A prosperidade no Antigo e Novo
Testamento. No Antigo Testamento a palavra hebraica para prosperidade é
tsälëach. O vocábulo significa "ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar
abundância" e "fecundidade". Já em o Novo Testamento, o
vocábulo usado é euodóö, que significa "ir bem", "prosperar", "ter sucesso". Na
Almeida Atualizada, a palavra "prosperidade" aparece vinte e três vezes,
enquanto na Corrigida onze (Sl 30.6; 35.27; 73.3; 122.7; Pv 1.32; Ec 7.14; Jr
22.21; At 19.25; 1 Co 16.2). Se acrescentarmos as palavras "próspero" e
"próspera" teremos muitas outras ocorrências nas duas versões. Portanto, a
Bíblia tem muito a ensinar a respeito da prosperidade.
A prosperidade exemplificada na
vida de José. No Antigo Testamento, o termo é usado para referir-se ao
sucesso que Deus deu a José no Egito (Gn 39.2,3,33). Se tomarmos a vida de José
como exemplo, poucos diriam que a trajetória do menino sonhador foi de sucesso:
odiado pelos irmãos, vendido aos ismaelitas, escravo e encarcerado no Egito.
Quem afirmaria que José foi um homem próspero? A Bíblia. No conceito da teologia
da prosperidade e triunfalista, José somente foi bem-sucedido no final da
carreira. Mas, anteriormente ele não era abençoado por Deus? Era. Mas apenas os
que compreendem o que de fato é a verdadeira prosperidade são capazes de
compreender o sucesso em meio ao ódio, castigos e prisões (Gn 45.5,7-9). O plano
dos irmãos de José era matá-lo, porém Deus interveio conservando-lhe a vida (Gn
37.20-22). Os mercadores ismaelitas poderiam vendê-lo para qualquer outra tribo
ou povo, mas por que o Egito? Porque Deus o estava conduzindo até a terra dos
faraós. No Egito, poderia ser vendido a qualquer nobre, mas por que a Potifar?
Porque era na casa de Potifar que ele enfrentaria a mais dura prova até ser
levado ao governo do Egito. Deus estava em todas as circunstâncias guiando os
passos de José (Sl 37.23). A prosperidade na vida de José não é medida pelo grau
de privilégios que ele desfrutou até ser governador, mas em cumprir a vontade de
Deus em todas circunstâncias e vicissitudes.
A prosperidade exemplificada na
vida de Uzias. A Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o
fez prosperar"(2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade
material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a
Deus. Uzias fez o que era justo aos olhos do Senhor e, como recompensa, Deus lhe
deu sucesso em tudo o que fazia. José era justo, mas a sua retidão não lhe
trouxe prosperidade imediata. Uzias, no entanto, enquanto permaneceu fiel ao
Senhor prosperou em tudo o que fez. Porém, a Escritura afirma que o coração de
Uzias se exaltou e transgrediu este contra o Senhor, perdendo toda honra que o
Eterno houvera concedido (2 Cr 26.16-23).
Na vida
de Uzias observamos a prosperidade condicionada à obediência, temor e reverência
a Deus (2 Cr 26). O rei era próspero enquanto permanecia fiel ao Senhor. Na vida
de José, observamos justamente o contrário. Ele permaneceu fiel por toda a vida,
mas esta fidelidade não se traduziu em bênçãos e sucesso material imediatos.
Uzias começou bem e terminou mal. José começou odiado e como escravo e terminou
como governador do Egito. O equilíbrio entre os dois exemplos é a fidelidade a
Deus. Seja fiel a Deus em todas as circunstâncias!
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