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quarta-feira, 20 de junho de 2012

CONFLITO ÁRABE-ISRAELENSE - 1946 à 2001



Principais pontos do conflito árabe-judeu


Bandeira palestina pintada em muro


Década de 40

1946 Grupos guerrilheiros judeus intensificam ações terroristas contra posições inglesas na Palestina.

1947 A ONU aprova a partilha da Palestina em um Estado judeu e outro palestino.

1948-1949 O líder judeu David Ben Gurion declara a independência de Israel. A Liga Árabe recusa a partilha da Palestina decidida pela ONU. Egito, Iraque, Líbano, Síria e Transjordânia atacam Israel, que vence o que chamou de Guerra da Independência e amplia seu território.

Década de 50

1956 Guerra de Suez A principal causa deste conflito foi a nacionalização do Canal de Suez por parte do Egito. Israel, preocupado com a perda do porto de Eilath, no golfo de Acaba, aliou-se a França e a Inglaterra e desfechou um ataque contra o Egito. A guerra terminou com intervenção da ONU e o Egito manteve o controle sobre o canal.

Década de 60

1964 É fundada a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). A ONU a reconhece como única representante legítima do povo palestino.

1967


Guerra dos Seis Dias - Os quase dez anos entre a crise de Suez e a Guerra dos Seis Dias não foram de paz. A violência na região aumentava com a política de repressão de Israel e os ataques de organizações guerrilheiras palestinas reunidas sob a Organização de Libertação da Palestina, criada em 1964. A União Soviética apoiava as forças armadas sírias e egípcias, contrabalançando o apoio dos Estados Unidos a Israel. A unidade árabe começava a se fortalecer. O Egito decidiu fechar a entrada do golfo de Acaba aos navios israelenses e ordenou que as tropas da ONU estacionadas no Sinai abandonassem o território. Sentindo-se ameaçado, Israel se antecipa e faz um ataque relâmpago aos países fronteiriços. Em seis dias, a guerra estava ganha. Israel ampliou seu território cerca de 18 vezes, incorporando a península do Sinai, a Faixa de Gaza (pertencentes ao Egito), a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém (da Jordânia) e as colinas do Golã (pertencentes a Síria).


Tanque destruído no Sinai

1967 Surgem, ao longo do ano, duas organizações palestinas: a Frente Popular de Libertação da Palestina e a Frente de Luta Popular da Palestina.

Década de 70

1972 Um grupo palestino mata 11 membros da delegação de Israel nos Jogos Olímpicos de Munique, Alemanha. Israel se vinga, matando vários líderes palestinos aparentemente ligados com os assassinatos em Munique.

1973


Soldados egípcios mortos no deserto


Desde a ocupação dos territórios árabes em 1967, Israel vinha sendo advertido pela ONU por meio de resoluções aprovadas pela maioria dos países do mundo. Elas estabeleciam a devolução daqueles territórios a seus donos, mas Israel ignorava todas as advertências. Sua política consistia em colonizar esses territórios.
Egito e Síria atacaram Israel de surpresa no dia 6 de outubro de 1973, exatamente no Yom Kippur, o Dia do Perdão dos judeus. A Síria avançou pelas colinas do Golã e o Egito atacou ao longo do canal de Suez. Israel contra-atacou, bombardeou Damasco, a capital Síria, e obrigou os egípcios a recuar no Sinai. EUA e URSS impuseram um cessar-fogo, que praticamente restabeleceu as fronteiras vigentes ao final da Guerra dos Seis Dias.

1974 Dez anos depois do reconhecimento da ONU, os países árabes admitem que a OLP é a única representante dos palestinos.
Terroristas palestinos matam 26 pessoas numa escola de Maalot, na maioria, crianças.

1975 Militantes da organização terrorista palestina Fatah ocupam o Hotel Savoy em Tel-Aviv. Onze pessoas morrem.

1978 É assinado, em setembro, o Acordo de Camp David, nos Estados
Unidos, que sela o compromisso israelense de devolver a península
do Sinai ao Egito.

1979 Em 26 de março, Egito e Israel assinam tratado de paz na Casa Branca, Washington, o primeiro entre judeus e árabes. A Síria e a Jordânia, ausentes do tratado, acusam o Egito de traição da causa árabe. O tratado voltou a dividir os países árabes. Israel passa a adotar uma política de anexação dos territórios ocupados, redefinindo suas fronteiras e desrespeitando as resoluções da ONU.

Década de 80

1980 O parlamento israelense aprova a anexação de Jerusalém Oriental.

1981 Aprovada a anexação das colinas de Golã.

1982 O Líbano é invadido por Israel. Israel devolve o Sinai ao Egito. Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é cercada em Beirute e obrigada a sair do pais.
Milícias cristãs libanesas, apoiadas por Israel, massacram cerca de 600 refugiados palestinos nos campos de Sabra e Chatila.


Jovens palestinos lançam pedras contra posições israelenses

1987 As principais facções do movimento palestino de resistência (os grupos guerrilheiros) se reunificam, submetendo-se a OLP. Em dezembro, tem inicio a Intifada, o maior movimento popular até então de repúdio a ocupação israelense em Gaza e na Cisjordânia.
É fundado o Hamas, movimento de resistência islâmica que seria o maior adversário, entre os palestinos, do processo de paz e devolução dos territórios ocupados por Israel.

1988 O levante palestino nos territórios ocupados, cuja liderança a OLP logo assume, toma maior vulto. Em novembro, o Conselho Nacional Palestino proclama o Estado palestino e, pouco depois, Arafat reconhece o Estado de Israel.

Década de 90

1990 O Iraque invade o Kuwait, provocando manifestações contrarias no mundo todo. Soldados israelenses matam palestinos em Jerusalém, na mesquita de Al Aqsa.

1990 Em janeiro, começa a Guerra do Golfo. OLP e Jordânia apóiam o Iraque. Em outubro, tem inicio a Conferencia de Paz para o Oriente Médio.
1993 Israel e OLP assinam acordo de reconhecimento oficial mútuo.
1994 Em maio, acordo entre israelenses e palestinos estabelece a autonomia palestina sobre a Faixa de Gaza e área de Jericó. Yasser Arafat, dirigente palestino, e o primeiro-ministro Yitzhak Rabin e o ministro do Exterior Shimon Peres, de Israel, recebem o Prêmio Nobel da Paz. Jordânia e Israel assinam um tratado de paz.

1995 Em setembro, Rabin e Arafat assinam acordo que estabelece a eleição de um conselho legislativo palestino e a retirada israelense das maiores cidades palestinas nos territórios ocupados. Em 4 de novembro, Rabin é assassinado por um extremista de direita judeu.


Soldados da Autoridade Palestina


1996 Eleições legislativas e controle palestino sobre principais cidades dos territórios ocupados, como Belém.

1999 Sob o patrocínio dos EUA, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, e o ministro das Relações Exteriores da Síria, Farouq al Shara, tentam retomar as negociações de paz entre os dois paises, suspensas em 1996. A Síria, uma das principais potências militares do mundo árabe, insiste que Israel se retire das colinas do Golã, ocupadas na Guerra dos Seis Dias, mas consideradas pelos israelenses como estratégicas para a segurança e o abastecimento de água de seu pais.

2000 e 2001 Maio/2000


Soldados israelenses montam guarda em Jerusalém

Retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, depois de 22 anos de ocupação. O governo israelense se desgastava com a ocupação do Líbano. A opinião pública reagia cada vez que um soldado tombava vítima da resistência libanesa. O primeiro-ministro israelense Ehud Barak foi eleito com a promessa de uma retirada honrosa, programada para julho. A pressão da guerrilha forçou a antecipação da saída.

Setembro/2000 No dia 28, líder direitista israelense Ariel Sharon visita, na Cidade Velha de Jerusalém, a Esplanada das Mesquitas – terceiro local mais sagrado para os muçulmanos – e declara que Israel não devolveria a cidade. No dia seguinte, começam protestos reprimidos com violência pelos israelenses.

Outubro/2000 Protestos árabes em Gaza, em cidades palestinas ocupadas e na Cidade Velha de Jerusalém Oriental provocam mais conflitos violentos entre o Exército israelense e palestinos, causando a morte de dezenas de pessoas. Dois soldados israelenses são linchados por palestinos que voltavam do enterro de jovem morto por tropas israelenses. Helicópteros israelenses bombardeiam com foguetes locais de Gaza e Ramallah.

Em 17 de outubro, Yasser Arafat (Autoridade Palestina) e Ehud Barak (primeiro-ministro de Israel) fazem acordo verbal de cessar-fogo durante reunião no Egito, com mediação do presidente dos EUA, Bill Clinton.
É aceito o compromisso de criar comissão para apurar a responsabilidade pelo inicio dos conflitos.

Maio/2001 O líder do direitista Partido Likud, Ariel Sharon, vence as eleições para primeiro-ministro de Israel.

Junho a Setembro/2001 Israel e Autoridade Palestina (AP) retomam negociações de paz. Apesar das discussões, os conflitos continuam, com mortes dos dois lados. Os atentados terroristas cometidos por palestinos extremistas aumentam e o governo israelense reage com violência. Em setembro, após os atentados terroristas nos Estados Unidos, palestinos e israelenses decidem estabelecer um cessar-fogo.

De: Theodoro
Data: Sun, 30 May 2004 23:04:08 -0300 (ART)

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