venda de indulgências
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Catarina foi formalmente despojada de seu título de Rainha e Ana foi, consequentemente, coroada rainha consorte em 1 de junho de 1533, numa cerimônia magnífica na Abadia de Westminster, precedendo um suntuoso banquete. Ela foi a última rainha consorte da Inglaterra a ser coroada separadamente de seu marido. Além de Catarina de Aragão, Ana foi a única das esposas de Henrique a ter uma coroação. Foi excepcionalmente elaborada, e parcialmente desenhada por Holbein.
Em resposta, o povo londrino mostrou desagrado, comparecendo poucas pessoas. Ela teria dito ao rei: “Sir, a cidade me agradou muito, mas vi muitos gorros na cabeça dos espectadores, e ouvi bem poucos vivas.”
O bobo da corte que acompanhava o cortejo, observando todos aqueles chapéus que se recusavam a cumprimentar, gritava para a multidão: “Por acaso estais sarnentos, para ter tanto medo de descobrir a cabeça?”
No dia anterior, Ana tinha tomado parte na elaboração de uma procissão pelas ruas de Londres, sentada em uma liteira de “pano branco de ouro”, apoiada em dois palafréns envoltos até o chão em damasco branco, enquanto os barões do Cinque Ports sustentavam um toldo de pano de ouro sobre sua cabeça. De acordo com a tradição, ela usou branco, e na cabeça, uma coroa de ouro, abaixo dos quais seus longos cabelos escuros caíam livremente. A resposta do público a sua aparência foi morna. Diferente de qualquer outra rainha consorte, Ana foi coroada com a coroa de Santo Eduardo, a qual havia sido utilizada para coroar apenas um monarca reinante.
Hunt sugere que isto foi feito por causa da então visível gravidez de Ana e ela estava carregando o herdeiro que se presumia ser do sexo masculino. Enquanto isso, a Câmara dos Comuns¹ tinha probido todos os apelos a Roma e exigido as penas da Praemunire² contra todos que introduzissem bulas papais na Inglaterra.
Foi só então que o Papa Clemente finalmente tomou a iniciativa de anunciar uma sentença provisória de excomunhão contra o rei e Cranmer. Ele condenou o casamento com Ana, e em março de 1534, declarou que o casamento com Catarina era legal e ordenou novamente que Henrique voltasse para ela. Henrique agora exigiu que seus súditos fizesse o juramento ligado ao Primeiro Ato de Sucessão, que, efetivamente, rejeitava a autoridade papal em matéria legal e reconhecia a rainha Ana Bolena. Aqueles que se recusavam, como Sir Thomas More, que havia renunciado ao seu cargo como Chanceler, e John Fisher, bispo de Rochester, encontraram-se na Torre. Em fins de 1534, o Parlamento declarou que Henrique era “o único chefe da supremo da terra da Igreja da Inglaterra”, retirando o poder de Roma.
Enquanto a rainha, Ana Bolena, introduziu muitos aspectos da cultura francesa na corte de Inglaterra. Continuou influente junto ao rei e diz-se que foi por sua indicação que a maioria dos bispos da nova Igreja Anglicana conseguiram o seu posto.
Ana apoiou e defendeu os textos censurados de reformadores religiosos, mas manteve-se os elementos do catolicismo tradicional (transubstanciação), em seu culto privado. Sua principal preocupação era expurgar a Igreja de abusos (venda de indulgências) e superstições (adoração de relíquias). Ela convenceu Henrique de que a Bíblia devia ser traduzida para o vernáculo e estar disponível para as pessoas comuns e não apenas intermediários clericais;ela possuía uma grande e controversa Bíblia francesa.
¹A Câmara dos Comuns foi criada para servir como a representação política para a classe dos “comuns”, enquanto as classes que formavam a elite eram representadas na Câmara dos Lordes. Assim, a Câmara dos Comuns era eleita pelo povo, e os membros da Câmara dos Lordes eram apontados com base em várias formas de mérito da elite, como a riqueza, família, ou pelo prestigio.
²Na história inglesa, Praemunire era uma lei que proibia a afirmação ou manutenção da jurisdição papal, imperial ou estrangeira, ou alguma reivindicação da supremacia da Inglaterra contra a supremacia do monarca. A pena para qualquer pessoa condenada por Praemunire foram graves e incluíram a prisão e confisco de todos os seus bens.
Em resposta, o povo londrino mostrou desagrado, comparecendo poucas pessoas. Ela teria dito ao rei: “Sir, a cidade me agradou muito, mas vi muitos gorros na cabeça dos espectadores, e ouvi bem poucos vivas.”
O bobo da corte que acompanhava o cortejo, observando todos aqueles chapéus que se recusavam a cumprimentar, gritava para a multidão: “Por acaso estais sarnentos, para ter tanto medo de descobrir a cabeça?”
No dia anterior, Ana tinha tomado parte na elaboração de uma procissão pelas ruas de Londres, sentada em uma liteira de “pano branco de ouro”, apoiada em dois palafréns envoltos até o chão em damasco branco, enquanto os barões do Cinque Ports sustentavam um toldo de pano de ouro sobre sua cabeça. De acordo com a tradição, ela usou branco, e na cabeça, uma coroa de ouro, abaixo dos quais seus longos cabelos escuros caíam livremente. A resposta do público a sua aparência foi morna. Diferente de qualquer outra rainha consorte, Ana foi coroada com a coroa de Santo Eduardo, a qual havia sido utilizada para coroar apenas um monarca reinante.
Hunt sugere que isto foi feito por causa da então visível gravidez de Ana e ela estava carregando o herdeiro que se presumia ser do sexo masculino. Enquanto isso, a Câmara dos Comuns¹ tinha probido todos os apelos a Roma e exigido as penas da Praemunire² contra todos que introduzissem bulas papais na Inglaterra.
Foi só então que o Papa Clemente finalmente tomou a iniciativa de anunciar uma sentença provisória de excomunhão contra o rei e Cranmer. Ele condenou o casamento com Ana, e em março de 1534, declarou que o casamento com Catarina era legal e ordenou novamente que Henrique voltasse para ela. Henrique agora exigiu que seus súditos fizesse o juramento ligado ao Primeiro Ato de Sucessão, que, efetivamente, rejeitava a autoridade papal em matéria legal e reconhecia a rainha Ana Bolena. Aqueles que se recusavam, como Sir Thomas More, que havia renunciado ao seu cargo como Chanceler, e John Fisher, bispo de Rochester, encontraram-se na Torre. Em fins de 1534, o Parlamento declarou que Henrique era “o único chefe da supremo da terra da Igreja da Inglaterra”, retirando o poder de Roma.
Enquanto a rainha, Ana Bolena, introduziu muitos aspectos da cultura francesa na corte de Inglaterra. Continuou influente junto ao rei e diz-se que foi por sua indicação que a maioria dos bispos da nova Igreja Anglicana conseguiram o seu posto.
Ana apoiou e defendeu os textos censurados de reformadores religiosos, mas manteve-se os elementos do catolicismo tradicional (transubstanciação), em seu culto privado. Sua principal preocupação era expurgar a Igreja de abusos (venda de indulgências) e superstições (adoração de relíquias). Ela convenceu Henrique de que a Bíblia devia ser traduzida para o vernáculo e estar disponível para as pessoas comuns e não apenas intermediários clericais;ela possuía uma grande e controversa Bíblia francesa.
¹A Câmara dos Comuns foi criada para servir como a representação política para a classe dos “comuns”, enquanto as classes que formavam a elite eram representadas na Câmara dos Lordes. Assim, a Câmara dos Comuns era eleita pelo povo, e os membros da Câmara dos Lordes eram apontados com base em várias formas de mérito da elite, como a riqueza, família, ou pelo prestigio.
²Na história inglesa, Praemunire era uma lei que proibia a afirmação ou manutenção da jurisdição papal, imperial ou estrangeira, ou alguma reivindicação da supremacia da Inglaterra contra a supremacia do monarca. A pena para qualquer pessoa condenada por Praemunire foram graves e incluíram a prisão e confisco de todos os seus bens.
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