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quarta-feira, 20 de junho de 2012


A religião Judaica na época do Novo Testamento


1. Escribas
Os escribas que devem ser distinguidos dos sacerdotes e dos fariseus – que vemos no Novo Testamento, e que se desenvolveram no período inter-bíblico, são uma classe de peritos profissionais estudiosos na interpretação e aplicação da Lei e do Velho Testamento, e não são os mesmos encontramos nas narrativas do Velho Testamento, passando, agora, depois do exílio, a constituir uma ordem especialmente distinta na Nação, devido a cinco fatores:
1 – conversão do povo, deixando a idolatria e abraçando a ardente fé na religião e escrituras.
2 – necessidade de professores pela separação de sua pátria, capital e templo.
3 – mudança da língua do hebraico para o aramaico.
4 – aparecimento e difusão da SINAGOGA.
5 – interrupções das profecias e interesse na palavra escrita – as escrituras.
2. Sacerdotes
Suas funções estavam ligadas inteiramente com as cerimônias oficiais e deveres da adoração do Templo, função esta que poderia ser acumulada com a de escriba, fariseu, abrangendo áreas distintas de sua vida.
3. Fariseus
Coletivamente tratava-se de uma SEITA poderosa e extraordinária, dito pelo Senhor, e esta forte oposição teve conseqüências fatais, como a dissolução dos casamentos efetuados durante o exílio babilônico, bem como pela importância e prestígio que passou a ter o Sumo Sacerdote – autoridade sagrada e civil – o que tornou o cargo ambicionado, pensando mais em suas vantagens políticas do que espiritual, levando à falta de escrúpulos, criminalidade e degradação do cargo, prejudicando o curso da história da nação. Os Fariseus (que significa separatista) e os Saduceus surgiram em oposição.
Os fariseus nos dias de João Hircano, como um movimento histórico, representando a subdivisão dos líderes e povo, com dedicação aos primeiros ideais do judaísmo, sendo oriundos dos Hasidim – os “PIEDOSOS” – agrupados trinta ou quarenta anos secretamente, com o objetivo de preservar a fé judaica, porque o enlouquecido Antíoco Epifânio procurava exterminá-la. Podemos dizer que os escribas por vocação seriam fariseus por convicção, embora tendo como “armadilha” a facilidade de cair na hipocrisia.
No princípio se esforçavam para com os deveres escribas, fracassando, obedeciam somente no exterior, ocultando-se na máscara da piedade, pecando e se acostumando a pecar e a sua hipócrita prática.
Ressaltando que muitas obras eram sinceras e dedicadas apesar de má concentrada, foram os fariseus responsáveis nas lutas para alcançar o poder, incitaram o povo à guerra civil contra o rei e os saduceus obrigando Alexandre Janus a fugir, lideraram insurreição no reinado de Aristóbulo II, e 80 anos de independência sob dinastia hasmoneu (macabeus) somando aos ensinamentos dos fariseus, provocaram a reação violenta dos judeus quando se tornou parte do Império Romano.
Sua marca – a ritualística – que não se contenta com a palavra escrita de Deus e a verdade do evangelho, sentindo necessidade de acrescentar suas principais idéias, tornando a religião complexa, cujo peso tornava a religião um pesado fardo para os homens carregarem.
4. Saduceus
Outro grupo divergente e inimigo dos sacerdotes e escribas desenvolveu quando os profetas não operavam. Eles emergiram junto com os fariseus, como um “grupo Social”, bem menor que os fariseus, pertencentes às ricas e poderosas famílias dos sacerdotes, que formavam a aristocracia da nação judaica, embora não tinham grande influência na massa do povo, e como acontece aos políticos, a lei de Deus não se aplicava à política. A seita dos saduceus mantinha inimizade com os fariseus, e foram responsáveis pela crucificação de Jesus, mas não podemos generalizar, porque nem todos os sacerdotes eram necessariamente saduceus. Sua marca – o racionalismo – não pode aceitar a Palavra escrita de Deus, nem a verdade do Evangelho, onde precisa ser julgado no tribunal da razão humana, cortando-se várias coisas para poder tornar a fé
mais racional e convincente, por não querer acreditar em anjos ou demônios, ressurreição dos mortos ou qualquer outro milagre.
5. Zelotes
Quarta seita, que concordava com os conceitos judaicos, afirmando que Deus deve ser o único Rei e Senhor, não se preocupam com a morte, e se revoltavam contra os romanos, pelo abuso de autoridade. Representavam de maneira dinástica o partido nacionalista judeu, que provocaram o choque furioso com Roma, resultando completa ruína e saque de Jerusalém; movimento iniciado pelos Macabeus em 63 a.C., oposição esta a Roma pela força das armas, que criou um pretexto para a violência.
6. Essênios
Seita que reaparecera em três tipos: ortodoxo, heterodoxo e peculiares; que se satisfazia em viver o espírito da lei, retiravam da sociedade humana comum, vivendo isolados no campo; praticando um estilo monocrástico de vida e um tipo rústico de judaísmo. Eram super judeus e Moisés sua principal autoridade. Eles se desligaram dos sacrifícios no templo, por possuírem purificações próprias, eram considerados infalíveis, isolados, só viviam em casa de sua propriedade, rejeitavam o comércio e a cobiça; tomavam refeições com sacrifícios preparados por seus sacerdotes, se opunham à guerra e alguns até renunciavam ao casamento.

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