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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Museu do Holocausto, em Israel

         
Museus do Mundo

Museu do Holocausto, em Israel

Em 1953, cinco anos depois da criação do Estado de Israel, uma lei do Parlamento israelense instituiu em Jerusalém o Museu do Holocausto, ou Yad Vashem (expressão retirada do evangelho de Isaías que significa “monumento e nome”). Dedicado à memória do genocídio praticado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, quando pelo menos 6 milhões de judeus tiveram bens expropriados, foram deportados e mortos, o museu é um enorme arquivo sobre o tema. Além de várias exposições e memoriais, abriga 55 milhões de documentos, incluindo passaportes, registros de confisco de bens, deportações e papéis que incriminam nazistas e colaboradores. Guarda também 2 milhões de páginas de testemunho de sobreviventes em cerca de 20 línguas. Para centralizar e preservar toda a documentação sobre o Holocausto, uma equipe pesquisa arquivos do mundo inteiro, que são levados para Israel. O museu já recebeu visitas de personalidades como o papa João Paulo II e o cineasta judeu Roman Polanski, diretor de O Pianista. Polanski encontrou nos arquivos do museu o registro de seu pai em um campo de concentração. Para todo esse patrimônio histórico, o Museu do Holocausto ocupa uma área de 180 mil metros quadrados (o equivalente a 25 campos de futebol), em que tudo, desde o jardim até uma ambulância, lembra os personagens e as vítimas dessa história.

 

1. Mapa das mortes
Em 107 paredes de pedra que correspondem, a grosso modo, ao mapa da Europa e do norte da África, estão gravados os nomes e as histórias de 5 mil comunidades judias, a maioria destruída durante o Holocausto. Os nomes em hebraico estão escritos na forma antiga da língua, de 2 mil anos atrás. Os vários tamanhos das letras indicam diferentes comunidades homenageadas
2. Trem infame
Um trilho quebrado com um vagão quase caindo num abismo foi a forma que o museu encontrou para lembrar todos os judeus que foram tirados de suas casas e de suas famílias e levados aos campos de concentração. O vagão é original da época: foi um dos muitos usados para transportar as vítimas
3. Operação resgate
Com o fim da guerra e a aproximação da derrota alemã, a Cruz Vermelha sueca conseguiu a permissão do exército nazista para resgatar alguns dos prisioneiros dos campos de concentração. Cerca de 25 mil deles, a maioria mulheres e crianças, foram transportados em 36 ambulâncias suecas. Uma delas está exposta no museu de Jerusalém
4. Arte e memória
Quadros, esculturas e instalações formam a maior coleção de arte inspirada no Holocausto no mundo. A artista checa Elsa Pollak exibe esculturas que criou com base nas recordações de Auschwitz. Artistas das segunda e terceira gerações de sobreviventes enriqueceram a coleção com obras multimídia
5. Todos os nomes
Familiares e amigos dos que morreram no Holocausto são convidados a preencher as páginas de testemunho, com informações sobre quando, onde e como morreram. O banco de dados tem cerca de 3,2 milhões nomes registrados e deve estar disponível este ano na internet
6. Minuto de silêncio
Realizam-se aqui as cerimônias de homenagem aos que morreram durante o Holocausto. No meio da sala, está a chama eterna, um fogo que não foi apagado desde a criação do museu, e uma cripta onde estão enterradas cinzas de vítimas trazidas dos campos de extermínio. Os nomes dos 22 principais campos estão gravados em pedras no chão
7. Imagem do mal
Fotos, documentos, vídeos e jornais da época contam a história do Holocausto de forma cronológica. Estão retratadas aqui todas as fases da perseguição aos judeus: a política anti-semita da década de 30, os primeiros anos da guerra, o extermínio em massa conhecido como “solução final”, a resistência judaica e a libertação, em 1945
8. Futuras gerações
As mais de 1,5 milhão de crianças vítimas dos nazistas são lembradas com um memorial em uma caverna. Enquanto anda pelo lugar, iluminado apenas por velas, o visitante escuta o nome, a idade e o local de nascimento de alguns desses meninos e meninas. O museu também promove exposições esporádicas com diários das crianças e brinquedos usados como esconderijos de documentos e dinheiro
9. Centro de pesquisa
O museu tem uma biblioteca com mais de 72 mil livros e milhares de jornais e revistas sobre o Holocausto, em vários idiomas. O acervo é rico em material visual, com fotos, filmes e depoimentos de sobreviventes gravados em vídeo. Também funciona ali é a sede do Instituto Internacional de Estudos do Holocausto
10. Árvores da vida
Cerca de 20 mil árvores enfeitam os jardins do museu. Em cada uma, um “não-judeu” que se arriscou para salvar vítimas do nazismo é homenageado com uma placa com seu nome. A primeira delas é dedicada ao alemão Oscar Schindler, que salvou pelo menos 1,2 mil judeus. Em 2003, o embaixador brasileiro na França durante a guerra, Luiz de Souza Dantas, que emitiu centenas de vistos para os judeus perseguidos na Europa, ganhou sua árvore

Saiba mais

www.yad-vashem.org.il

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