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domingo, 13 de abril de 2014

Casamento com pessoas de "estranha fé"

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Em Genesis 24, que trata da procura da esposa de Isaque, filho de Abraão, vemos que a solicitação de Abraão ao seu velho servo é  para que fosse até sua terra natal e em meio a sua parentela encontrasse aquela que seria a esposa de seu filho Isaque.

O servo de Abraão pediu um sinal a Deus para que saber qual seria a esposa de Isaque, e o sinal concedido por Deus indentificou que a esposa de Isaque seria Rebeca, filha de Betuel.

Notamos que a exigencia de Abraão para que a moça fosse da sua terra e parentela, contribui para a minimização de diferenças culturais entre casal, ou seja, provavelmente Isaque e Rebeca falavam o mesmo idioma e tinham a mesma cultura e costumes, provavelmente, a mesma crença, com isso não haveria muitos conflitos e nem imposições do marido para com a mulher, e vice-versa.

Não que não aconteça, mas convenhamos que não é muito comum que um muçulmano das arábias buscar uma uma esposa na Itália, um país predominantemente cristão-católico.

Mas, afinal, quando alguém é de “estranha fé”?

Segundo o dicionário, “estranho” é tudo aquilo que é de fora, sem qualquer ligação, impróprio, repreensível, por fim, diz que é aquele que não pertence a uma família ou corporação.

Então, alguém de estranha fé, seria aquela pessoa que não tem qualquer ligação com a fé que professamos, como somos cristãos, por exemplo, para nós são considerados de estranha fé: hindus, muçulmanos, espiritas, praticantes de religiões de matrizes africanas, etc. Do mesmo modo, nós somos de estranha fé para os referidos grupos.

Jesus veio ao mundo com mensagem de salvação para toda a humanidade, e deixou não muitos, e nem complexos ensinamentos. Todos estes ensinamentos estão contidos na Bíblia, que para os cristãos é a Palavra de Deus e  serve como única regra de fé e conduta, porém, da divergência de crença se entre os homens se origina diversas denominações religiosas, cada uma com suas particularidades.

Os protestantes, que são os precursores da reforma religiosa e que puseram fim ao domínio da Igreja Católica no campo religioso enfatizavam a “sola scriptura”, ou seja, reinvidicavam a Bíblia era a única fonte de autoridade e que todos os cristãos eram capazes de interpretar as Sagradas Escrituras.

Já os pentecostais e neo-pentecostais, surgido dos movimentos batistas e metodistas, criam no batismo pelo Espirito Santo, com evidência em novas línguas e curas divinas. O que difere o primeiro do segundo grupo, é que os neopentecostais são mais liberais quanto aos usos e costumes, além de que, pregam a teologia da prosperidade.

Existem ainda os grupos chamados de pseudo-cristãos, que possuem crenças especificas, consideradas pelos demais grupos cristãos como discordantes da Bíblia, por isso, são rotulados pelos demais grupos cristãos como seitas heréticas.

Independente das classificações que recebam e das placas que dão nome aos templos, todos os grupos, com exceção de algumas igrejas pseudo-cristãs, tem a sua fé estruturada nos seguintes pilares:

  • Crença em Deus, composto por três pessoas distintas: Pai, Filho e Espirito Santo.

  • Crença na Bíblia como sendo a Palavra de Deus

  • Crença em Jesus Cristo como redentor

  • Salvação pela graça, mediante a fé

  • Juizo final

Portanto, se cremos que somos filhos do mesmo Deus, acatamos a mesma Bíblia como regra de fé, cremos nas mesmas coisas e anunciamos unicamente o evangelho, não podemos dizer que nossos irmãos, apenas por pertencerem a diferentes denominações, não tem qualquer ligação para conosco ou não pertencem a familia de Cristo, portanto, não podemos afirmar que são de estranha fé, pois, estão ligados na mesma videira, que é Jesus Cristo.

Se “tronco” é o mesmo somos alimentados pela mesma raiz, ainda que sejamos ramos diferentes, não há como as nossas flores e os nossos frutos serem diferentes.

Certa vez vi um ancião respondendo a uma moça que o questionou sobre casar com pessoas que não pertencem a nossa igreja, ele disse: “Melhor que não casem com quem é de fora, mas é a moça quem deve saber se o escolhido lhe serve para esposo, se ele tem intenções sinceras e condições de manter um casamento”.

Abraão foi sabio ao pedir que a esposa de seu filho fosse da sua parentela e de seu país, dessa forma o casamento  de seu tendia a fluir melhor e sem muitos conflitos.

Não há nada que impeça que cristãos de diferentes denominações se unam em matrimonio, mas ambos devem ter consciência das diferenças existentes, e devem saber lidar com elas, e ao invés de ficar valorizando as diferenças existentes devem focar nos laços que ligam na fé, se possível, devem optar por uma única denominação, para que também estejam juntos na hora de louvar a Deus, nada impede que de vez em quando visitem a denominação da pessoa que cedeu, afinal, é sadio que periodicamente visitemos nossa familia tanto espiritual quanto material.

A probabilidade de um casamento entre pessoas de diferentes denominações dar certo é a mesma probabilidade de um casamento entre pessoas de uma mesma denominação, as pessoas são diferentes entre si por natureza, e como regem as leis da natureza: “os opostos se atraem”.

Já um casamento entre um evangélico com um espirita, religiões de matriz africana, budista, hinduista tende a não dar certo, pois, ambos tem visões diferentes sobre Deus e o mundo, portanto, um para o outro sempre serão “estranhos na fé”, ou seja, não terão nada que os ligue, além de considerarem a doutrina, um do outro, como repreensível e passível de conversão, isso pode ser  um ponto de conflito entre o casal.

         Extraido do Blog  do Mário

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