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domingo, 29 de dezembro de 2013

A Inquisição no Brasil

UMA HISTÓRIA NÃO CONTADA NOS LIVROS. MAS POR QUÊ?
O Brasil precisa conhecer um outro lado da história do descobrimento que ainda não foi contada.Afinal, o Brasil foi descoberto em pleno período da Inquisição que em nosso país durou mais de três séculos, ou seja, podemos dizer séculos de intolerância, de crueldade e violência com aqueles que foram inquiridos, processados, condenados e executados nas fogueiras da Inquisição em Lisboa, Évora e Coimbra. É interessante investigar que das treze naus que compunham a esquadra de Pedro Álvares Cabral, onze delas eram comandadas pelos capitães que apresentavam nomes de Cristãos-Novos (nome dado aos judeus que foram obrigados à conversão forçada ao catolicismo), como Simão de Pina, Simão de Miranda de Azevedo, Sancho de Tovar, Nicolau Coelho, Aires Gomes da Silva, Gaspar de Lemos que era um judeu de origem polonesa e outros. Seria uma coincidência? Na terra natal de Cabral, Belmonte, existiu uma grande colônia judaica, e sabe-se que o descobridor do Brasil tinha descendência de judeus conversos ao cristianismo.
Poucos sabem que Fernando de Noronha era descendente de cristãos-novos. Era rico e amigo do Rei de Portugal, Dom Manoel, que aqui chegou com um grande contingente  de cristãos-novos para plantar cana-de-açucar e algodão no nordeste brasileiro para enriquecimento do reino português.No domínio holandês no Brasil, muitos judeus holandeses de origem portuguesa vieram para Recife, onde fundaram duas sinagogas, a Zur Israel e a Maguem Abraham, as primeiras sinagogas das Américas. Muitos desses judeus foram após a expulsão dos holandês do Brasil para o Caribe e para a Nova Amsterdã, hoje conhecida como Nova Iorque.
Logo após o período holandês, se inicia nas Minas Gerais o ciclo do ouro. Atraídos por essa imensa riqueza mineral, ouro, diamantes e pedras preciosas, os cristãos-novos portugueses e do nordeste brasileiro vieram para a terra das Alterosas. Muitos saíram daqui com destino às fogueiras da Inquisição em Lisboa, pois aqui foram inquiridos, processados e em Lisboa condenados e executados. Dentre eles, podemos ver seus sobrenomes bem brasileiros, como os Cardoso, Miranda, Nunes, Silva, Pereira, Pinto, Azevedo e muitos outros.
Devido a este fato relevante, o primeiro Museu da História da Inquisição dedicou uma sala especial à história do Ciclo do Ouro em Minas Gerais e Brasil e a presença judaica no nordeste brasileiro.
Historiadores renomados como Dra. Anita Novinsky, Dra. Neusa Fernandes e outros afirmam que o Brasil hoje contém a maior população de descendentes de cristãos-novos (também como “Marrranos” ou Anussim) do mundo, alcançando com certeza mais de 10% da população brasileira e, até mesmo 20%, para alguns historiadores.

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