Se Deus está em toda parte, por que construir templos?
Nós não vamos aos templos para encontrar a Deus, mas
para louvá-lo e adorá-lo em comunhão com nossos irmãos. Além disso, vamos
compartilhar nossas experiências e aprender mais da Palavra e da vontade de Deus
com aqueles que vivem há mais tempo na fé. Ao congregarmos em um templo, temos
grande possibilidade de formarmos grupos de amigos, ou conhecermos, de repente,
até a pessoa com quem vamos nos casar. Nestes locais, também realizamos um ato
de extrema importância que o próprio Senhor Jesus nos ensinou, que é a Ceia, na
qual relembramos o sacrifício dele na cruz por nós.
Por meio de um templo, nós podemos, inclusive, colocar
em prática muitos dos dons que Deus nos concede, como a do ministério pastoral,
ou o ministério de ensino, ou qualquer outro tipo de atividade que nos integre
com nossos irmãos e se enquadre como um serviço cristão; afinal, o ser humano
não foi feito para viver só, e depois de convertido, esta convicção fica cada
vez mais firme. Podemos inclusive servir uns aos outros, e nós mesmos como
congregação nos organizar para servir aos de fora, que tem necessidades tanto
físicas quanto espirituais.
Quero aproveitar para desfazer uma confusão que ronda
muitas mentes por aí. Igreja, como definida pela Bíblia, é o conjunto de todos
os crentes em Jesus Cristo, de todas as épocas. Não é uma instituição humana,
nem física: foi Deus quem criou a Igreja, e ela não é a mesma coisa que templo.
Um templo pode conter uma congregação de pessoas que faça parte da Igreja de
Cristo, mas a Igreja não é o templo.
Portanto, estas diversas denominações que hoje existem
não era o plano original de Deus. Infelizmente, mesmo na época do apóstolo
Paulo, já existiam dissensões na igreja, tentando criar grupos com interesses
distintos (1Co 1.11-17). Assim, por um detalhe ou outro diferem na interpretação
de alguma passagem bíblica, surgiram diversas denominações, embora pregando o
verdadeiro Evangelho Salvador; existem também denominações que já se desviaram
dele em partes (e outras, totalmente), e ensinam ‘outro evangelho’, também já
combatido nos tempos de Paulo (Gálatas 1.6-10). Os templos são, primordialmente,
casas de oração. E são casas de oração para todos os povos.
É isso que diz a Palavra em Isaías 56.7 e Marcos 11.17.
Deve ser um local onde a reverência à Deus concentra esforços coletivos . Nada
que há lá deve tirar o foco disto. E ele é para ‘todos os povos’. Não é um lugar
onde só entram os ‘perfeitos moralmente’, e sim para qualquer um que queira
achegar-se ao Senhor de toda a criação, o nosso
Salvador.
É importante ressaltar que o tamanho de um templo ou a
quantidade de pessoas que lá congregam não significam que este templo é mais (ou
menos) abençoado por Deus, ou ainda, que este povo seja mais (ou menos) santo. A
pedra fundamental da Igreja é Jesus, e cada um de nós que faz parte dela está
firmado nesta rocha eterna. Os ’tijolos’ desta igreja são cada um que ‘ouve os
seus mandamentos e os pratica’. Nós somos o ‘material de construção’; portanto,
prosperidade material não está ligada, necessariamente, à boa espiritualidade ou
à santidade.
Deixo algumas passagens bíblicas a seguir para
meditação. Todas falam em nos congregar; algumas são ordens do nosso próprio
Deus:
"Ajunta o povo, os homens e as mulheres, os meninos e
os estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam e aprendam e
temam ao SENHOR vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta
lei" (Deuteronômio 31.12)
"Lembramo-nos, ó Deus, da tua benignidade, no meio do
teu templo" (Salmos 48.9)
"E consideremo-nos uns aos outros, para nos
estimularmos ao amor e ás boas obras, Não deixando a nossa congregação, como é
costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto
vedes que se vai aproximando aquele dia" (Hebreus
10.24,25)
A-BD
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