Visitantes

domingo, 16 de dezembro de 2012

A educação antiga e seus grandes mestres

Por pesquisadora Eliane Cristina
O povo de Israel associava a busca ao conhecimento com a possibilidade de encontrar a Deus e passar sapiência a posteridade. Com a influência babilônica, grega e romana, a filosofia e as letras foram introduzidas, mas a religião era o maior objetivo. Muitas famílias possuíam exemplares da Torá, era necessário saber ler para praticá-la. O povo lia não só na língua nativa, mas, nas línguas predominantes.
No Egito e na Mesopotâmia já existiam escolas, onde se aprendia gramática, geometria e onde neste período se formava escribas. É possível que a educação fosse restrita a uma pequena elite e os menos favorecidos aprendiam a ler com os pais através das heranças religiosas.
Com a difusão do helenismo, em Jerusalém foi construído próximo ao templo uma escola e muitos judeus passaram a freqüentá-la, então, a partir daí, deram início a um sistema escolar típico, propagado por todo território judaico. Evoluindo a um conceito escolar, que com o tempo passou a ser obrigatório.
Então, o ato de ensinar que antes era de responsabilidade dos pais, posteriormente foi passado para um grupo de professores dentre os levitas, que se tornaram responsáveis em passar informações fora do lar. Depois disto, os escribas passaram a ser os principais educadores, tinham experiências, eles eram os doutores da lei.
Durante um período, o termo rabi substituía a palavra professor e chamavam assim também quem praticasse cargos de mestres, tinham também quem usasse o título de forma honorífica, já que este termo simbolizava respeito à sabedoria, inteligência e experiência de determinadas pessoas.
Durante a história da educação judaica houve vários mestres que se destacaram, um deles foi Hillel, nascido na Babilônia, foi a Palestina expandir seus ensinamentos e posteriormente fundou sua escola (Bet hillel). Recebeu o título de Nasi, que quer dizer o principal mestre do templo. A historiografia o classifica como um liberal no que se refere à interpretação da lei.
Outro que sobressaiu foi Shammai era mestre também e se baseava em idéias mais conservadoras, principalmente em questões relacionadas ao divórcio, para ele raramente um casamento poderia ser dissolvido. Gamaliel se distinguiu no primeiro século d.C., foi mestre do apóstolo Paulo. Tinha influência no sinédrio e suas teses eram consideradas.
Ao longo do tempo houve vários mestres importantes na educação judaica, eles transmitiram não somente conhecimento, mas filosofia, equilíbrio, arte e alcançaram o grande objetivo que era o desenvolvimento intelectual dos judeus, deixando para os professores da atualidade referências de dedicação e profissionalismo.
Referências bibliográficas:
AZULAY, David – Tradução. Talmud da Babilônia Tratado de Sucã. São Paulo: Editora Sefer, 2011.
COLEMAN, William L.Today`s Handbook of Bible Times and Customs. Tradução de Myrian Talitha Lins. Behany House Publishers, 1984.
YOHANAN, Aharoni. Atlas Histórico e Geográfico da Bílblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

Nenhum comentário:

Postar um comentário