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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

*O Evangelho Perdido*Série "A Condição Humana após a Morte"

Temos mesmo uma alma imortal?

SÉRIE DE ESTUDOS:
A Condição Humana Após a Morte!
Durante muitos séculos desde o seu estabelecimento, a Igreja de Jesus vem sendo doutrinada, treinada e direcionada a partir de crenças cujos líderes traziam de suas realidades anteriores a sua adesão ao cristianismo. Essas crenças, quase sempre, eram profundamente enraizadas nas religiões e culturas de povos pagãos e na filosofia grega. Por esse fato, ao longo do tempo, fomos impregnados de crenças que não encontram respaldo bíblico, mas são fruto do que se aprendeu de alguém, que aprendeu de alguém, que aprendeu de outro alguém, o que fez com que a Igreja estivesse fora do foco daquilo que Deus planejou para ela desde a eternidade.
Nesta série de estudos, trataremos de forma direta sobre questões relacionadas com o pós-morte, que têm levado a Igreja a uma série de equívocos provocados pela nossa forma de ler o texto bíblico sob uma ótica teológica ou denominacional. E esses equívocos, longe de serem apenas uma questão de opções teológico-denominacionais, têm desviado a Igreja do rumo, do seu propósito, fazendo-a perder tempo naquilo que não a edifica, mas que, ao contrário, a contamina!
Abordaremos questões como o Inferno (hades/sheol/geena), o destino dos ímpios, a questão da alma, a eternidade dos “salvos”, etc. Não deixe de acompanhar todas as postagens deste estudo.
Precisamos estudá-las com temor, zelo pela verdade, espírito contrito e fé no fato de que estamos vivendo o tempo da restauração de todas as coisas(Atos 3:19-21), para a honra e glória do nosso Deus, afim de chegarmos à plena verdade daquilo que o Senhor planejou para Sua Igreja.
De toda a sequência a ser abordada a seguir, talvez a mais necessária nesse início seja a questão da Imortalidade da Alma, devido ao fato dela ser a base para uma série de outros enganos a ela relacionados, que serão eliminados a partir da compreensão bíblica da verdade de Deus sobre o assunto.
Somos separados em partes?
Nesse estudo, veremos que um dos aspectos mais importantes da visão cristã do homem é a de que devemos vê-lo em sua unidade, como uma pessoa total. Os seres humanos têm sido imaginados como consistindo de partes separadas e, algumas vezes, de partes distintas, que são, dessa forma, abstraídas da totalidade planejada por Deus. Assim, nos círculos cristãos, crê-se que o homem consiste, tanto de “corpo” e “alma” como de “corpo”, “alma” e “espírito”.
Segundo o escritor Anthony Hoekema, tanto os cientistas seculares como os teólogos cristãos, contudo, estão reconhecendo gradativamente que tal entendimento dos seres humanos está equivocado, e que o homem deve ser visto como uma unidade indivisível. Cito J. A. T. Robinson, que diz a respeito do uso que o Antigo Testamento faz destes termos: “Qualquer parte pode ser tomada pelo todo”, e o que G. E. Ladd diz a respeito do que o Novo Testamento afirma: “A recente erudição tem reconhecido que termos como ‘corpo’, ‘alma’ e ‘espírito’ não são diferentes, faculdades separadas do homem, mas diferentes modos de ver a totalidade do homem.”
A despeito do que os estudiosos dizem, chegou a hora de a Igreja de Jesus, que se pretende restaurada e esclarecida sobre os fatos bíblicos rumo ao fim, verificar por si mesma o que diz a Palavra de Deus sobre o assunto. Ao estudarmos as Escrituras permitindo que elas transmitam a simplicidade de sua mensagem, livres de conceitos e dogmas enraizados em crenças populares, mesmo que cristãs, surpreendemo-nos com as verdades nelas contidas. Nesse raciocínio, precisamos ser francos em reconhecer que a Bíblia nunca mencionou, e Deus nem sequer cogitou a possibilidade de colocar no homem uma “alma imortal” e isso faz TODA A DIFERENÇA!
O relato da criação não contém nada a esse respeito, simplesmente porque NÃO ERA NECESSÁRIO! O homem foi planejado como um ser especial, criado à imagem e semelhança do Criador (Deus não é dividido em partes e o homem também não!), para viver eternamente na Terra: “Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs na mente do homem a idéia da eternidade…” (Eclesiastes 3:11).
Assim, o ser humano já contava em si mesmo com o potencial de ser eterno e jamais morrer. E embora criado com a imortalidade, esta era condicional à obediência a Deus.
Ao longo dos séculos, e por uma série de razões sociais, espirituais e culturais das quais trataremos a seguir, os crentes passaram a crer na imortalidade da alma, utilizando-se de textos bíblicos para dar suporte ao engano, passando a crer no fato, por exemplo, de Deus ter soprado nas narinas do homem um fôlego de vida e esse ser, equivocadamente, uma suposta “alma imortal”.
A imortalidade da alma é uma crença bastante antiga
Ninrode (Gênesis 10:8-10), um proeminente líder da Babilônia (divinizado posteriormente), morreu enquanto sua esposa, Semíramis, esperava um filho dele. Quando o filho nasceu, ela declarou que o menino – que se chamou Tamuz – era a reencarnação de Ninrode que, segundo o Professor Morris Jastrow Jr., da Universidade de Pensilvânia – EUA, era representado como retornando em reis e imperadores posteriores. Segundo o professor, os babilônios antigos criam que a morte era uma passagem para uma outra vida, que continuava após a morte do corpo. Por isso, enterravam objetos junto com o morto, para que este os usasse no além. Tal prática se espalhou para muitos lugares do mundo, entre muitos povos.
Aí estava fundamentada a base das doutrinas da reencarnação e da crença na imortalidade da alma, ambas tendo o espiritismo como “pano de fundo”, que têm marcado quase que a totalidade das falsas religiões existentes na terra.
Disse satanás: “é certo que morrereis..”
De modo geral, o fato dessa ideia já ter sido anteriormente pregada por satanás no Jardim do Éden, como escrito em Gênesis 3:4, em que ele diz: “…é certo que não morrereis” quando Deus disse: “…é certo que morrereis”, precisa ser significativo para nós, pois nos mostra que o objetivo do diabo emopor-se ao projeto de Deus de um reino eterno a partir da santidade, é igualmente antigo.
Como já tinha conhecimento do plano maravilhoso do Senhor para o homem, o que satanás precisaria fazer era prometer algo em contrapartida ao que o Criador prometera. Ao introduzir a doutrina falsa de que a alma nunca morre, como base do seu esquema de adoração, o diabo mostra que não vai deixar por menos: se Deus promete a vida eterna a quem O ama e O obedece, ele precisa prometer algo em contrafação, para que as pessoas creiam nele, e o adorem, mesmo que não percebam o que fazem.
Quando o Criador disse a Adão e Eva que eles morreriam se desobedecessem, até àquele momento, eles não tinham a menor ideia do significado de morte. Isso não fazia sentido para eles, até porque, como já dissemos, o projeto original era viver eternamente com Deus na terra. E ao prometer a morte em caso de desobediência, o Criador não estava dizendo que, ao morrerem, sua alma se desprenderia do seu corpo e permaneceria em algum lugar, independente do corpo, que voltaria ao pó. É impressionante como nos desviamos dessa verdade simples! Em paralelo, lúcifer sim, prometera uma alma eterna, distinta do corpo, que nunca morreria, mas iria sendo aperfeiçoada sucessivamente. Ele precisava criar um atrativo para as pessoas se ligarem a ele como adoradores.
Na verdade, a promessa de satanás foi bem mais interessante que a de Deus! A proposta do diabo, do ponto de vista humano, foi bem mais atraente do que aquilo que Deus disse: afinal de contas, mesmo reconhecendo que pecou, o homem não queria morrer! Fomos feitos assim: com a natureza preparada para a vida eterna, e a serpente sabia disso!
Esse foi o princípio pelo qual o diabo conseguiu seduzir a Eva; ela acreditou que, diferentemente do que Deus dizia, se comesse daquele fruto, não morreria, mas ao contrário, seria ainda mais inteligente, conhecendo o bem e o mal.
O que satanás ensina é muito simples. Ele diz que nós não morremos nunca(esvaziando a essência da ressurreição de Cristo), e que, após a morte do corpo, a alma subsiste. E para que a alma não sofra após a morte, basta que nessa terra sejamos pessoas boas.
Portanto, apesar do engano, aquilo que satanás faz crer é bem mais fácil de aceitar do que os argumentos de Deus. Mas se nós já fôssemos eternos(como prega o diabo), não teríamos a necessidade de um completo arrependimento, nem de sermos santificados, para que pela transformação, viéssemos a ressurgir dos mortos por escolher amar a Deus e voltar a ser eternos. A proposta de Deus é dura porque requer esforço, obediência, escolha e mudança de vida, mas nunca podemos nos esquecer de que esse é o plano! O reino é para o remanescente fiel e vencedor!
Portanto, é compreensível que desde muito tempo atrás, a doutrina da imortalidade da alma tenha se tornado uma crença tão forte entre todos os povos pagãos mundo afora, e que perdure até os nossos dias.
Mas precisamos reconhecer que nos fechamos a essas verdades, por pura soberba e orgulho. Precisamos ser humildes e pedir perdão a Deus por nos considerarmos superiores aos outros irmãos em Cristo, que não pensavam ou não pensam como nós sobre esse assunto, ao longo dos séculos, verdades tão claras nas Escrituras, mas que tentamos distorcer, para maquiar e alimentar a “nossa verdade”.
Como Igreja, nos fechamos em nossos “casulos” denominacionais, rejeitando tudo que não viesse de nós mesmos, esquecendo-nos de que Deus usa a quem quer e quando quer, para trazer suas revelações e cumprir seu propósito eterno.
“Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA..”
Próximo artigo: Não somos divididos em partes!

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