Qual a intenção das suas orações? E como você reage quando Deus diz “ainda não”?
Existem muitas outras orações
impróprias, para satisfação pessoal, disfarçadas de pedidos justos. "Por favor,
dê-me esta nova conta" — pode ser um pedido justo para alguns executivos em
vendas. Não há nada errado em orar pedindo ajuda nos negócios; devemos levar
todas as nossas preocupações a Deus. Se, porém, nossa motivação for "aparecer"
para os outros vendedores, ficar rico para viver esbanjando, fazer pouco caso
dos supervisores que aconselharam a não correr atrás da conta, este é um pedido
errado e é provável que Deus responda não.
Alguns pastores podem orar assim:
"Oh! Senhor, ajuda nossa igreja a crescer." Por certo Deus gostaria de honrar
tal pedido! No entanto, se o objetivo do pastor é "eu quero ser um astro com uma
grande igreja, programas interessantes e muita cobertura da mídia", o pedido é
errado. Da mesma maneira, os cantores evangélicos que pedem: "Ajude a vender o
meu disco e a organizar minhas apresentações" talvez estejam em busca de glória
pessoal, não importa o número de vezes que o nome de Deus seja mencionado no
palco.
Podemos enganar a nós mesmos, achando
que petições egoístas são apropriadas, mas Deus não será enganado. Ele sabe
quando nossos motivos são destrutivos e muitas vezes nos protege contra eles
dizendo não.
Antes de apresentar um pedido ao
Senhor, seria uma boa ideia perguntar: se meu pedido for
atendido:
• trará glória a
Deus?
• promoverá seu
reino?
• ajudará alguém?
• me ajudará a crescer
espiritualmente?
Obrigando-nos a analisar nossas
petições com mais cuidado, a oração é capaz de nos purificar. Quando chegamos à
conclusão de que nossa motivação era errada, podemos dizer: "Senhor, perdoa-me.
Ajuda-me a crescer. Ajuda-me a fazer petições de acordo com a tua
vontade."
Se você tem orado diligentemente
sobre um assunto e tem sentido resistência do céu, desafio-o a reavaliar seu
pedido. Este pode ser o problema. Talvez seja uma falha sua, uma relutância em
encarar a verdadeira motivação. Talvez ele seja destrutivo e você não perceba.
Talvez ele seja para satisfação própria, acanhado, ou pequeno demais. Deus pode
ter algo maior em mente.
“Ainda não”
Se não é o momento certo, Deus diz
"calma". Para a maioria de nós, é quase tão ruim quanto dizer não. Vivemos em
uma sociedade instantânea, procurando fazer tudo cada vez mais rápido.
Autoestradas e supermercados têm filas expressas; fotos são reveladas em uma
hora e achamos que precisamos formatar o computador se ele nos faz esperar cinco
segundos. Por isto é que as pessoas costumam me dizer: "Não sei o que pensar.
Venho orando por algo há três dias e Deus ainda não fez
nada."
Os pais sabem que os filhos
classificam as palavras “ainda não” como das mais horríveis do idioma, vindo em
segundo lugar depois da palavra “não”. Você sai em uma viagem de automóvel de
mil quilômetros. Trinta quilômetros depois, quando você diminui a velocidade
para passar pelo pedágio, vozes do banco de trás indagam: "Ainda não chegamos?".
"Ainda não", é a resposta. E começam os gemidos e
reclamações!
Há outras: "Meu aniversário é amanhã.
Posso abrir os presentes hoje à noite? Está pertinho."; "Agora que completei 14
anos você vai me ensinar a dirigir?" Como as crianças detestam ouvir a resposta
"Ainda não".
Existe uma criança impaciente dentro
de nós, uma criança que deseja que Deus supra cada necessidade, conceda cada
pedido, mova cada montanha na hora, se possível, ontem. Quando o onisciente,
sábio e amoroso Pai celestial acha melhor dizer "Ainda não", qual a reação de um
adulto amadurecido como nós?
Deus, no entanto, como os pais
sábios, não se intimida com as exigências infantis para uma gratificação
instantânea. Ele balança a cabeça diante de nossa imaturidade, e diz: "Pode
espernear e chorar à vontade, mas não vai receber o que está pedindo agora.
Confie em mim. Eu sei o que estou fazendo. Tenho meus
motivos".
Tenha cuidado ao insistir, achando
que você sabe, mais do que Deus, quando um pedido de oração deve ser concedido.
A demora de Deus não significa necessariamente uma negação. Ele tem motivos para
os ainda não.
Trecho do livro “Ocupado Demais Para Deixar de
Orar”, de Bill Hybels
A-BD
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