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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

NEPOTISMO NO MEIO EVANGÉLICO - Parte II




Numa época de extrema crise moral, em que o Nepotismo praticado no meio político tem sido alvo de severas críticas por parte da mídia e da sociedade em geral, é possível detectarmos tal prática em alguns "arraiais" evangélicos desse país. Lideranças eclesiásticas que governam sobre grandes rebanhos decidiram compartilhar a "gordura das ovelhas" com seus queridos familiares, adotando um modelo administrativo do tipo "mordomia familiar", sendo assim, nomeando parentes e agregados para os principais cargos da igreja, vale salientar que tais nomeações são acompanhadas de generosas remunerações. Tais procedimentos são fundamentados por meio de atos supostamente democráticos com o intuito de legitimar o Nepotismo. Tais lideranças se empenham em projetar uma imagem de ortodoxos e conservadores para justificar o seu autoritarismo e intimidar o rebanho e amordaçar os indivíduos para evitar qualquer questionamento dos seus atos, pois, nesses sistemas não existe espaço para críticas, porque implicitamente se proclama um tipo de "infalibilidade pastoral". É lamentável admitirmos que no Brasil existem grandes ministérios, cujo o Nepotismo é uma prática tão evidente. Infelizmente ainda existe muita ingenuidade e alienação no meio evangélico, pois, basta alguém dizer "Deus me revelou" , " O Senhor me falou", é suficiente para que uma grande maioria aceite qualquer imposição sem nenhuma reflexão, nem se quer procuram analisar a partir das Escrituras Sagradas. Uma minoria consciente nesses contextos fica sem poder de reação diante de uma maioria alienada, vale lembrar aqui o "mito da caverna" do filósofo grego Platão.
Apesar dos argumentos desenvolvidos até agora, entendo que pode ser apropriado, coerente e até mesmo da vontade de Deus, que alguns líderes utilizem parentes, nomeando para cargos administrativos ou consagrando-os ao sacro ministério, todavia, isso deve ser feito de forma equilibrada e transparente, com o conhecimento e aprovação geral do grupo. Infelizmente, alguns líderes encontraram no ministério ou na administração eclesiástica uma solução para os seus filhos e parentes em geral, que não conseguiram nenhum êxito na vida secular, isto é, não são aptos para nada, só para o ministério eclesiástico. Vivemos em um país com altos níveis de desemprego, onde as pessoas que têm uma formação profissional ou acadêmica, conseguiram tal feito com muita luta e sacrifício. Não é justo justo nem honesto que profissionais habilitados fiquem de fora do mercado de trabalho, enquanto alguns setores da sociedade praticam essas políticas parternalistas que beneficiam um "bando" de incompetentes e excluem os verdadeiramente habilitados. É tremendamente contraditório quando tal atitude é praticada no contexto cristão-evangélico, o que é totalmente contrário a doutrina da mordomia cristã ensinada na Palavra de Deus, nesse contexto, o apóstolo Paulo diz "Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus" I Co 4.1. Despenseiro não combina com Nepotista. Como profetas do Senhor e arautos da verdade não podemos nos omitir diante de tais abusos, não podemos ser indiferentes a esse desvio de finalidade praticado por algumas lideranças evangélicas nessa nação. Esses tais precisam saber que não são donos da igreja, não podem manipular o patrimônio do povo Deus da maneira que bem entenderem. Essa reflexão se baseia em situações que presencie de perto

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