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terça-feira, 16 de julho de 2013

Qual o papel da igreja neste momento de crise em Israel?

Com certeza uns dos grandes propósitos é orar, orar, orar! Mas, a Igreja pode fazer muito mais do que tem feito!
Antes de orar é necessário entender um grande mistério de D’us que o diabo tenta apagar da mente dos crentes há mais de 2000 anos!
Na década de 50 creio que os profetas, homens de D’us, falaram e oraram muito por uma igreja avivada. Na década de 60 um grande avivamento pentecostal aconteceu. Jerusalém voltou depois de quase 2000 anos para as mãos dos judeus. Paralelo a esta restauração física e profética da cidade de Jerusalém, a Igreja de Jesus foi imensamente avivada. Várias denominações foram fundadas, movimentos carismáticos surgiram desde o catolicismo ao extremo pentecostalismo evangélico, renovando-se pelo poder do Espírito Santo de D’us várias denominações protestantes. O Judaísmo messiânico se despertou de seu profundo sono após quase 20 séculos de hibernação. Enfim, ninguém pode negar estes grandes fatos ocorridos nesta década. Já nos anos 70, grandes mestres surgiram e começaram a ensinar nas igrejas. O ensino, o discipulado, marcaram época. Na década de 80 a igreja estava melhor preparada para receber um grande número de fiéis, e nesta década o evangelismo se destacou sobremaneira através dos grandes televangelistas, que se valeram de grandes canais de TV, difundindo os ungidos programas para o mundo todo. Na década de 90, segundo meu ponto de vista, a igreja se volta para o crescimento apostolar, de cura e libertação. A batalha espiritual e a igreja em células ou nas casas ganharam força. Creio que na década de 2000, a igreja estará restaurando as raízes judaicas de sua fé, voltando-se para a salvação do povo judeu e para a nação de Israel. É bem provável que esta época presente seja marcada por uma restauração dos ministérios fundamentais, não só das raízes, mas trazendo uma qualidade e genuína fé com base nas Escrituras. Creio que a igreja gentílica voltará para os puros e eficazes princípios de qualidade de vida da Torah, quando , então, entenderá melhor o contexto judaico das Escrituras, destacando-se o evangelho. Creio também que quando a igreja gentílica voltar sua atenção para o povo judeu, entenderá mais o seu Messias Judeu e contribuirá sobremaneira para a salvação de Israel, provocando neles a emulação (Rm 11:14), preparando-se para uma unidade e comunhão jamais vista no meio cristão-judaico.
A Igreja gentílica exercerá mistérios de misericórdia para com Israel e o povo judeu
Por isso, o grande papel da Igreja é orar, orar, orar… incansavelmente, exercendo misericórdia a favor de Israel. Mas, o que seria exercer misericórdia?
“…Como está escrito: D’us lhe deu um espírito entorpecido, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje… tropeçaram de modo que caíssem? De maneira nenhuma, antes pelo seu tropeço veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. Ora, o tropeço deles é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!…” (Rm 11:7-8;11;12).
No plano maravilho de D’us, este entorpecimento ou endurecimento do coração dos judeus em relação ao Messias Jesus vai acabar quando os gentios que foram enxertados na “Oliveira” que estão enxertados no Israel de D’us , alcançarem sua plenitude. Ou seja, D’us tem um tempo, um número, um propósito de qualidade para a Igreja gentílica como Corpo ou noiva de Cristo. Nesta pausa que D’us determinou para Israel e seu povo, a Igreja gentílica precisa alcançar um estado de plenitude e maturidade de “noiva” e “esposa” de Cristo. E é neste momento de plenitude da fé e de uma busca incansável da semelhança e da estatura do Varão Perfeito, Jesus, o padrão da Igreja, é que Israel começa a se converter através daqueles que foram enxertados na própria oliveira. Os ramos (grande parte do povo judeu) que foram cortados desta oliveira para que os gentios, pela fé e pela graça de D’us, fossem nela enxertados são agora, pelo propósito divino aqueles que exercerão o ministério de misericórdia para com os ramos naturais, ou seja, os judeus. Mas, o que seria este ministério de misericórdia que Paulo revela aos gentios crentes em sua carta aos Romanos no capítulo 11? Vejamos a grande revelação do papel da Igreja nestes últimos dias em relação a Israel e seu povo: “…Porque os dons e a vocação de D’us são irrevogáveis (referindo-se aqui o texto ao chamado dos judeus como povo escolhido). Pois, assim como vós (gentios) outrora fostes desobedientes a D’us, mas agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles (os judeus que não aceitaram Jesus), assim também estes (os judeus) agora foram desobedientes, para alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós (gentios) demonstrada (por D’us). Porque D’us encerrou a todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.” (Rm 11:29-32)
Agora, eu me pergunto, que tipo de misericórdia é este que a Bíblia espera que a igreja exerça para com Israel e seu povo? Será ajudá-los só com dinheiro ou bens materiais? Ou só orar pela salvação deles? Imaginemos que encontramos com uma pessoa muito pobre e necessitada. Quem usaria de mais misericórdia? Aquele que lhe desse uma esmola ou aquele que trabalhasse para que este pobre conhecesse Jesus e fosse salvo? Sem dúvida aquela pessoa que fizesse ambos atos de misericórdia.
Creio que o maior gesto de misericórdia é levar a salvação para uma pessoa, levar a fé, a crença no Único Messias, de quem procede uma vida que é eterna. Por isso, creio que quando esta igreja que foi enxertada em Israel começar a ajudar no propósito e controle divino para que os ramos naturais quebrados da oliveira (judeus não salvos) sejam reenxertados nesta mesma oliveira (Rm11:23-24) grande e duradouro avivamento acontecerá no mundo.
Mas, como levar o Messias Yeshua ao povo judeu?
Uma das maneiras é ajudando aqueles que foram chamados por D’us para isto. Dentre eles se destacam os judeus messiânicos, pois são judeus, vivem como judeus em consonância com os princípios bíblicos, guardando os mandamentos, estatutos e ordenanças dados especificamente ao povo judeu. Assim, ele pode professar sua fé no Messias Yeshua e sua crença nos livros judaicos do Novo Testamento sem desprezar o chamado divino para aqueles que são da casa de Israel.
Aqui estamos diante de uma grande questão. Os cristãos cometem um tremendo equívoco; porém, nas melhores das boas intenções. Qual o erro? Exigir ou obrigar que um judeu se converte a Jesus que, se torne um cristão gentílico, renunciando inclusive raízes, costumes e tradições judaicas que são bíblicas.
Pela Bíblia, um judeu quando reconhece a Jesus, não pode ser obrigado a viver como gentio crente
Quando um budista se converte a Jesus, ele deve renunciar a toda a filosofia budista que não condiz com a Bíblia. Da mesma forma, o Hindu, o Confucionista, o Muçulmano. Pois seus livros considerados sagrados se opõem radicalmente à Bíblia, como por exemplo, a doutrina da reencarnação após a morte. Na verdade, se alguma pessoa destas religiões citadas acima se converte realmente a Jesus, ela deve renunciar muita e muita coisa, se arrepender, mudar seus pensamentos , atitudes, comportamentos, sendo um leal e sincero seguidor de Jesus.
Porém, no caso do judeu, é bem diferente. Pois o judeu religioso que crê no Antigo Testamento, num único D’us criador do Universo, nos mandamentos, estatutos e ordenanças e princípios santos da Torah, nos Profetas, não precisa e nem pode renunciar a sua crença, pois elas são em essência as mesmas pregadas no cristianismo. O judeu não tem que jogar fora sua Bíblia (O Tanach idêntico ao Antigo Testamento), pois o mesmo foi inspirado pelo Espírito de D’us. Ele deve deixar de lado somente os pontos do judaísmo que são contradizentes com a própria Bíblia. Muitas passagens bíblicas nos confirmam esta doutrina do judeu crente viver como judeu, como At 21:20;24:14;25:8;28:17, etc.
Já dissemos anteriormente, judeu quando aceita a Jesus deve continuar vivendo como judeu; da mesma forma que um gentio se converte a Jesus deve continuar vivendo como gentio. Não há diferenças entre judeus e gentios quanto à salvação, mas há diferenças de Israel como nação, pois a ela foi dado um chamado irrevogável.
Se D´us tivesse rejeitado o povo judeu e se não houvesse mais profecias para se cumprir através deste povo e desta nação, aí sim, um judeu crente poderia viver como gentio. Mas, como isto não é verdadeiro, um judeu crente deve viver como judeu, seguindo seus costumes e tradições bíblicas e não como gentio crente.
Entendendo e praticando Romanos 15:27
“…isto pois lhes pareceu bem, como devedores (os gentios crentes) que são para com eles (os judeus). Porque se os gentios foram participantes das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as (bênçãos) materiais…”
Este versículo é muito claro. Os gentios crentes devem ajudar com bênçãos materiais os judeus. Quantas igrejas hoje neste país estão comprometidas com este princípio bíblico? Quantas estão conectadas com Israel ou com o povo judeu? Quantas estão ajudando as congregações judaico-messiânicas neste trabalho? Quantas têm ajudado os judeus messiânicos de Israel em sua grande missão?
Ou simplesmente quantas igrejas evangélicas estão ajudando em obras de caridade aqueles que estão desempregados, doentes, feridos, enlutados ou de alguma forma necessitados?
Além da oração e do ministério misericórdia, temos outras inúmeras maneiras de ajudar Israel e seu povo:
.:. Ajudando e dando suporte (inclusive financeiro) aos ministérios judaico-messiânicos dentro e fora de Israel;
.:. Não se calando frente ao anti-semitismo, escrevendo para autoridades, governos, etc;
.:. Apoiando o serviço do Magen David Adom que cumpre a função de Cruz Vermelha, bem como hospitais, serviços sociais, etc;
.:. Realizando palestras, conferências, escrevendo artigos ou qualquer outro tipo de evento que possa mobilizar pessoas frente a este conflito;
.:. Incentivando que judeus da diáspora retornem à sua terra;
.:. Ensinar e falar sobre este tema nas escolas, nas igrejas, etc;
.:. Combater qualquer forma de terror;
.:. Contactar ou escrever para as autoridades locais, estaduais e federais;
.:. Quer através do turismo, pois Israel e palestinos quase vivem disso. Podemos, então, organizar excursões, grupos de crentes que estarão orando e profetizando naquela terra;
.:. De outras muitas maneiras.

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