 2.1-5; 11.1-10.
3- Os amilenistas acreditam que o milênio é uma referencia figurada ao tempo presente do Evangelho. Desta forma o milênio não é visto como uma ordem política futura, mas como o reino espiritual do governo de Cristo sobre a Igreja.
Na interpretação dos pós-milenistas e amilenistas, o número “mil” é geralmente considerado como uma forma figurativa de representar um longo período de tempo, em lugar de mil anos literais.
AS SETENTA SEMANAS (9.24-27)
A interpretação desses versículos é discutida em muitos pontos particulares. Há duas abordagens fundamentais quanto à interpretação das “sete semanas”. Seriam períodos simbólicos ou períodos literais de tempo. No ponto de vista simbólico, os setenta anos de punição à Israel foram multiplicados por sete vezes em consonância com as maldições da aliança (Lv 26.18,21,24,28). Os defensores do ponto de vista literal, são de três categorias. Tal como outras profecias de Daniel, alguns estudiosos interpretam estes versículos como se eles se reportassem aos tempos de Antíoco IV. Outros interpretes podem ser divididos em dois grupos:
1 – Os que interpretam a passagem como se o enfoque primário sobre os acontecimentos estivessem associados ao advento de Cristo.
2 – Há os que interpretam a passagem como tendo referencia aos acontecimentos associados tanto com o primeiro como o segundo advento de Cristo, com um intervalo não declarado entre os dois adventos.
Obs.: Dentro de cada uma dessas interpretações há diferenças individuais quanto a detalhes.

A maioria dos intérpretes, vêem as unidades de setenta semanas como se representassem 490 anos (9.24-27). Essas setenta semanas de anos são então divididas em três subunidades de 49 anos (sete semanas). Os intérpretes diferem somente acerca da pergunta se essas subunidades devem ser vistas como uma seqüência contínua ou se há intervalos entre elas.
O UNGIDO
Há compreensão entre grande parte dos estudiosos que o “Ungido” é uma clara referencia a Jesus. Ligando as “sete semanas” (49 anos) e as “sessenta e duas semanas” (434 anos) como uma seqüência contínua, resulta em 483 anos, a partir de 457 a.C. até 27 d.C., ou seja, até aproximadamente o começo dos três anos do ministério público de Jesus. Mas há os que entendem que os 483 anos começam com a “ordem” de Artaxerxes no ano vigésimo de seu reinado, para a reconstrução dos muros de Jerusalém (Ne 2), ou seja, no ano 444 a.C., em lugar de sétimo ano de seu governo (Ed 7.12-26). Em 457 a.C. Tomando-se por base o ano lunar de 360 dias (como acontece com o calendário judaico), essa aproximação atinge a data da crucificação de Jesus em 33 d.C. Essa data da crucificação é possível, embora discutível.
Há os que defendem que o “Ungido” é Ciro, usando como base Isaías 45.1. Esse ponto de vista separa as “sete semanas” e as “sessenta e duas semanas”. “As sete semanas” se passaram entre a destruição de Jerusalém, em 586 a.C., e o decreto de Ciro em 538 a.C. E “sessenta e duas semanas” (434 anos) seria o tempo durante o qual a cidade seria reconstruída, mais ou menos 538 a.C. e 70 d.C., quando Jerusalém foi destruída pelos romanos sob o comando do general Tito.
O certo que todos esses cálculos, não podem ser usados para uma datação da vinda de Cristo, com o fazem algumas seitas.
CONCLUSÃO
O livro de Daniel serviu para lembrar ao povo judeu que suas angústias não terminariam quando voltassem do exílio. Por isso as expectativas ficariam de lado por um tempo e a angústia continuaria. Contudo Deus sempre dá esperanças a seu povo, eles ressuscitariam (12.2). Deus os incentivou a perseverarem em meio a este período importante de purificação (12.10-13).
O cativeiro deveria servir para os deportados e os que ficaram na Jerusalém destruída, como um período de purificação e arrependimento. Não havia motivo para revolta ou cobranças ao Senhor Deus, e sim humilhação e reconhecimento de que os culpados pela desolação de sua pátria era sua desobediência à aliança entre eles e o Senhor, conforme reconhece Daniel em sua oração no capitulo 9.
ESBOÇO DE DANIEL
I. As convicções religiosas de Deus 1.1-21
O exílio de Judá 1.1-2
A decisão de Daniel de manter-se separado 1.3-21

II. O primeiro sonho de Nabucodonosor 2.1-49
O sonho esquecido 2.1-28
A revelação e a interpretação de Daniel 2.29-45
Daniel é honrado através de promoção 2.46-49

III. A libertação da fornalha de fogo 3.1-30
Convocação para adorar a estátua de ouro 3.1-7
A recusa dos três hebreus de se prostrarem perante a estátua 3.8-18
Os três hebreus são miraculosamente protegidos 3.19-25
O rei confessa o Deus verdadeiro 3.26-30

IV. O segundo sonho de Nabucodonosor 4.1-37
O sonho de Nabucodonosor 4.1-37
A Interpretação da Daniel 4.19-27
O cumprimento do sonho 4.28-33
A oração e restauração de Nabucodonosor 4.34-37

V. A festa blasfema de Belsazar 5.1-31
A escrita manual na parede 5.1-9
A interpretação de Daniel da escritura 5.10-31

VI. Daniel na cova dos leões 6.1-28
Complô contra Daniel 6.1-9
Daniel é lançado na cova dos leões 6.10-17
Daniel é liberado 6.18-28

VII. A primeira visão de Daniel 7.1-28
O sonho da Daniel sobre os quatro animais 7.1-14
A Interpretação de Daniel 7.15-28

VIII. A segunda visão de Daniel 8.1-27
O sonho de Daniel sobre um carneiro, um bode e sobre os chifres 8.1-14
A interpretação de Gabriel 8.15-27

IX. A profecia das setentas semana 9.1-17
A oração de Daniel 9.1-19
A Visão da Daniel 9.20-27

X. A visão final de Daniel 10.1-12.13
A visão de Daniel de um ser glorioso 10.1-9
A visita de um anjo 10.10-21
Guerra entre reis do Norte e do Sul 11.2-45
O tempo da tribulação 12.1-13


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FONTES:
Bíblia de Estudo NVI – Editora Vida
Bíblia de Estudo de Genebra – Sociedade Bíblica do Brasil
Panorama do Antigo Testamento – Editora Vida
Dicionário Bíblico – Editora Didática Paulista
Módulo de Teologia da Faculdade Teológica Betesda
Bíbla Plenitude - Editora SBB
Páscoa

A Páscoa é uma celebração de origem divina e seu caráter é essencialmente bíblico e religioso.

Nas últimas décadas, a humanidade, influenciada pela força do capitalismo a transformou em fonte de lucro e de consumo, deturpando radicalmente seu sentido cristão. Por acreditarem que o ovo simbolizava o nascimento, os antigos egípcios e persas costumavam pintar ovos com cores da primavera e presentear aos amigos. Os primeiros a darem ovos coloridos na Páscoa, simbolizand...o a ressurreição, foram os primitivos cristãos do Oriente e da Europa.

Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era apenas um presente original simbolizando a ressurreição como o início de uma nova vida. Os ovos de chocolate como conhecemos hoje, surgiram no século 20.

O coelho foi símbolo da fertilidade e da vida para diversos povos da terra. Os imigrantes alemães trouxeram a tradição do coelho para as Américas em meados do século 18. Assim, os ovos e o coelho tradicionalmente passaram a fazer parte da Páscoa cristã.

Mas, embora na tradição dos povos o coelho seja símbolo da fertilidade e os ovos símbolo da renovação da vida, definitivamente eles não são símbolos da Páscoa original.

Para conhecermos o verdadeiro sentido da Páscoa, os elementos envolvidos nela e a razão de sua origem, devemos voltar à Bíblia.

O povo de Deus, formado a partir de Abrão e Sarai, estava já por quatrocentos e trinta anos vivendo sob a escravidão dos egípcios. Mas, o momento de Deus libertá-lo havia chegado. (A história da Páscoa pode ser encontrada a partir do capítulo 3 do livro do Êxodo). Então o Senhor chamou Moisés para ser o líder da tão sonhada libertação. Quando Moisés apresentou o plano, Faraó recusou. É claro que ele jamais iria aceitar a proposta de perder a mão-de-obra escrava de centenas de milhares de homens e mulheres.

Percebendo o descaso de Faraó, Deus passou a apelar por meio de atos dolorosos, os quais a Bíblia chama de pragas. Dez ao todo. Diante de cada uma delas, o chefe da nação egípcia continuava endurecido. Deus então anuncia aquela que seria a décima e última praga. O último destes atos de juízo divino atingiria o que há de mais precioso para o ser humano – a vida. “Assim diz o Senhor: Por volta da meia noite, passarei por todo o Egito. Todos os primogênitos morrerão, desde o filho mais velho do Faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho da escrava” (Êxodo 11. 4 e 5). Desta vez, o juízo recairia sobre os filhos primogênitos, tanto dos animais como dos homens. Tanto dos egípcios, quanto dos escravos hebreus. Todos estavam sob a condenação. Mas, Deus nunca executa um juízo sem antes prover um meio de escape. “Deus é amor” (I João 4.8). Assim, naquela noite, se alguma família quisesse ser poupada da morte, quer fosse egípcia ou israelita teria que praticar a Páscoa. Só ela poderia salvar da morte. E o que era a Páscoa? Como praticá-la e evitar a catástrofe sobre os primogênitos? Simples.

Cada família deveria prover um cordeirinho, sem defeito, de um ano, matá-lo, colher seu sangue, pintar o alto e as laterais da porta com o sangue. Toda a família deveria entrar pela porta, permanecer dentro da casa durante a noite e comer a carne do cordeirinho com pão sem fermento e ervas amargas. Fazendo assim, à meia noite, quando o anjo responsável por executar o juízo da morte chegasse, ao ver o sangue na porta, ele pularia aquela casa. A família estaria salva. Isto é a Páscoa. A palavra Páscoa quer dizer passar por cima. Passar por alto, conforme (Êxodo 12.13,23 e 27). A história completa da Páscoa pode ser conhecida lendo o livro bíblico do Êxodo, capítulo 12.

O cordeirinho morto naquela noite, para salvar os primogênitos condenados do Egito, simbolizava outro cordeiro. “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Toda pessoa que nasce no mundo, chega aqui em semelhante condenação à dos primogênitos naquela noite no Egito. “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). Mas Deus nunca permite que a sentença de morte recaia sobre quem quer que seja sem antes oferecer uma saída. E a saída veio por meio de Jesus. Ele deu a vida para que cada pessoa da terra pudesse marcar sua vida com seu sangue e assim ser livre da condenação. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Coelhos, ovos e chocolates nunca estiveram associados à Páscoa, mas ao comércio e ao consumismo. Nossa verdadeira Páscoa é Cristo Jesus. Seu sacrificio dá o real sentido à comemoração desta data.

Nesta Páscoa, além de comer os ovos de chocolate, não deixe de se alimentar de Cristo Jesus. Ele disse de si mesmo: “Aqui está o pão que desce do céu, para que não pereça quem dele comer” (João 6.50).

Itanael Silva
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