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domingo, 29 de dezembro de 2013

Museu

O 1º Museu da História da Inquisição do Brasil

“foi inaugurado o primeiro Museu da História da Inquisição”
Um pouco da HistóriaA inquisição chegou a Portugal em dezembro de 1496, quando Dom Manuel casou-se com a viúva do Rei Ferdinando Aragão da Espanha, que havia expulsado os judeus daquele país em 1492. A partir de então, as leis da Inquisição, o Santo Ofício e os Autos-de-fé que eram válidos na Espanha foram introduzidos em Portugal.
Assim, o Brasil nasceu durante plena Inquisição Íbero-lusitana que durou quase três séculos e meio. Na verdade, o Brasil foi como um “Mar Vermelho” que se abriu para milhares de judeus portugueses que foram forçados sob pena de morte à conversão ao catolicismo, diz o seu fundador, Marcelo Miranda. Eram os chamados Cristãos-Novos. “Marranos”, “Anussim” ou mesmo “Criptos-Judeus” que esperavam encontrar no Brasil um lugar mais seguro para se viver, pelo menos, longe das fogueiras inquisitoriais. Entretanto, em 1591, o Brasil recebeu pela primeira vez o Inquisidor português Heitor Furtado de Mendonça que aqui instalou uma extensão do Santo Ofício de Portugal para perseguir, processar, deportar, torturar e condenar esses imigrantes e seus descendentes, dos quais muitos terminaram executados nas fogueiras da Inquisição em Lisboa. Em outras palavras, obrigavam os chamados “hereges” à conversão forçada ao catolicismo. No conceito de herege incluía os judeus, feiticeiros, bruxos, praticantes da bigamia e outros que ferissem os princípios da fé católica. Os judeus representaram mais de 85% dos que foram condenados às fogueiras da Inquisição, conforme os registros históricos da Dra. Anita Novinsky, pioneira nos estudos da Inquisição no Brasil, afirma o pesquisador Marcelo.
Acervo do MuseuEssa história será mostrada no 1º Museu da História da Inquisição do Brasil, que ora se inaugura através de painéis, gravuras e pinturas de artistas como o pintor espanhol Francisco Goya, Bernard Picart e outros, além da exposição de documentos, livros e objetos antigos do século XVI a XIX e até mesmo através de réplicas de alguns equipamentos de tortura em tamanho real como o polé, o pôtro, o garrote e outros.
O Museu também consta com um sistema de multimídia para apresentação de filmes e documentários sobre a história da inquisição. Também é oferecido ao público computadores para pesquisa de sobrenomes dos judeus cristãos-novos, também conhecidos como anussim ou marranos, como por exemplo, os sobrenomes Cardoso, Pinto, Miranda, Nunes, Pereira, Silveira, Azevedo, Costa e muitos outros que foram grandes colonizadores do Brasil, destacando Minas Gerais, durante o período do ciclo do ouro e Pernambuco na produção de açúcar e algodão no século XVI e XVII.
A Abradjin, a entidade idealizadora e mantenedoraEste projeto é uma iniciativa da ABRADJIN, Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição, que é uma fundação privada, não religiosa, cadastrada no IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), instituição com caráter cultural e educativo, sem fins lucrativos, fundada em 09 de agosto de 2000 e que já conta com mais de mil associados, respeitando o direito de crença de cada um. Sua sede está localizada no Bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte-MG.
Portanto, este Museu engloba aspectos históricos, culturais, educativos, artísticos, além de contribuir para a inclusão social, combatendo a intolerância religiosa.
VisitaçãoO Museu estará aberto ao publico, principalmente para visitas de professores de história e alunos interessados em enriquecer o conteúdo programático do currículo escolar, a partir do dia 21 de agosto próximo. Para grupo com mais de 5 pessoas é necessário agendamento prévio. O museu funcionará de terça-feira à sexta-feira das 09:00 às 16:00· Domingos e feriados das 10:00 às 16:00. Segunda-feira – fechado. Os ingressos custam R$8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia).

Sala dos equipamentos de torturas usados durante a Inquisição

Detalhes dos equipamentos de tortura Polè e Pôtro

Roupas que caracterizavam os hereges condenados


Alguns equipamentos e objetos usados na tortura dos condenados pela inquisição.

Uma sala do Museu é chamada “Memorial dos Nomes”, e foi dedicada aos brasileiros vítimas da Inquisição. Nela constarão os nomes e números dos processos de condenação dessas vitimas da crueldade e da intolerância religiosa em nosso país.



Por meio do Museu da História da Inquisição do Brasil, a ABRADJIN tem por objetivos:
I- Disponibilizar para a sociedade parte da história da Inquisição Íbero-Luso brasileira que foi omitida devido à intolerância religiosa no período do Brasil colonial, quando milhares de portugueses (dentre eles, judeus, hereges e outros) imigraram para o Brasil fugindo da perseguição, da tortura e da execução nas fogueiras da inquisição.
II- Utilizar seu patrimônio cultural como recurso educacional, turístico e de inclusão social.
III- Oferecer para os interessados um vasto material para consulta e estudo, como livros sobre a Inquisição, recursos de multimídia para apresentação de filmes e exposição de fotos, gravuras, textos, pequenos objetos e documentos do tempo da inquisição.
IV- Promover visitação de professores de História e alunos que desejam enriquecer o conteúdo programático do currículo escolar, fomentando a pesquisa, investigação, crítica e interpretação dos fatos históricos e culturais.
V- Disponibilizar seus bens culturais para a promoção da dignidade da pessoa humana.
VI- Auxiliar todo descendente dos “anussim” interessado em descobrir e aprender mais sobre suas raízes.

VISITE O SITE OFICIAL DO
MUSEU DA HISTÓRIA DA INQUISIÇÃO:

www.museudainquisicao.org.br


Eng. Marcelo Miranda Guimarães
Diretor-Presidente e Fundador

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