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sábado, 30 de novembro de 2013

Pregadores de rosas

 
O ministério do profeta Jeremias foi bastante árduo. Levantado por Deus em uma época em que o povo estava em rebeldia, Jeremias falou em nome do Senhor e passou por terríveis dificuldades. Suas palavras, ao invés de massagearem o ego dos ouvintes (como acontece em muitos púlpitos nos dias de hoje), visavam levar o povo ao arrependimento e à mudança de atitude. Por isso, comprou briga com muita gente e pagou um alto preço...

Nos dias de Jeremias, o povo, a começar pelos sacerdotes, vivia uma espiritualidade de fachada, como se depreende nas seguintes passagens bíblicas:

“Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este. Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes,
E então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Fomos libertados para fazermos todas estas abominações ? É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o Senhor” (Jeremias 7:4 e 7:8-11).

Quem só prega sobre rosas, num ambiente extremamente pecaminoso como o atual, e se esquece de falar sobre os espinhos, talvez já esteja reprovado por Deus.

Como as tentações não tiram férias, é preciso, hoje, pregadores de plantão com a mesma ousadia de Jeremias.

Por outro lado, é necessário cuidado com aqueles que só pregam mensagens de cajado, falando permanentemente de juízo divino sobre a vida dos cristãos. Alguém já disse que os demônios habitam nos extremos! Busquemos o equilíbrio!

Sabemos ainda que o nosso Deus é misericordioso. No contexto histórico em que viveu Jeremias, o Senhor ofereceu uma chance para o arrependimento:

“Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras praticardes o juízo entre um homem e o seu próximo; Se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre” (Jeremias 7:5-7).

Termino esta reflexão sugerindo a interpretada pelo cantor Marcos Antônio:

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