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domingo, 11 de agosto de 2013

Vamos quebrar tudo?

Há uma música sertaneja cantada por Gilberto e Gilmar em que eles repetem no refrão “vamo quebra tudo, vamo, vamo. Vamo quebra tudo!” Mesmo sendo uma música engraçada ela nos faz pensar em como as pessoas tendem a destruir o que tem ou o que usam. Isso evidencia a sua tendência para o mal. Somos inclinados por natureza para coisas ruim. Parece ser o que a Bíblia ensina quando diz: “como está escrito: não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Rm 3:10-18). Precisamos ter temor do Senhor para não sermos dominados pela nossa tendência má e destruidora.

Quem preserva, sempre tem. Você já observou que alguns objetos parecem ser descartáveis, dá até vontade de perguntar: por que a sua duração se tornou tão limitada? É verdade que antigamente algumas coisas, como os eletrodomésticos, demoravam estragar, e ainda assim, as pessoas zelavam para que não dessem defeito, e faziam isso usando de modo correto e limpando após o uso e guardando imediatamente. Mas a cultura do “estraga logo, que quero comprar outro novo, e mais moderno” está dominando a nossa mente. Esse pensamento nos leva ao relaxo, e a não valorizar o que temos. E isso é ruim! Pessoas gastam mais e tem menos. Por isso, quem preserva sempre tem, e isso é uma verdade que não se pode negar.

O que você usa hoje, possivelmente precisará de novo amanhã. Aqui em nossa igreja você já deve ter encontrado algo que está estragado. Alguém não pensou em você, nem nele mesmo, e muito menos na glória de Deus. O uso dos bancos, livros, armários, banheiros, bebedouro, objetos e móveis da cozinha, o equipamento de som, e etc, não são descartáveis. A Bíblia nos instrui que devemos preservar o que temos com inteligência porque não sabemos o dia de amanhã: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra” (Eclesiastes 11:1-2). Cuide, poupe, não desperdice, não estrague e assim preserve e sempre terá.

Assim, permita-me dar algumas dicas bem práticas. Ensine o seu filho a não bater, nem danificar os brinquedos, os bancos, ou nos demais móveis de modo que estraguem. Seja você mesmo exemplo. Cada objeto tem o seu uso correto e nenhum deles funciona por meio da pancada ou da violência, ou ainda da sujeira. Não desperdice o que lhe é dado use somente o necessário. Não tenha aquela ideia errada de que “a gente pode estragar porque se precisar compra outro”, lembre-se: é para o nosso uso e de outras pessoas que também precisarão! Lembre-se “quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Co 10:31).

09 AGOSTO 2012

Somos uma igreja discipuladora - 2

Somos uma igreja local intencionalmente discipuladora. Não queremos que a nossa igreja tenha apenas um programa de discipulado, e sim, que viva o discipulado. A estrutura que se criou foi resultado da necessidade de aperfeiçoamento dos novos membros, de líderes em processo de maturação, e de um novo nível de crescimento. O discipulado não é um fim em si mesmo, mas um instrumento que possibilita vivermos a fé cristã como Corpo de Cristo.

Não promovemos programas para que nossos membros se tornem ocupados em atividades corriqueiras. A igreja não é um agente de diversão, ela é o baluarte da verdade responsável em zelar pela fiel pregação da Palavra de Deus, e de treinar os crentes na obediência do seu chamado e no exercício responsável dos seus dons. A agenda da igreja é planejada de modo a cumprir o contínuo treinamento semanal, mensal e anual dos membros e líderes.

A nossa cosmovisão direciona o modelo de igreja que somos e o tipo de membros que queremos formar. Na verdade, a nossa preocupação é que eles vivam como cristãos maduros, regidos pela autoridade da Escritura Sagrada, e que tendo qualidade de vida, saibam que tipo de cristãos deverão reproduzir. Por isso o nosso conceito de discipulado é formativo.

Segue abaixo a nossa estrutura, ainda em desenvolvimento, para a nossa vivência de discipulado:

1. DISCIPULADO BÁSICO
1.1. Discipulando novos convertidos
1.2. Discipulando interessados
1.3. Discipulando candidatos à profissão de fé
1.4. Discipulando filhos da aliança [membros não-comungantes]
1.5. Discipulando membros antigos visando revitalização

2. DISCIPULADO AVANÇADO
2.1. Discipulando membros advindos de outra comunidade evangélica
2.2. Discipulando líderes em potencial

3. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL FORMATIVA
3.1. Preparando professores numa nova proposta
3.2. Formando e não apenas informando
3.2. Classes temáticas [adolescentes, jovens e adultos]
3.2.1. Catecúmenos
3.2.2. Dons e ministérios
3.2.3. Panorama de Antigo Testamento
3.2.4. Cosmovisão cristã

4. CURSO DE TREINAMENTO DE LIDERANÇA
4.1. Proposta do curso de teologia
4.2. Currículo do curso
4.3. Importância da participação dos membros

5. CURSO DE OFICIAIS
5.1. Treinando presbíteros
5.2. Treinando diáconos

6. CONFERÊNCIAS TEOLÓGICAS
6.1. Conferência de Teologia Para Jovens
6.2. Encontro da Fé Reformada

7. INCENTIVO À LEITURA TEOLÓGICA
7.1. Acessibilidade à literatura selecionada
7.2. Leitura como parte do processo de formação de discípulos maduros
7.2. Leitura como equipamento de liderança

06 ABRIL 2012

A teoria de Charles Darwin e suas implicações éticas

Escrito por D. C. Spanner


A grande obra de Charles Darwin (1809-1882) foi “A origem das espécies por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida” (1859) foi um hiato na relação entre a ciência e a fé cristã. A sua teoria foi a primeira sobre a evolução orgânica que deu uma explicação plausível, em termos de processos puramente naturais, de como as criaturas vivas haveriam se diversificado adotando formas altamente complexas e formosas por mudanças graduais produzidas ao longo de enormes prazos de tempo. Ao fazê-lo, desafiava o argumento do design (o fato de que o design implica num Projetista) e a ideia (que muitos consideravam que representava o ensino bíblico) de que todas as espécies de plantas e animais seriam criadas individualmente e, numa época que não supera alguns milhares de anos atrás. Isto resultava de certa forma, indigesto a muitos no caso da espécie humana; parecia-lhes que roubava ao homem o ser “a imagem de Deus” e o reduzia a um status puramente animal. Os conceitos bíblicos do pecado e da Queda pareciam perder a sua validade, assim como qualquer ideia de que a raça humana tivesse um objetivo preordenado. Aparentemente Deus seria substituído pelo azar e a necessidade.

O Darwinismo teve um impacto considerável na moralidade privada e também aliada à ideia de Herbert Spencer (1820-1903) sobre a “sobrevivência do mais forte” na esfera dos negócios e da ética política (por exemplo: o racismo). As questões que suscitou a teoria de Darwin seguem muito ativas hoje em dia, e a doutrina bíblica da criação não sucumbiu, nem muito menos, a sua influência. De fato, em muitos sentidos a teoria evolucionista teve que passar a defender-se, se bem que teve êxito em forçar aos intérpretes em pensar duas vezes (como o fez a teoria heliocêntrica de Copérnico) certas formas antigas, mas superficiais de compreender o texto bíblico.


Extraído de David J. Atkinson & David H. Field, orgs.,Diccionario de ética Cristiana y teologia pastoral (Terrassa, CLIE, 2004), pp. 409.

Traduzido por Rev. Ewerton B. Tokashiki
6 de Abril de 2012.

30 JANEIRO 2012

O que desejamos do nosso pastor

1. Seja íntegro e fiel ao nos nutrir com a Palavra de Deus.

2. Cuide de sua família. Ela é o seu primeiro rebanho. Então, acreditaremos que cuidará das nossas famílias.

3. Não perca a ternura.

4. Não seja orgulhoso.

5. Não seja um líder centralizador, nem opressor.

6. Ore por nós e conosco.

7. Auxilie-nos em nossa santificação pessoal.

8. Ajude-nos a andar dentro da vontade de Deus.

9. Instrua-nos na Palavra de Deus acerca do sentido e propósito da nossa vida.

10. Socorra-nos naqueles momentos de crise e desespero.

11. Ouça os nossos desabafos, desafetos e problemas nos aconselhamentos, buscando respostas na sabedoria da Palavra de Deus.

12. Chore conosco as nossas lágrimas.

13. Não desista de nós.

14. Esteja ao nosso lado nas angústias mesmo que em silêncio.

15. Traga-nos à memória porções da Palavra que podem nos dar esperança.

16. Com amor nos repreenda em nossos pecados, nos exortando ao arrependimento sincero.

17. Seja sempre um conciliador entre os nossos desentendimentos.

18. Treine e nos equipe para servirmos com eficácia e aceitação diante de Deus.

19. Ensine-nos a identificar e usar os nossos dons que o Espírito Santo nos deu.

20. Ajude-nos a ser produtivos, para não cairmos na futilidade e nem perdermos o nosso propósito de glorificar a Deus.

26 AGOSTO 2011

E se Jesus fosse neopentecostal?

Por Felipe Almada

Se Jesus fosse neopentecostal, não venceria satanás pela palavra, mas teria o repreendido, o amarrado, mandado ajoelhar, dito que é derrotado, feito uma sessão de descarrego durante 7 terças-feiras, aí sim ele sairia. (Mt 4:1-11)


Se Jesus fosse neopentecostal, não teria feito simplesmente o “sermão da montanha”, mas teria realizado o Grande Congresso Galileu de Avivamento Fogo no Monte, cuja entrada seria apenas 250 dracmas divididas em 4 vezes sem juros. (Mt 5:1-11)

Se Jesus fosse neopentecostal, jamais teria dito, no caso de alguém bater em uma de nossa face, para darmos a outra; Ele certamente teria mandado que pedíssemos fogo consumidor do céu sobre quem tivesse batido pois “ai daquele que tocar no ungido do senhor” (Mt 5 :38-42)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria curado o servo do centurião de cafarnaum à distância, mas o mandaria levar o tal servo em uma de suas reuniões de milagres e lhe daria uma toalhinha ungida para colocar sobre o seu servo durante 7 semanas, aí sim, ele seria curado. (Mt 8: 5-13)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria multiplicado pães e peixes e distribuído de graça para o povo, de jeito nenhum!! Na verdade o pão ou o peixe seriam “adquiridos” através de uma pequena oferta de no mínimo 50 dracmas e quem comesse o tal pão ou peixe milagrosos seria curado de suas enfermidades. (Jo 6:1-15)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele até teria expulsado os cambistas e os que vendiam pombas no templo, mas permaneceria com o comércio, desta vez sob sua gerência. (Mt 21:12-13)

Se Jesus fosse neopentecostal, quando os fariseus o pedissem um sinal certamente ele imediatamente levantaria as mãos e de suas mãos sairiam vários arco-íris, um esplendor de fogo e glória se formaria em volta dele que flutuaria enquanto anjos cantarolavam: “divisa de fogo varão de guerra, ele desceu a terra, ele chegou pra guerrear”. E repetiria tal performance sempre que solicitado. (Mt 16:1-12)

Se Jesus fosse neopentecostal, nunca teria tido para carregarmos nossa cruz, perdermos nossa vida para ganhá-la, mas teria dito que nascemos para vencer e que fazemos parte da geração de conquistadores, e que todos somos predestinados para o sucesso. E no final gritaria: receeeeeeebaaaaaa! (Lc 9:23)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria curado a mulher encurvada imediatamente, mas teria a convidado para a Escola de Cura para o aprender os 7... veja bem, os 7 passos para receber a cura divina. (LC 13:10-17)

Se Jesus fosse neopentecostal, de forma alguma teria entrado em Jerusalém montado num jumento, mas teria entrado numa carruagem real toda trabalhada em pedras preciosas, com Pôncio Pilatos, Herodes e a cantora Maria Madalena cantando hinos de vitória “liberando” a benção sobre Jerusalém. E o povo não o receberia declarando Hosana! Mas marchariam atrás da carruagem enquanto os apóstolos contariam quantos milhões de pessoas estavam na primeira Marcha pra Jesus. (Mt 21:1-15)

Se Jesus fosse neopentecostal, ao curar o leproso (Mc 1:40-45), este não ficaria curado imediatamente, mas durante a semana enquanto ele continuasse crendo. Pois se parasse de crer.. aiaiaiaia

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria expulsado o demônio do geraseno com tanta facilidade, Ele teria realizado um seminário de batalha espiritual para, a partir daí se iniciar o processo de libertação daquele jovem. (Mc 5:1-20)

Se Jesus fosse neopentecostal, o texto seria assim: “ Mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um pobre entrar no reio dos céus” (Mt 19:22-24)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria transformado água em vinho, mas em Guaraná Dolly. (Jo 2:1-12)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele teria sim onde recostar sua cabeça e moraria no bairro onde estavam localizados os palácios mais chiques e teria um castelo de verão no Egito. (Mt 8:20)

Se Jesus fosse neopentecostal, Zaqueu não teria devolvido o que roubou, mas teria doado ao seu ministério. (Lc 19:1-10)

Se Jesus fosse neopentecostal, não pregaria nas sinagogas, mas na recém fundada Igreja de Cristo, e Judas ao traí-lo não se mataria, mas abriria a Igreja de Cristo Renovada.

Se Jesus fosse neopentecostal, não diria que no mundo teríamos aflições, mas diria que teríamos sucesso, honra, vitória, sucesso, riquezas, sucesso, prosperidade, honra ... (Jo 16:33)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele seria amigo de Pôncio Pilatos, apoiaria Herodes e só falaria o que os fariseus quisessem ouvir.

Certamente, Se Jesus fosse neopentecostal, não sofreria tanto nem morreria por mim nem por você... Ele estaria preocupado com outras coisas. Ainda bem que não era.

Fonte: Fé & Razão

30 DEZEMBRO 2010

Pastoral para 2011

Amados irmãos, em 2010 na avaliação final concluímos que tivemos um ano produtivo. Foi positivo apesar das dificuldades, perdas, e não cumprimento de algumas metas. Nem por isso vamos paralisar e lamentar o que não alcançamos, mas precisamos avaliar o que ainda precisa ser realizado, que não iniciamos, ou está inacabado e nos empenharmos firmemente com o compromisso de que tudo seja feito para a glória de Deus, e que sob a Sua aprovação poderemos cumprir os objetivos para 2011.

Para que tudo dê certo primeiramente precisamos da benção do nosso Senhor Jesus. Sem Ele nada poderemos fazer, sem que seja da Sua vontade nada se cumprirá e, sem que se tenha a intenção de promover o Seu nome pela proclamação do evangelho não teremos êxito em nossos projetos (Jo 15:5). Assim, em tudo o que fizermos não nos esqueçamos da oração, da direção do Espírito do Senhor, de avaliarmos as motivações e o objetivo, e ainda de suplicar a Sua aprovação.

Em segundo lugar, olhemos a igreja local como um todo. Não pensemos isoladamente, nem promovamos ações ou projetos excludentes. Lembre-se: você ou o grupo em que você participa faz parte de algo maior. Temos uma agenda de atividades para o ano, então, quando possível evitemos conflitos de atividades. Não cometamos o erro de promover uma igrejinha dentro da igreja. Somos um corpo que precisa crescer proporcionalmente “seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4:15-16). Pensemos que em cada atitude como uma indispensável participação, fazendo-se presente, somando, contribuindo, sugerindo, avaliando, divulgando, construtivamente criticando, de modo que, todos sejam durante o processo e no final beneficiados. Informe-se quanto aos projetos que o Conselho aprovou para 2011, e veja como você se inclui neles.

Pr Ewerton B. Tokashiki

19 SETEMBRO 2010

Herança do Senhor

O Senhor deu-nos filhos lindos! Posso parecer meio coruja, mas tenho minhas razões para sentir-me satisfeito com a herança que o meu Deus me deu. Eles são inteligentes, alegres e saudáveis! Até hoje nunca perdemos uma noite de sono por causa de enfermidade, nem tivemos o sofrimento de correr para o hospital. Deus é excedentemente gracioso conosco e somos muitíssimo gratos à Ele.

Eu e minha esposa temos nos dedicado a orar por eles, instruí-los no caminho do Senhor, sob a autoridade da Palavra de Deus, e encaminhá-los ao convívio do povo de Deus. Esforçamo-nos em sermos sinceros e verdadeiros em nosso testemunho cristão, e de vivermos o amor de Cristo, o nosso Senhor em nosso lar. Na correção falamos com amor, e lembramos que os seus erros não são apenas deslizes da imaturidade, mas são pecados contra Deus, e contra nós, enquanto pais (ÊX 20:12). Quando pecamos, e eles entendem e percebem, procuramos conversar e demonstrar que infelizmente também somos pecadores, e nos envergonhamos de nosso procedimento pecaminoso. E quando necessário lhes pedimos perdão pelo nosso mau testemunho. Eles sabem que não somos perfeitos e não temos como esconder isto, mas que amamos e buscamos a santidade de Deus, arrependemos pelos seus próprios pecados, e continuamente buscamos a transformação e crescimento no amor de Cristo. Clamo a Deus que nenhum de nossos pecados prejudique os nossos filhos, de modo que sejamos escândalo e motivo de tropeço.

Temos sempre pensado em como educar os nossos filhos. Embora a Rebeca e o João Marcos têm idade aproximada um do outro, menos de 2 anos, nos preocupamos em como acompanharmos o seu desenvolvimento individual, e adaptarmos o método de ensinar e corrigi-los. Eles estão descobrindo as coisas, pela nossa conversa, pela TV, pelos irmãos da igreja, pelos parentes, pelos coleguinhas da escola, e pelos outros conhecidos em diferentes lugares. Muita informação e valores são expostos à eles. A Escritura nos adverte que "não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1 Coríntios 15:33). Sabemos que eles são pecadores, e como todos nasceram pecadores, e que a sua tendência será a inclinação para o pecado. Por isso, precisamos treiná-los a amar e temer ao Senhor. Eles devem saber o que é certo e errado, não é uma questão apenas de afirmar uma moral do lar, mas a ética do Reino de Deus, do qual eles são filhos da aliança.

Eu temo e tremo apenas em pensar na possibilidade de que os meus filhos possam não amar ao Senhor! Se isto acontecer será uma das maiores angústias da minha alma. Em minhas orações sempre derramo o meu mais sincero anseio diante do meu Deus: que Ele os converta o quanto antes, e faça-os andar diante dEle. Antes mesmo deles nascerem, eu e Vanessa orávamos para que o Senhor nos desse filhos crentes, filhos da aliança. A minha preocupação não é de que os meus filhos me envergonhem, enquanto pastor, mas desonrem o Nome do nosso amado Deus com os seus pecados e dureza de coração! Acima deles eu amo o meu Deus, que os deu para nós, para a nossa alegria e para a Sua glória. Por isso, guardo em meus pensamentos a Palavra que me diz "mas a misericórdia do SENHOR é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos; sobre aqueles que guardam a sua aliança, e sobre os que se lembram dos seus mandamentos para os cumprir" (Salmo 103:17-18).

Tudo o que somos e temos pertence ao nosso Deus. O nosso relacionamento, o nosso trabalho e os bens que acumularmos durante toda a nossa vida serão nada, se não tivermos o prazer de ver os nossos filhos vivendo para o Senhor Jesus. A nossa real herança são eles, e eles para Deus.

"Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão."
(Salmos 127:3)

27 JULHO 2010

Calvinistas amargos?

Não entendo como pessoas inteligentes e tão capazes, que abençoadas por Deus com o entendimento correto do Seu evangelho, podem se tornar tão amargas? Tudo bem que devemos crer firme e inegociavelmente nas Escrituras Sagradas, e disto absolutamente não abro mão, mas guspir maribondo quando alguém discorda, creio ser exagero! Honestamente falando não vejo motivo de corroer o opositor numa ácida verborragia.

Você que me lê deve pensar qual o motivo deste artigo?! Pois bem, estive pensando como pessoas que conhecem a graça que é imerecida, devido à nossa pecaminosidade; que é irresistível, devido à soberania divina; que é terna, devido ao amor eletivo de Deus; não entendo como estas pessoas que conhecem as Doutrinas da Graça, e vivem os benefícios do eterno decreto de Deus, em Cristo, conseguem viver um orgulhoso isolamento? Com facilidade agridem até mesmo os confrades. É uma incoerência absurda entre o sistema de pensamento e prática! B.B. Warfield esclarece que o
calvinista é o homem que vê Deus por trás de todo fenômeno, e, em tudo o que sucede, reconhece a mão de Deus operando a sua vontade; o calvinista, em todas as atividades de sua vida adota uma atitude permanente de oração; o calvinista se entrega completamente à graça de Deus e, exclui qualquer traço de autosuficiência em toda a obra da salvação.[1]

Sei que há adiáforas que nos separam. Certa feita pensei em escrever um artigo sobre os pontos de discordância entre os calvinistas. Mas, fui tomado por um discernimento mais agudo da minha motivação, que me levou a perceber a implicação antecipada do meu perverso intento. Percebi que estaria apenas contribuindo para aumentar as lacunas que existem, e de nada aproveitaria, senão para enfatizar aos adversários do Calvinismo que há pontos menores que nos dividem; e, também estaria fortalecendo animosidades desnecessárias. Se alguém me pedir pra, pelo menos, mencionar em esboço que pretendia escrever, responderei: arreda Satanás!

Não acredito que como calvinista preciso esmagar os meus adversários teológicos. John Newton, calvinista e escritor do famoso hino Amazing Grace, certa vez escreveu que
quanto ao seu oponente, eu desejo que, antes mesmo que você coloque a sua pena sobre o papel contra ele, e durante todo o tempo em que estiver preparando a sua resposta, possa você entregá-la, por meio de sincera oração, ao ensino e à benção do Senhor. Esta prática terá uma tendência direta de levar o seu coração e amá-lo, bem como de ter compaixão dele. Tal disposição terá uma boa influência sobre cada página que você escrever. [2]

Conheço alguns calvinistas que são amargos de doer. Talvez, seja realidade na experiência de alguns dentre nós [afinal também sou calvinista] o modo como Ralph W. Emerson jocosa, mas equivocadamente, descreveu: conheci um médico brincalhão que descobriu o credo no canal biliar e costumava afirmar que se houvesse uma doença no fígado, o homem havia se tornado um calvinista [3]. Não estou convencido em dizer que calvinistas amargos, sejam calvinistas no sentido completo do termo, ou que realmente ensinem coerentemente sobre a soberana graça de Deus, pois a sua postura evidencia que perderam um aspecto essencial da graça de Deus, ou seja, a ternura.[4]

Nota:
[1] B.B. Warfield, Calvin as a Theologian and Calvinism Today, p. 24.
[2] John Newton, "On Controversy" in: Works of John Newton, vol. 1, págs. 268-269.
[3] Alister McGrath, A vida de João Calvino , pág. 153.
[4] A amargura fecundada pela ofensa é uma disposição pecaminosa que constantemente tem assediado o meu coração. Somente o entendimento e a mortificação deste pecado, pela graça de Deus, leva a desfrutar duma percepção correta da graça de Deus e viver a sua ternura.

14 ABRIL 2010

RESOLUÇÕES DE JONATHAN EDWARDS


12 de janeiro de 1722

1. RESOLVI que farei tudo aquilo que seja para maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante toda a minha vida.
2. RESOLVI que tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.
3. RESOLVI jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível.
4. RESOLVI jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se soubesse que estava vivendo a última hora da minha vida.
5. RESOLVI jamais cansar de procurar pessoas que precisem do meu apoio e da minha caridade.
6. RESOLVI jamais fazer alguma coisa por vingança.
7. RESOLVI manter vigilância constante sobre minha alimentação e aquilo que bebo, para ser sempre comedido.
8. RESOLVI jamais fazer alguma coisa que, visse outra pessoa fazendo, achasse motivo justo para repreendê-la ou menosprezá-la.
9. RESOLVI estudar as Escrituras tão firme, constante e freqüentemente, que possa perceber com clareza que estou crescendo continuamente no conhecimento da Palavra.
10. RESOLVI esforçar-me ao máximo par que a cada semana eu cresça na vida espiritual e no exercício da graça, além do nível em que estava na semana anterior.
11. RESOLVI que me perguntarei ao final de cada dia, semana, mês, ano, como e onde eu poderia ter agido melhor.
12. RESOLVI renovar freqüentemente a dedicação da minha vida a Deus que foi feita no meu batismo e que eu refaço solenemente neste dia, 12 de janeiro de 1722.
13. RESOLVI, a partir deste momento e até à minha morte, jamais agir como se a minha vida me pertencesse, mas como sendo total e inteiramente de Deus.
14. RESOLVI que agirei da maneira que, suponho, eu mesmo julgarei ter sido a melhor e a mais prudente, quando estiver na vida futura.
15. RESOLVI jamais relaxar ou desistir, de qualquer maneira, na minha luta contra as minhas próprias fraquezas e corrupções, mesmo quando eu não veja sucesso nas minhas tentativas.
16. RESOLVI sempre refletir e me perguntar, depois da adversidade e das aflições, no que fui aperfeiçoado ou melhorado através das dificuldades; que benefícios me vieram através delas e o que poderia ter acontecido comigo, caso tivesse agido de outra maneira.

19 NOVEMBRO 2009

Sinais de um não convertido

1. Quando um homem em seu desejo de agradar seu apetite, não faz isto visando um objetivo mais elevado, ou seja, a sua preparação para o serviço de Deus, mas somente para seu próprio prazer (claro que ninguém faz tudo conscientemente visando o serviço de Deus. Entretanto, uma vida gasta no serviço de Deus é ausente do prazer carnal, de maneira geral).

2. Quando ele procura mais ansiosa e diligentemente a prosperidade do seu corpo do que da sua alma.

3.Quando ele não se abstêm de seus prazeres, mesmo quando Deus os proíbe ou quando ferem a sua alma, ou quando as necessidades da sua alma clamam que os deixe. Mas ele tem que ter seu prazer, não importa o que lhe custe; e é tão persistente nisto, que não o pode negar.

4. Quando os prazeres da carne excedem os deleites em Deus, Sua Santa Palavra e caminhos, e as expectativas de prazer infinito. E isto não só na paixão, mas na estima, escolha e ação. Quando ele prefere estar em um jogo, ou festa, ou outro entretenimento, ou adquirindo boas pechinchas ou lucros do mundo, do que viver na vida de fé e amor, que seria um modo santo e divino de viver.

5. Quando os homens fixam suas mentes em planejar e estudar para fazer provisão para os prazeres da carne e isto ocupa o primeiro lugar em seus pensamentos e lhe é prazeroso.

6. Quando eles conversam, ou ouvem, ou lêem mais coisas agradáveis à carne do que àquelas que deleitam o espírito.

7. Quando eles amam a companhia de pessoas carnais, mais do que a comunhão dos santos, nos quais eles poderiam ser exercitados no louvor ao Seu Criador.

8. Quando eles consideram que o melhor lugar para viver e trabalhar é onde eles podem satisfazer sua carne. Eles preferem estar onde têm coisas fáceis e onde nada falta para o corpo, do que em lugares onde têm muito melhor ajuda e provisão para a alma, apesar da carne ser atormentada por isso.

9. Quando ele está mais disposto a gastar dinheiro para agradar sua carne, do que para agradar a Deus.

10. Quando ele não acredita ou gosta de nenhuma doutrina exceto a “crença-fácil” (isto é, a fé que não requer obediência aos ensinos bíblicos) e odeia a mortificação dos seus pecados, que classifica como “legalismo” muito rígido. Por estes sinais e outros semelhantes, podemos facilmente conhecer o homem carnal.

Escrito por:
Richard Baxter

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