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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Deus Existe? (Parte 1)

Livreto traduzido de: “Does God Exist?”, 2008. Copyright Creation Ministries International Ltda. Usado com permissão.
por Don Batten e Jonathan Sarfati
Tradução de Daniel Ruy Pereira
Revisão de Jadson Oliveira
A Bíblia começa com a declaração “No princípio criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1:1). A existência de Deus é assumida, autoevidente. Em Salmos 14:1 somos informados de que “Diz o tolo em seu coração: ‘Deus não existe! Corromperam-se e cometeram atos detestáveis; não há ninguém que faça o bem.”
Vemos, aqui, que a Bíblia conecta pensamentos corruptos a respeito de Deus – especialmente a negação de Sua existência – com a corrupção moral. E a verdade é que, se não há Deus, nenhum Criador para estabelecer as regras, então estamos moralmente à deriva. Quando os israelitas se esqueceram de Seu Criador na época dos Juízes, quando não tinham quem os guiasse à fidelidade a Deus, “… cada um fazia o que lhe parecia certo.” (Juízes 21:25), e o caos reinou.
Vemos a mesma coisa acontecendo hoje. As nações já honraram a Deus um dia, reconheceram “que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19), experimentaram segurança e prosperidade sem precedentes. Esses mesmos países, hoje, estão desmoronando, pois seus povos viraram as costas para Deus. “A justiça engrandece a nação, mas o pecado é uma vergonha para qualquer povo.” (Provérbios 14:34).
Quando as nações viram as costas para Deus, vivendo como se Ele não existisse, o pecado abunda – corrupção política, mentira, calúnia, demonstrações públicas de devassidão, crimes violentos, aborto, roubo, adultério, tráfico de drogas, alcoolismo, jogos de azar e ganância em todas as suas formas. Crises econômicas seguem-se conforme os impostos se elevam e o governo pega dinheiro emprestado par pagar forças policiais cada vez maiores e mais necessárias, penitenciarias e sistemas de segurança pública para tentar consertar os problemas.
O capítulo 1 de Romanos parece um comentário do nosso mundo atual:
Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.
Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos dos seus corações, para a degradação dos seus corpos entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.
Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, Ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam. (NVI)
Muitos dos que estão em altas posições no governo e na educação nas ex-grandes nações cristãs seriam chamados de “tolos” pela Bíblia. Eles afirmam serem sábios. Mas, ao negar a própria existência de Deus, ou Sua relevância para hoje, tornaram-se “tolos”.
Subjacente a este abandono da fé em Deus está o amplamente aceito pensamento evolucionista – que todas as coisas surgiram por processos naturais; que Deus não é necessário. Há um “projeto”, essas pessoas admitem, mas nenhum Projetista é necessário. Em última análise, a coisa projetada projetou-se a si mesma! Esse pensamento, onde as evidências da existência de Deus, claras como a luz (Romanos 1:19-20), são deixadas de lado, leva naturalmente ao ateísmo (a não-crença em deus) e ao humanismo secular (o homem pode traçar seu próprio caminho sem Deus). Essa forma de pensar é abundante nas universidades e governos atuais.
Algumas estatísticas sociais da Austrália, mostrando uma relação entre o declínio do envolvimento com a igreja na infância e o aumento de problemas sociais. Outras estatísticas, como o divórcio, o estupro etc., mostram tendências similares. A influência da Igreja declinou dramaticamente com a introdução da teoria da evolução nas escolas, entre as décadas de 1950 e 1960. Estatísticas de outros países “cristãos” mostram correlações semelhantes.(3)
Algumas das maiores atrocidades já vistas foram perpetradas por aqueles que adotaram uma abordagem evolucionista em sua filosofia e, portanto, moralidade – Lênin, Hitler, Stalin, Mao Tse Tung e Pol Pot. O evolucionista ateu Sir Arthur Keith reconheceu isso sobre Hitler:
“O Führer alemão… é evolucionista; ele conscientemente procurou transformar a Alemanha em uma praticante da teoria da evolução.” (1)
Muitos milhões de pessoas sofreram terrivelmente e perderam suas vidas por causa deste modo ateísta de pensar. O ateísmo mata, porque sem Deus não há regras – serve qualquer coisa! Os ateus estão na linha de frente dos esforços para a legitimação do aborto, da eutanásia, da liberação de drogas, da prostituição, da pornografia e da promiscuidade. Todas essas coisas causam miséria, sofrimento e morte. O ateísmo é a filosofia da morte.
Mas os ateus adoram apontar para as atrocidades cometidas pelos supostos “cristãos” – as Cruzadas e a Irlanda do Norte são seus favoritos. (2,3) Se as pessoas cometem atos terríveis em nome de Cristo, eles estão sendo inconscistentes com seu próprio padrão de moralidade (por exemplo, “não matarás”, “amai vossos inimigos”). Contudo, Stalin, por exemplo, foi consistente com o seu, porque, sendo ateu (depois de ler Darwin), não tinha uma base objetiva para qualquer padrão de moralidade. Keith admitiu que Hitler também era consistente com sua filosofia evolucionista.
O cristianismo diz que “Deus é amor”, “amai uns aos outros” e “amais vossos inimigos”. Um amor assim é autossacrificial. Consequentemente, os cristãos têm estado na linha de frente no socorro aos doentes, no cuidado aos órfãos e idosos, no alimentar os famintos, na educação dos pobres e na oposição aos exploradores de trabalho infantil e escravidão.
O ateísmo, com sua lógica evolucionista, diz que “amor” nada mais é que um autointeresse em aumentar as chances de sobrevivência de nossos genes em nossa descendência ou nossos parentes mais próximos. Na “luta pela sobrevivência do mais apto”, onde está a base da compaixão? Os campos de concentração de Hitler surgiram de seu desejo que a “raça Ariana” vencesse a batalha pela “preservação das raças favorecidas na luta pela vida” (o subtítulo da Origem das Espécies, de Darwin).
Porém, o ateísmo não é somente destrutivo, mas tem falhas lógicas logo nas raízes, porque a existência de um Criador é necessária, como veremos.

Referências e notas


(1) Keith, A., 1947. Evolution and Ethics, Putman, New York, p. 230.
(2) As Cruzadas foram uma resposta à opressão islâmica, contrária à mitologia. Veja Spacer, R., 2005. The politically incorrect guide to Islam (e as Cruzadas).
(3) Fonte dos dados: Contato com a infância das igrejas extraído de Why don’t people go to church? National Church Life Survey (2002). Estatísticas sociais de State of the Nation: a century of change, The Centre for Independent Studies, St. Leonards, NSW (2201) (www.cis.org.au)

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