A origem do carnaval no Brasil.
"Porque, se viverdes segundo a
carne, morreireis; mas, se pelo Espiríto mortificardes as obras do corpo,
vivereis" (Rm 8.13).
O primeiro baile de carnaval
realizado no Brasil ocorreu em 22 de janeiro de 1841, na cidade do Rio de
Janeiro, no Hotel Itália, localizado no antigo Largo do Rócio, hoje Praça
Tiradentes, por iniciativa de seus propietários, italianos empolgados com o
sucesso dos grandes bailes mascarados da Europa.
Essa iniciativa agradou tanto que muitos bailes o seguiram. Entretanto, em 1834, o gosto pelas máscaras já era acentuado no país por causa da influência francesa. Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente européia, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas. Somente muitos anos depois, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.
Essa iniciativa agradou tanto que muitos bailes o seguiram. Entretanto, em 1834, o gosto pelas máscaras já era acentuado no país por causa da influência francesa. Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente européia, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas. Somente muitos anos depois, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.
Nessa época, o carnaval era
muito diferente do que temos hoje. Era donhecido como entrudo, festa violenta,
na qual as passoas guerreavam nas ruas, atirando água uma nas outras, através de
bisnagas, farinha, pós de todos os tipos, cal, limões, laranjas podres e até
mesmo urina. Quando toda esta selvageria tornou-se mais social, começou então a
se usar água perfumada, vinagre, vinho ou groselha; mas sempre com a intenção de
molhar ou sujar os adversários, ou qualquer passante desavisado. Esta
brincadeira perdurou por longos anos, apesar de todos os protestos. Chegou até
mesmo a alcançar o período da República. Sua morte definitiva só foi decretada
com o surgimento de formas menos hostis e mais civilizados de brincar, tais como
confete, a serpentina e lança-perfume. Foi então que o povo trocou as ruas pelos
bailes.
POSIÇÃO DA IGREJA
EVANGÉLICA NO PERÍODO DO CARNAVAL.
Como pudemos observar, o
carnaval tem sua origem em rituais pagãos de adoração a deuses falsos. Trata-se
por isso, de uma manifestação popular eivada de obras da carne, condenadas
claramente pelas Sagradas Escrituras. Seja no Egito, Grécia ou Roma antiga, onde
se cultua, respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou hoje em São
Paulo, Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos bebedeiras
desenfreadas, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual e falta
de compromisso com as autoridades civis e religiosas. Entretanto, não podemos
também deixar de abordar os chamados benefícios do carnaval ao país, tais como
geração de empregos, entrada de recursos financeiros do exterior através do
turismo, aumento das vendas no comércio, entre outros. Traçando o perfil do
século XXI, não é possível isentar a igreja evangélica deste momento histórico.
Então, qual deve ser a posição do cristão diante do carnaval? Devemos sair de
cena para um retiro espiritual, conforme o costume de muitas igrejas, a fim de
não sermos participantes com eles (Ef.5.7)? Devemos, por outro lado, ficar aqui
e aproveitarmos a oportunidade para a evangelização? Ou isso não vale a pena
porque, especialmente neste período, o deus deste século lhes cegou o
entendimento (2 Co.4.4)?
Creio que a resposta cabe a
cada um. Mas, por outro lado, a personalidade da igreja nasce de princípios
estreitamente ligedos ao seu propósito: fazer conhecido ao mundo um Deus que,
dentre muitos atributos, é Santo.
Há quem justifique como
estratégia evangelística a perticipação efetiva na festa do carnaval, desfilando
com carros alegóricos e blocos evangélicos, o que não deixa de ser uma tremenda
associação com a profanação. Pergunta-se, então: será que deveríamos frqüentar
boates gays, sessões espíritas e casas de massagem, a fim de conhecer melhor a
ação do diabo a investir contra elas? Ou deveríamos traçar estratégias melhores
de evangelismo?
No carnaval de hoje, são
poucas as diferenças das festas que originaram, continuamos vendo imoralidade,
música lasciva, promiscuidade sexual e bebedeiras.
José Carlos Sebe, no livro
Carnaval de Carnavais, página 16, descreve, segundo George Dúmezil (estudioso
das tradições mitológicas): O Carnaval deve ser considerado sagrado, porque é a
negação da rotina diária. Ou seja, é uma oportunidade única para extravasar os
desejos da carne, e dentro deste contexto festivo, isto é sagrado, em nada
pervertindo. Na página 17, o mesmo autor descreve: Beber era um recurso lógico
para a liberação pessoal e coletiva. A alteração da rotina diária exigia que
além da variação alimentar, também o disfarce acompanhasse as tranformações.
Observe ainda o que diz Manuel Gutiérez Estéves: No passado, faziam-se nos
povoados, mas sobretudo nas cidades, diversos tipos de reuniões em que todos os
participantes aparentavam algo diferente daquilo que na realidade, eram. A
pregação eclesiástica inseriu na mensagem estereotipada do carnaval a combinação
extremada da luxúria com a gula. Não falta sem dúvida, fundamento para
isto.
Como cristãos, não podemos
concordar e muito menos participar de tal comemoração , que vai contra os
princípios claros da Palavra de Deus:
"Porque os que segundo a carne
inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são do espírito para as coisas
do espírito (Rm 8.5-8)."
"Porque fostes comprados por
bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os
quais pertencem a Deus (1 Co 6.20)."
EVANGELISMO OU RETIRO
ESPIRITUAL?A maioria das igrejas evangélicas, hoje, tem sua própria opnião
quanto ao tipo de atividade que deve ser realizada no período do carnaval.
Opinião esta que, em grande parte, apoia-se na teologia que cada um delas prega.
Este fato é que normalmente justifica sua posição. A saber: enquanto umas
participam de retiros espirituais, outras, no entanto, preferm ficar na cidade
durante o carnaval com o objetivo de evangelizar os foliões.
Primeiramente, gostaríamos de
destacar que respeitamos as duas posições, pois cremos que os cristãos fazem
tudo por amor ao Senhhor e com intenção de ganhar almas para Jesus e edificar o
corpo de Cristo.(Cl 3.17). Entendemos, também, o propósito dos retiros
espirituais: moentos de comunhão com o Senhor que tem feito grandes coisas em
nossas vidas. Muitos crentes têm sido edificados pela pregação da Plavra e
atuação do Espírito Santo nos acampamentos promovidos pelas igrejas. Toda via, a
visão de aproveitarmos o carnaval para testemunhar é pouco difundida em nosso
meio. Na Série Lausanne, encontra-se uma descrição sobre a necessidade da igreja
ser flexível. A consideração é feita da seguinte forma: o processo de procura de
novas estruturas nos levará, seguidamente, a um exame mais íntimo do padrão
bíblico e a descorberta de que um retorno ao modelo das Escrituras e sua
adptação aos tempos atuais é básico á renovação e a missão.
Entendemos, com isso, que, em
meio á pressão provocada pelo mundo, a igreja deve buscar estratégias adequadas
para posicionar-se á estas mudanças dentro da Palavra de Deus, e não dentro de
movimentos contrários a ela. A Bíblia é a fonte, e não os fatores
externos.
Cristãos de todos os lugares
do Brasil possuem opiniões diferentes a respeito da maneira adequada para a
evangelização no período do carnaval. Mas devemos notar que Cristo nunca perdeu
uma oportunidade para pregar, nem mesmo fugia das interrogações ou situações
religiosas da época. Não podemos deixar de olhar o que está escrito na
Bíblia:
"Prega a palavra, insta, quer
seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e
doutrina" (2 Tm 4.2).
Aqui o apóstolo Paulo exorta a
Timóteo a pregar a Palavra em qualquer situação, seja boa ou má. A Palavra deve
ser anunciada.
A igreja jamais pode ser
omissa quanto a esse assunto. O cristão deve ser sábio ao tomar sua decisão,
sabendo que:
"Em que noutro tempo andaste
segundo o curso deste mundo, segundo o prícipe das potestades do ar, do espírito
que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós andávamos
nos desejos da carne e dos penbsamentos; e éramos por natureza filhos da ira,
como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu
muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos
vivificou juntamente com Cristo(pela graça sois salvos), e nos ressucitou
juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus"
(Ef 2.2-6).
Fonte: Estudo Bíblico
FONTE: http://www.macelocarvalho.com.br/2013/02/a-origem-do-carnaval-no-brasil.html#ixzz2K7jjnxkY
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