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domingo, 16 de dezembro de 2012

Rosh-Hashaná

Por Elaine Bordalo
Rosh Hashaná significa “cabeça do ano”, é uma celebração que acontece, geralmente em setembro, e marca um período ainda mais propício para o homem comunicar-se com o criador do universo, segundo a tradição judaica.
Seguindo o calendário lunar, para os judeus o ano conta com 354 dias, e ao anoitecer do dia 16 de setembro de 2012 começará o ano 5773, chamado de aniversário do mundo. A comemoração é feita através de intensas preces e alguns costumes específicos, como na vespéra ao anoitecer, inicia-se o toque do shofar, um instrumento feito de chifre de carneiro que remonta à época em que os judeus eram nômades. Além de que o som deste instrumento, também soa como um despertar, chamando à reflexão, a consciência adormecida.
Outros costumes como tashlikh, que é a recitação de preces atirando pedras ou pedaços de pão na água, a pratica deste ritual tem uma conotação de autopurificação, simboliza a eliminação dos pecados, apoiado nas escrituras que diz: “Ele esquecerá nossas faltas e jogará nossos pecados nas profundezas do mar[1]”. Outro costume é que o ano novo na realidade e celebrado não apenas em um dia, mas em dois, as explicações quanto a este costume variam de acordo com o seu contexto social e temporal.
A alimentação tem um destaque especial nas festividades, comer determinados alimentos como: maçãs[2] com mel e açúcar, reforçam a ideia de um ano doce. Para dar forma aos paes, utilizasse o formato circular, para demonstrar: eternidade, infinitude; e o peixe está sempre presente, por ser símbolo de fertilidade.
Mesmo que esta celebração tenha sofrido modificações ao longo da História, e que novos elementos tenham sido inseridos, o Rosh Hashaná continua sendo uma festa comum a tradição judaica, e ainda é vista como, uma comemoração para manter o otimismo e a esperança que refletem no ideal futuro para o novo ano, o favor divino.
[1] Miquéias 7:19
[2] A macieira aparece sendo compara ao ser amado, em o Cântico dos Cânticos.
Referências Bibliográficas:
Araujo, Gilvan Leite de. História da Festa Judaica das tendas. São Paulo: Paulinas, 2011

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