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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

EGITO FARAÔNICO E ÁRABE
* Muita gente que pensa em visitar o Egito acredita que ainda irá encontrar por lá, os faraós e tudo aquilo que vê nos filmes épicos de Hollywood.  Tudo isso, já não existe há praticamente 2000 anos.
O Egito se tornou um país árabe a partir do Século VII, mais precisamente em 639, com a invasão muçulmana liderada pelo califa Omar. 
Com sua expedição militar, expulsou definitivamente o poder bizantino por volta de 642.
Ao longo dos séculos seguintes a população que habitava o Egito acabaria por se converter ao islã (religião muçulmana) e por adotar como língua, o árabe.
O Período Faraônico (Egito Antigo) inicia-se em cerca de 3100 a.C. e termina em 30 a.C. quando o Egito, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII.
Apesar da civilização egípcia (faraônica) ter terminado há dois mil anos, parte do seu legado continua vivo no mundo atual.  É sempre importante situar-se para não confundir: Egito Antigo (faraônico) e Egito Moderno (árabes).
A História do Egito corresponde a uma das mais longas histórias de um território do mundo.  Sempre foi um país cobiçado por muitos povos em função de sua posição estratégica.  Para entender melhor isso, veja os períodos importantes um pouco mais subdivididos:

1) pré-dinástico (4.500 a.C. a 3.000 a.C. - poucos registros encontrados)
2) faraônico (3.100 a.C. até 343 a.C.)
3) persa (343 a.C. até 332 a.C.)

4) greco-romano (332 a.C. até 330 d.C.)
5) bizantino (330 d.C. até 641 d.C.)
6) islâmico (a partir do Séc. VII)
7) otomano (1517 - 1798)
8) franco-britânico (1798 - 1952)
9) contemporâneo (1952 até hoje)
A língua egípcia sobreviveu até o Século V d.C. de forma demótica (um um tipo de escrita popular, adotado pelas classes mais pobres da sociedade egípcia), e até a Idade Média como língua copta, perfazendo uma existência de mais de quatro milênios.
A língua oficial do Egito moderno é o árabe egípcio, que gradualmente substitui a língua copta como idioma cotidiano nos séculos posteriores à conquista muçulmana do país.
A língua copta ainda é utilizada como língua litúrgica pela Igreja Copta Ortodoxa.
CANAL DE SUEZ
* O Canal de Suez é uma das vias marítimas mais importantes do mundo e um dos grandes focos da economia do Egito.  É o eixo de união entre o Oriente e Ocidente (tem 163 Km de extensão e 70 metros de largura).  Aqui temos uma situação interessante: de um lado está o continente asiático (isso mesmo, Ásia), do outro lado está a África.
Este canal, construído a partir de 1859 (foram 10 anos de obras, utilizando 1,5 milhão de trabalhadores), possibilitou a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Os navios que usam essa rota têm de atravessar o canal e, claro, pagar altas taxas de "pedágio". 
Caso contrário, tem que dar a volta pelo sul do continente africano, dobrar o Cabo da Boa Esperança (literalmente falando), e tornar a subir para chegar aos países asiáticos (através do Oceano Índico).
Os romanos já utilizavam a região para passagem de pequenas embarcações.  Era chamado de "Canal dos Faraós". 
A idéia deste texto não é se concentrar em fatos históricos, mas é sempre bom dar uma pincelada bem humorada em alguns fatos e, se possível, proporcionar algum conhecimento sobre o Egito.
Assim, muita coisa sobre a história recente do Canal de Suez pode ser compreendida nos três parágrafos abaixo:
A disputa pelo canal
    Em 1888, a Convenção de Constantinopla definiu que o Canal de Suez deveria servir a embarcações de todos os países mesmo em tempos de guerra. Inglaterra e Egito assinaram, em 1936, um acordo que assegurava a presença militar do Reino Unido na região do canal por um período de 20 anos.   
    Com a retirada das tropas inglesas, em 1956, o presidente egípcio Gamal Nasser iniciou um conflito ao nacionalizar o canal e impedir a passagem de navios com a bandeira de Israel. Neste mesmo ano, com o auxílio do Reino Unido e da França, o exército israelense invadiu o Egito. Derrotado, mas contando com o apoio da ONU, dos EUA e da União Soviética, o Egito garantiu o controle sobre o canal. O preço do apoio foi a abertura do canal para a navegação internacional.   
     Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias (conflito entre Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia e Síria), a passagem é novamente fechada. A partir de 1975 o Canal de Suez é reaberto para todas as nações do mundo.
Aí vão mais alguns dados importantes sobre o Canal de
Suez:
- é o mais longo canal do mundo, com 163 quilômetros
de extensão. Sua travessia dura cerca de 15 horas a uma velocidade de 14 km/h;
- possui três lagos em seu percurso. Não há eclusas;
- a sua largura mínima é de 55 metros;
- comporta navios de até 500 metros de comprimento por
70 metros de largura;
- o valor médio das taxas pagas por petroleiros é de
US$ 70 mil;
- entre 1996 e 1997, o Egito arrecadou, apenas com o
pedágio, US$ 1,8 bilhão.
 
Conseguem entender a importância desse canal para o Egito?

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