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terça-feira, 9 de julho de 2013

A bíblia não diz que houve VENTO ou FOGO no dia de pentecostes

Apesar do Capítulo 2 de Atos dos Apósto­los ser um dos mais conhecidos de toda a Bíblia, seria interessante analisarmos alguns fatos a ele rela­cionados que poderão torná-lo ainda mais notório.




             É comum afirmar-se que os quase 120 dis­cípulos estavam reunidos em um cenáculo. Veja­mos se isto é exatamente correto: Em Atos 1:12-­24, Lucas afirma que os apóstolos voltaram do monte chamado das Oliveiras para Jerusalém e, "entrando, subiram ao cenáculo", onde reuniram-se os 11 apóstolos com as mulheres e a mãe e irmãos de Je­sus. Esta reunião, na qual oravam em torno de 20 pes­soas, foi feita realmente em um cenáculo de Jerusalém.

             A narração continua dizendo que, Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio da multidão de pessoas que era composta de quase 120. Será que estes quase 120 ainda estavam reuni­dos no mesmo cenáculo? O cenáculo era a peça da casa onde se comia a ceia ou jantar. Esta multidão estava, por acaso, no cenáculo, ou em outro local da casa no momento?

             Outra coisa: quando os discípulos começa­ram a falar em línguas e uma grande multidão das várias nações que estavam em Jerusalém ficou atô­nita com o fenômeno, eles todos, incluindo os quase 3.000 que se converteram, ainda estavam em uma sala de jantar de uma casa?

             Quando Atos 2:1 diz que: "Estavam todos reunidos no mesmo lugar", significa ape­nas que estavam juntos. Não quer dizer que esta­vam no mesmo lugar onde estivera antes aquele grupo de em torno de 20 pessoas. Sem qualquer dúvida, tinham que estar em um lugar maior para comportar a grande multidão de quase 3.000 que se converteram, mais um grande número dos que não se converteram.

             Eles estavam numa casa (2:2), a qual devia ser um lugar mais espaçoso, sem dúvida. E, dali, após a descida do Espírito Santo, devem ter saído à rua, falando em línguas que, naquela ocasião, não foram línguas estranhas, e sim, todos, apesar de galileus (2:7), estavam falando nos diversos idio­mas representados, "as grandezas de Deus:' (2: 11).

             Apesar de o Espírito Santo ser comparado, por inferência, com o vento (v. Ez. 37:9 e Jo. 3:8), no dia de Pentecostes não houve vento. Veja, você mesmo, o que diz a Bíblia:

             "E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuo­so, e encheu toda a casa em que estavam assenta­dos." (2:2). Vê? O que encheu a casa foi o som, não algum vento. Aquilo foi apenas uma comparação. Comparação semelhante encontramos em Apocalipse 14:2 e em várias outras passagens: "E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas... "



              Deus é também chamado de fogo consumidor (Hebreus 12:29), porém, para sermos literais, temos que entender que as línguas reparti­das que pousaram sobre cada discípulo no dia de Pentecostes, eram como que de fogo (2:3). Isto quer dizer que eram parecidas aos olhos humanos com o fogo provocado pela combustão de algum material inflamável, mas eram algo di­verso, transcendental, divino.



Paulo de Aragão Lins


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