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domingo, 2 de setembro de 2012


Castelo Branco: a origem judaica

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Castelo Branco: a origem judaica
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Castelo Branco, marechal do Exército, natural de Fortaleza (CE), assumiu a presidência da República, quando da implantação do regime militar em nosso País, em 1964
Povos perseguidos e oprimidos sempre tiveram suas mulheres usadas, estupradas e abandonadas. Com os judeus a situação repetiu-se por milênios. Isto ocorreu com Israel, sob dominação e em todo território da diáspora. Esta coisa foi mais aguda na Europa medieval quando terras e homens, principalmente hebreus eram propriedades dos senhores feudais. A violência cometia-se com casadas e solteiras. Era indiferente. A relação era na maioria das vezes não consentida. Em outros, porém aceitas, por amor ou pelo simples desejo de sobreviver.

Neste período medievo eram poucos os judeus em posição que permitisse proteger suas mulheres e filhas. A grande maioria, artesãos e artífices, não conseguiram fazê-lo. Não raro, senhores da terra, possuíam
 
mulheres casadas com homens de pequenas profissões. Há casos famosos de mulheres de oleiros, carpinteiros e outros mais. Aqui tratamos de uma mulher casada com um ferreiro, ambos da nação.

Uma documentação

A tal moça casada com um ferreiro, ambos judeus moradores de Allandra, teve sua história contada por Alão de Moraes em sua Pedatura Lusitana (vol. III, pág. 115) e por Felgueiras Gayo, no Nobiliário das Famílias de Portugal (título de Brandões - Brandões de Lima 21.1). Em ambos a história é a mesma. Alão de Moraes diz-nos que foi possuída, não se sabe se a gosto ou por estupro, por membro da nobreza lusitana. Há quem diga que o autor do feito tenha sido Ruy Barba e assim neto de Fernão Martins Barba, ou ainda Jorge Correa, Comendador de Pinheiro. O pobre do ferreiro, mesmo sabendo que o filho não era dele, criou-o como tal, e como judeu. Não era a primeira vez que um pai judeu calava-se para criar um filho que não era seu. Sobrevivência? Submissão? Medo? Quem sabe?!

Alão de Moraes diz-nos que por muito tempo o rapaz foi tido como filho legítimo do ferreiro. Depois soube-se da verdade inteira. O Rei João III sabia dela e muito o estimava. Isto se confirma no livro de
 
Vasco Fernandes César.

Daqui em diante não se sabe o que é lenda e o que é verdade. Sabe-se apenas que a descendência da mulher do ferreiro, judia de pai e mãe, deixou legado na nobreza de Portugal. Coisa da maior importância.

Uma reação

Diz Alão de Moraes que o moço bastardo e judeu, estando na casa de ofício de seu pai de criação, viu uma discussão de negócios entre este e um outro homem, que muito agredia ao velho e humilhado ferreiro. Revoltado o moço tomou uma barra de ferro e matou o agressor daquele que o criou como filho. Teve que fugir. Foi dar na Inglaterra. Não teve tempo de nada levar a não ser uma capa e uma espada. Neste país apresenta-se ao Rei Eduardo, o qual vendo que era moço grande de corpo e bem disposto, tomou-o como criado. As histórias repetem-se, tendo sido o moço hebreu sempre ligado a mortes e assassinatos.

A primeira delas refere que logo que chegou à Inglaterra foi muito humilhado por um cavaleiro da corte. Decidiu então matá-lo. Falo-ia, no entanto, desta vez, dentro da lei da época. Pediu ao Rei que lhe desse campo para o desafio. Concedida a tal autorização, abateu o cavaleiro inglês injuriador valorosamente, coisa que aumentou seu prestígio junto ao Rei, que a partir de então usou-o sempre em suas guerras, nas quais deu mostra de seu valor. Galgou todos os postos militares chegando a General de uma armada na guerra contra os franceses, em missão que os desbaratou.

Outro relato

Cita-se ainda outro episódio bem interessante. Diz que cansados de tanta guerra, os reis de Inglaterra e França decidiram que escolheriam cem homens de cada país, que lutariam entre si e decidiriam o destino da guerra, evitando assim mais mortes. O Rei Duarte IV da Inglaterra escolheu-o entre os seus cem guerreiros. No fim da contenda restaram ele pelo lado inglês e um alemão que mais parecia uma porta pelo lado contrário, a quem o hebreu matou, sendo o único sobrevivente de tal desafio.

Homem de pavio curto e violento é figura central de outro episódio em que fora convidado a comer com outros cavaleiros e capitães, que fazendo pouco dele, tomaram os principais lugares à mesa deixando-o por último. O judeu tomado de revolta pegou seu punhal, cravou violentamente na mesa junto a si e disse que a cabeceira era onde ele estava e por ali começariam a servir a mesa. No que foi prontamente obedecido.

Depois de todas estas coisas, até o Rei de França ficou desejoso de conhecê-lo. Celebrada a paz entre os dois países, ele foi especialmente convidado, e sentou-se a mesa com os dois monarcas.

Depois de tantos feitos, o Rei Duarte IV da Inglaterra resolveu convertê-lo ao cristianismo. Foi seu padrinho de batismo e deu-lhe o nome. O sobrenome ele tomou de Henrique Brandão embaixador de Portugal à Inglaterra. O tal monarca o fez cavaleiro da ordem da Jarreteira e Capitão da ilha de Guarnacem. Ainda na Inglaterra casou com Margarida Bemonde, ou Joana ou ainda Margarida da Monta.

Anos depois, foi encarregado de levar pessoalmente a Portugal as divisas da ordem da Jarreteira ao Rei João II. A rogo deste fixou-se em sua terra. O monarca deu-lhe a vila de Buarcos e a administração das capelas do Rei Afonso IV e do Reguengo de Gradil.

Árvore genealógica

A descendência de Duarte Brandão é das mais ilustres em Portugal e além-mar. Exemplifique-se aqui: uma neta, Margarida de Lima casou com Pedro de Castelo Branco, Capitão de Ormuz, e senhor do morgado de Castelo Branco; um 5º neto Francisco de Castelo Branco, irmão do 1º Conde de Pombeiro, ambos trinetos do anterior, casou em 1681 com Maria Eugênia de Mesquita - ele e a filha passaram ao Maranhão (Herdeiros do Poder, gráfico XV); uma 6ª neta Ana de Castelo Branco Mesquita, filha da anterior, natural de Lisboa, que passou ao Maranhão com o pai, casou em São Luís com João Gomes do Rego (Bezerra Silveiras, destes autores - 132.3) filho de João do Rego Barros, Governador da Paraíba e de Caetana Teodora Valcasar.

Ainda: um 7º neto Francisco da Cunha Silva de Castelo Branco, filho do anterior foi Capitão do regimento de cavalaria auxiliar de Oeiras-PI, casou com Ana Rosa Pereira do Lago; um 8º neto Marcelino José de Castelo Branco, filho do anterior, faleceu em 1812, casado com Maria Florência de Castelo Branco; uma 9ª neta Cândida Rosa de Castelo Branco, filha dos anteriores casou com o primo Marcelino Borges de Carvalho; um 10º neto Francisco Borges de Carvalho, filho dos anteriores, casou com Beatriz Virgínia da Silva de Castelo Branco; um 11º neto General Cândido Borges Castelo Branco, filho dos anteriores, nasceu em 1861, em Campo Maior-PI - casou com Antonieta Alencar Gurgel do Amaral, quarta neta de Inácia Pereira de Alencar, irmã de Bárbara de Alencar. É por esta via que o Frei Beto, que por muito tempo foi mentor do Presidente Lula, é parente próximo do Marechal Castelo Branco.

Por fim: m 12º neto Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, filho dos anteriores. Nasceu em Messejana-CE a 29 de janeiro de 1900 e faleceu em Mondubim-CE em 1967, vítima de desastre aéreo. Militar de carreira brilhante e revolucionário de primeira hora, lutou na segunda guerra, com a FEB na Itália. Como comandante do IV exército e do Estado Maior, chefiou o movimento revolucionário de 1964 que depôs o Presidente João Goulart. Tomou, assim, o seu lugar como Presidente da República (1964-1967).

Fique por dentro
A Inquisição

O "Malleus Maleficarum", escrito em 1484, pelas mãos dos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, foi, ao longo de quatro séculos, o livro que serviu de manual oficial da Inquisição, na determinação desta em realizar uma definitiva caça às bruxas. Desse modo, as sentenças desse livro serviram para levar à tortura, bem como à morte, o estarrecedor número de mais de 100 mil mulheres, que, distantes da fé católica, ou mesmo com esta identificadas, foram acusadas de cópula com o demônio. A Inquisição se julgava porta-voz da purificação. Ao torturar e matar os hereges, os inquisidores se diziam em luta contra o demônio, visando, assim, à salvação de uma alma perdida, devolvendo esta ao reinado de Cristo.
 



Castelo Branco, marechal do Exército, natural de Fortaleza (CE), assumiu a presidência da República, quando da implantação do regime militar em nosso País, em 1964

Povos perseguidos e oprimidos sempre tiveram suas mulheres usadas, estupradas e abandonadas. Com os judeus a situação repetiu-se por milênios. Isto ocorreu com Israel, sob dominação e em todo território da diáspora. Esta coisa foi mais aguda na Europa medieval quando terras e homens, principalmente hebreus eram propriedades dos senhores feudais. A violência cometia-se com casadas e solteiras. Era indiferente. A relação era na maioria das vezes não consentida. Em outros, porém aceitas, por amor ou pelo simples desejo de sobreviver.

Neste período medievo eram poucos os judeus em posição que permitisse proteger suas mulheres e filhas. A grande maioria, artesãos e artífices, não conseguiram fazê-lo. Não raro, senhores da terra, possuíam
 mulheres casadas 
com homens de pequenas profissões. Há casos famosos de mulheres de oleiros, carpinteiros e outros mais. Aqui tratamos de uma mulher casada com um ferreiro, ambos da nação.

Uma documentação


A tal moça casada com um ferreiro, ambos judeus moradores de Allandra, teve sua história contada por Alão de Moraes em sua Pedatura Lusitana (vol. III, pág. 115) e por Felgueiras Gayo, no Nobiliário das Famílias de Portugal (título de Brandões - Brandões de Lima 21.1). Em ambos a história é a mesma. Alão de Moraes diz-nos que foi possuída, não se sabe se a gosto ou por estupro, por membro da nobreza lusitana. Há quem diga que o autor do feito tenha sido Ruy Barba e assim neto de Fernão Martins Barba, ou ainda Jorge Correa, Comendador de Pinheiro. O pobre do ferreiro, mesmo sabendo que o filho não era dele, criou-o como tal, e como judeu. Não era a primeira vez que um pai judeu calava-se para criar um filho que não era seu. Sobrevivência? Submissão? Medo? Quem sabe?!

Alão de Moraes diz-nos que por muito tempo o rapaz foi tido como filho legítimo do ferreiro. Depois soube-se da verdade inteira. O Rei João III sabia dela e muito o estimava. Isto se confirma no livro de
 Vasco Fernandes César.

Daqui em diante não se sabe o que é lenda e o que é verdade. Sabe-se apenas que a descendência da mulher do ferreiro, judia de pai e mãe, deixou legado na nobreza de Portugal. Coisa da maior importância.

Uma reação


Diz Alão de Moraes que o moço bastardo e judeu, estando na casa de ofício de seu pai de criação, viu uma discussão de negócios entre este e um outro homem, que muito agredia ao velho e humilhado ferreiro. Revoltado o moço tomou uma barra de ferro e matou o agressor daquele que o criou como filho. Teve que fugir. Foi dar na Inglaterra. Não teve tempo de nada levar a não ser uma capa e uma espada. Neste país apresenta-se ao Rei Eduardo, o qual vendo que era moço grande de corpo e bem disposto, tomou-o como criado. As histórias repetem-se, tendo sido o moço hebreu sempre ligado a mortes e assassinatos.

A primeira delas refere que logo que chegou à Inglaterra foi muito humilhado por um cavaleiro da corte. Decidiu então matá-lo. Falo-ia, no entanto, desta vez, dentro da lei da época. Pediu ao Rei que lhe desse campo para o desafio. Concedida a tal autorização, abateu o cavaleiro inglês injuriador valorosamente, coisa que aumentou seu prestígio junto ao Rei, que a partir de então usou-o sempre em suas guerras, nas quais deu mostra de seu valor. Galgou todos os postos militares chegando a General de uma armada na guerra contra os franceses, em missão que os desbaratou.

Outro relato

Cita-se ainda outro episódio bem interessante. Diz que cansados de tanta guerra, os reis de Inglaterra e França decidiram que escolheriam cem homens de cada país, que lutariam entre si e decidiriam o destino da guerra, evitando assim mais mortes. O Rei Duarte IV da Inglaterra escolheu-o entre os seus cem guerreiros. No fim da contenda restaram ele pelo lado inglês e um alemão que mais parecia uma porta pelo lado contrário, a quem o hebreu matou, sendo o único sobrevivente de tal desafio.

Homem de pavio curto e violento é figura central de outro episódio em que fora convidado a comer com outros cavaleiros e capitães, que fazendo pouco dele, tomaram os principais lugares à mesa deixando-o por último. O judeu tomado de revolta pegou seu punhal, cravou violentamente na mesa junto a si e disse que a cabeceira era onde ele estava e por ali começariam a servir a mesa. No que foi prontamente obedecido.

Depois de todas estas coisas, até o Rei de França ficou desejoso de conhecê-lo. Celebrada a paz entre os dois países, ele foi especialmente convidado, e sentou-se a mesa com os dois monarcas.

Depois de tantos feitos, o Rei Duarte IV da Inglaterra resolveu convertê-lo ao cristianismo. Foi seu padrinho de batismo e deu-lhe o nome. O sobrenome ele tomou de Henrique Brandão embaixador de Portugal à Inglaterra. O tal monarca o fez cavaleiro da ordem da Jarreteira e Capitão da ilha de Guarnacem. Ainda na Inglaterra casou com Margarida Bemonde, ou Joana ou ainda Margarida da Monta.

Anos depois, foi encarregado de levar pessoalmente a Portugal as divisas da ordem da Jarreteira ao Rei João II. A rogo deste fixou-se em sua terra. O monarca deu-lhe a vila de Buarcos e a administração das capelas do Rei Afonso IV e do Reguengo de Gradil.

Árvore genealógica

A descendência de Duarte Brandão é das mais ilustres em Portugal e além-mar. Exemplifique-se aqui: uma neta, Margarida de Lima casou com Pedro de Castelo Branco, Capitão de Ormuz, e senhor do morgado de Castelo Branco; um 5º neto Francisco de Castelo Branco, irmão do 1º Conde de Pombeiro, ambos trinetos do anterior, casou em 1681 com Maria Eugênia de Mesquita - ele e a filha passaram ao Maranhão (Herdeiros do Poder, gráfico XV); uma 6ª neta Ana de Castelo Branco Mesquita, filha da anterior, natural de Lisboa, que passou ao Maranhão com o pai, casou em São Luís com João Gomes do Rego (Bezerra Silveiras, destes autores - 132.3) filho de João do Rego Barros, Governador da Paraíba e de Caetana Teodora Valcasar.

Ainda: um 7º neto Francisco da Cunha Silva de Castelo Branco, filho do anterior foi Capitão do regimento de cavalaria auxiliar de Oeiras-PI, casou com Ana Rosa Pereira do Lago; um 8º neto Marcelino José de Castelo Branco, filho do anterior, faleceu em 1812, casado com Maria Florência de Castelo Branco; uma 9ª neta Cândida Rosa de Castelo Branco, filha dos anteriores casou com o primo Marcelino Borges de Carvalho; um 10º neto Francisco Borges de Carvalho, filho dos anteriores, casou com Beatriz Virgínia da Silva de Castelo Branco; um 11º neto General Cândido Borges Castelo Branco, filho dos anteriores, nasceu em 1861, em Campo Maior-PI - casou com Antonieta Alencar Gurgel do Amaral, quarta neta de Inácia Pereira de Alencar, irmã de Bárbara de Alencar. É por esta via que o Frei Beto, que por muito tempo foi mentor do Presidente Lula, é parente próximo do Marechal Castelo Branco.

Por fim: m 12º neto Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, filho dos anteriores. Nasceu em Messejana-CE a 29 de janeiro de 1900 e faleceu em Mondubim-CE em 1967, vítima de desastre aéreo. Militar de carreira brilhante e revolucionário de primeira hora, lutou na segunda guerra, com a FEB na Itália. Como comandante do IV exército e do Estado Maior, chefiou o movimento revolucionário de 1964 que depôs o Presidente João Goulart. Tomou, assim, o seu lugar como Presidente da República (1964-1967).

Fique por dentro
A Inquisição

O "Malleus Maleficarum", escrito em 1484, pelas mãos dos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, foi, ao longo de quatro séculos, o livro que serviu de manual oficial da Inquisição, na determinação desta em realizar uma definitiva caça às bruxas. Desse modo, as sentenças desse livro serviram para levar à tortura, bem como à morte, o estarrecedor número de mais de 100 mil mulheres, que, distantes da fé católica, ou mesmo com esta identificadas, foram acusadas de cópula com o demônio. A Inquisição se julgava porta-voz da purificação. Ao torturar e matar os hereges, os inquisidores se diziam em luta contra o demônio, visando, assim, à salvação de uma alma perdida, devolvendo esta ao reinado de Cristo.

 

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