CONFLITO
ÁRABE-ISRAELENSE - 1946 à 2001
Principais pontos do conflito
árabe-judeu
Bandeira
palestina pintada em muro
Década de 40
1946 Grupos guerrilheiros judeus intensificam
ações terroristas contra posições inglesas na Palestina.
1947 A ONU aprova a partilha da Palestina em um
Estado judeu e outro palestino.
1948-1949
O líder judeu David Ben Gurion declara a independência de Israel. A Liga Árabe
recusa a partilha da Palestina decidida pela ONU. Egito, Iraque, Líbano, Síria e
Transjordânia atacam Israel, que vence o que chamou de Guerra da Independência e
amplia seu território.
Década
de 50
1956 Guerra de Suez A principal causa deste
conflito foi a nacionalização do Canal de Suez por parte do Egito. Israel,
preocupado com a perda do porto de Eilath, no golfo de Acaba, aliou-se a França
e a Inglaterra e desfechou um ataque contra o Egito. A guerra terminou com
intervenção da ONU e o Egito manteve o controle sobre o
canal.
Década de 60
Década de 60
1964 É fundada a Organização para a Libertação
da Palestina (OLP). A ONU a reconhece como única representante legítima do povo
palestino.
1967
Guerra
dos Seis Dias - Os quase dez anos entre a crise de Suez e a Guerra dos Seis
Dias não foram de paz. A violência na região aumentava com a política de
repressão de Israel e os ataques de organizações guerrilheiras palestinas
reunidas sob a Organização de Libertação da Palestina, criada em 1964. A União
Soviética apoiava as forças armadas sírias e egípcias, contrabalançando o apoio
dos Estados Unidos a Israel. A unidade árabe começava a se fortalecer. O Egito
decidiu fechar a entrada do golfo de Acaba aos navios israelenses e ordenou que
as tropas da ONU estacionadas no Sinai abandonassem o território. Sentindo-se
ameaçado, Israel se antecipa e faz um ataque relâmpago aos países fronteiriços.
Em seis dias, a guerra estava ganha. Israel ampliou seu território cerca de 18
vezes, incorporando a península do Sinai, a Faixa de Gaza (pertencentes ao
Egito), a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém (da Jordânia) e as colinas
do Golã (pertencentes a Síria).
Tanque
destruído no Sinai
1967 Surgem, ao longo do ano, duas organizações
palestinas: a Frente Popular de Libertação da Palestina e a Frente de Luta
Popular da Palestina.
Década de 70
1972 Um
grupo palestino mata 11 membros da delegação de Israel nos Jogos Olímpicos de
Munique, Alemanha. Israel se vinga, matando vários líderes palestinos
aparentemente ligados com os assassinatos em Munique.
1973
Soldados
egípcios mortos no deserto
Desde a ocupação dos territórios árabes em 1967, Israel vinha sendo advertido pela ONU por meio de resoluções aprovadas pela maioria dos países do mundo. Elas estabeleciam a devolução daqueles territórios a seus donos, mas Israel ignorava todas as advertências. Sua política consistia em colonizar esses territórios.
Egito e Síria atacaram Israel de surpresa no dia 6 de outubro de 1973, exatamente no Yom Kippur, o Dia do Perdão dos judeus. A Síria avançou pelas colinas do Golã e o Egito atacou ao longo do canal de Suez. Israel contra-atacou, bombardeou Damasco, a capital Síria, e obrigou os egípcios a recuar no Sinai. EUA e URSS impuseram um cessar-fogo, que praticamente restabeleceu as fronteiras vigentes ao final da Guerra dos Seis Dias.
1974 Dez anos depois do reconhecimento da ONU,
os países árabes admitem que a OLP é a única representante dos
palestinos.
Terroristas palestinos matam 26 pessoas numa escola de Maalot, na maioria, crianças.
Terroristas palestinos matam 26 pessoas numa escola de Maalot, na maioria, crianças.
1975 Militantes da organização terrorista
palestina Fatah ocupam o Hotel Savoy em Tel-Aviv. Onze pessoas
morrem.
1978 É assinado, em setembro, o Acordo de Camp
David, nos Estados
Unidos, que sela o compromisso israelense de devolver a península
do Sinai ao Egito.
1979 Em 26 de março, Egito e Israel assinam tratado de paz na Casa Branca, Washington, o primeiro entre judeus e árabes. A Síria e a Jordânia, ausentes do tratado, acusam o Egito de traição da causa árabe. O tratado voltou a dividir os países árabes. Israel passa a adotar uma política de anexação dos territórios ocupados, redefinindo suas fronteiras e desrespeitando as resoluções da ONU.
Década de 80
Unidos, que sela o compromisso israelense de devolver a península
do Sinai ao Egito.
1979 Em 26 de março, Egito e Israel assinam tratado de paz na Casa Branca, Washington, o primeiro entre judeus e árabes. A Síria e a Jordânia, ausentes do tratado, acusam o Egito de traição da causa árabe. O tratado voltou a dividir os países árabes. Israel passa a adotar uma política de anexação dos territórios ocupados, redefinindo suas fronteiras e desrespeitando as resoluções da ONU.
Década de 80
1980 O parlamento israelense aprova a anexação
de Jerusalém Oriental.
1981 Aprovada a anexação das colinas de
Golã.
1982 O Líbano é invadido por Israel. Israel
devolve o Sinai ao Egito. Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é
cercada em Beirute e obrigada a sair do pais.
Milícias cristãs libanesas, apoiadas por Israel, massacram cerca de 600 refugiados palestinos nos campos de Sabra e Chatila.
Milícias cristãs libanesas, apoiadas por Israel, massacram cerca de 600 refugiados palestinos nos campos de Sabra e Chatila.
Jovens
palestinos lançam pedras contra posições israelenses
1987
As principais facções do movimento palestino de resistência (os grupos
guerrilheiros) se reunificam, submetendo-se a OLP. Em dezembro, tem inicio a
Intifada, o maior movimento popular até então de repúdio a ocupação israelense
em Gaza e na Cisjordânia.
É fundado o Hamas, movimento de resistência islâmica que seria o maior adversário, entre os palestinos, do processo de paz e devolução dos territórios ocupados por Israel.
1988 O levante palestino nos territórios ocupados, cuja liderança a OLP logo assume, toma maior vulto. Em novembro, o Conselho Nacional Palestino proclama o Estado palestino e, pouco depois, Arafat reconhece o Estado de Israel.
É fundado o Hamas, movimento de resistência islâmica que seria o maior adversário, entre os palestinos, do processo de paz e devolução dos territórios ocupados por Israel.
1988 O levante palestino nos territórios ocupados, cuja liderança a OLP logo assume, toma maior vulto. Em novembro, o Conselho Nacional Palestino proclama o Estado palestino e, pouco depois, Arafat reconhece o Estado de Israel.
Década
de 90
1990 O
Iraque invade o Kuwait, provocando manifestações contrarias no mundo todo.
Soldados israelenses matam palestinos em Jerusalém, na mesquita de Al
Aqsa.
1990 Em janeiro, começa a Guerra do Golfo. OLP e
Jordânia apóiam o Iraque. Em outubro, tem inicio a Conferencia de Paz para o
Oriente Médio.
1993 Israel e OLP assinam acordo de reconhecimento oficial mútuo.
1994 Em maio, acordo entre israelenses e palestinos estabelece a autonomia palestina sobre a Faixa de Gaza e área de Jericó. Yasser Arafat, dirigente palestino, e o primeiro-ministro Yitzhak Rabin e o ministro do Exterior Shimon Peres, de Israel, recebem o Prêmio Nobel da Paz. Jordânia e Israel assinam um tratado de paz.
1993 Israel e OLP assinam acordo de reconhecimento oficial mútuo.
1994 Em maio, acordo entre israelenses e palestinos estabelece a autonomia palestina sobre a Faixa de Gaza e área de Jericó. Yasser Arafat, dirigente palestino, e o primeiro-ministro Yitzhak Rabin e o ministro do Exterior Shimon Peres, de Israel, recebem o Prêmio Nobel da Paz. Jordânia e Israel assinam um tratado de paz.
1995 Em setembro, Rabin e Arafat assinam acordo
que estabelece a eleição de um conselho legislativo palestino e a retirada
israelense das maiores cidades palestinas nos territórios ocupados. Em 4 de
novembro, Rabin é assassinado por um extremista de direita judeu.
Soldados da
Autoridade Palestina
1996 Eleições legislativas e controle palestino sobre principais cidades dos territórios ocupados, como Belém.
1999 Sob o patrocínio dos EUA, o
primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, e o ministro das Relações Exteriores da
Síria, Farouq al Shara, tentam retomar as negociações de paz entre os dois
paises, suspensas em 1996. A Síria, uma das principais potências militares do
mundo árabe, insiste que Israel se retire das colinas do Golã, ocupadas na
Guerra dos Seis Dias, mas consideradas pelos israelenses como estratégicas para
a segurança e o abastecimento de água de seu pais.
2000 e
2001 Maio/2000
Soldados
israelenses montam guarda em Jerusalém
Retirada
das tropas israelenses do sul do Líbano, depois de 22 anos de ocupação. O
governo israelense se desgastava com a ocupação do Líbano. A opinião pública
reagia cada vez que um soldado tombava vítima da resistência libanesa. O
primeiro-ministro israelense Ehud Barak foi eleito com a promessa de uma
retirada honrosa, programada para julho. A pressão da guerrilha forçou a
antecipação da saída.
Setembro/2000 No dia 28, líder direitista israelense
Ariel Sharon visita, na Cidade Velha de Jerusalém, a Esplanada das Mesquitas –
terceiro local mais sagrado para os muçulmanos – e declara que Israel não
devolveria a cidade. No dia seguinte, começam protestos reprimidos com violência
pelos israelenses.
Outubro/2000 Protestos árabes em Gaza, em cidades
palestinas ocupadas e na Cidade Velha de Jerusalém Oriental provocam mais
conflitos violentos entre o Exército israelense e palestinos, causando a morte
de dezenas de pessoas. Dois soldados israelenses são linchados por palestinos
que voltavam do enterro de jovem morto por tropas israelenses. Helicópteros
israelenses bombardeiam com foguetes locais de Gaza e Ramallah.
Em 17 de
outubro, Yasser Arafat (Autoridade Palestina) e Ehud Barak (primeiro-ministro de
Israel) fazem acordo verbal de cessar-fogo durante reunião no Egito, com
mediação do presidente dos EUA, Bill Clinton.
É aceito o compromisso de criar comissão para apurar a responsabilidade pelo inicio dos conflitos.
Maio/2001 O líder do direitista Partido Likud, Ariel Sharon, vence as eleições para primeiro-ministro de Israel.
Junho a Setembro/2001 Israel e Autoridade Palestina (AP) retomam negociações de paz. Apesar das discussões, os conflitos continuam, com mortes dos dois lados. Os atentados terroristas cometidos por palestinos extremistas aumentam e o governo israelense reage com violência. Em setembro, após os atentados terroristas nos Estados Unidos, palestinos e israelenses decidem estabelecer um cessar-fogo.
É aceito o compromisso de criar comissão para apurar a responsabilidade pelo inicio dos conflitos.
Maio/2001 O líder do direitista Partido Likud, Ariel Sharon, vence as eleições para primeiro-ministro de Israel.
Junho a Setembro/2001 Israel e Autoridade Palestina (AP) retomam negociações de paz. Apesar das discussões, os conflitos continuam, com mortes dos dois lados. Os atentados terroristas cometidos por palestinos extremistas aumentam e o governo israelense reage com violência. Em setembro, após os atentados terroristas nos Estados Unidos, palestinos e israelenses decidem estabelecer um cessar-fogo.
De: Theodoro
Data: Sun, 30 May 2004 23:04:08 -0300 (ART)
Data: Sun, 30 May 2004 23:04:08 -0300 (ART)
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