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quarta-feira, 11 de junho de 2014

EUNUCO

Magu
Temos, na internet, um dicionário prá lá de porreta, que tem o nome de Dicionário InFormal, endereçohttp://www.dicionarioinformal.com.br/
 Trata-se de um dicionário no estilo da wikipédia, onde os leitores formam os verbetes, e depois vão sendo corrigidos ou aperfeiçoado por outros, mantido por alguns patrocinadores. Há alguns verbetes que inclui lá. Há verdadeiras preciosidades, tal como este verbete que abordo e que o senhor editor vai me permitir postar aqui. Enviada por Paulo Felicíssimo, de MG, em 2009, é muito bem escrito e informativo. Os leitores deste blog hão de concordar comigo.
Eunuco é um homem castrado, usado na antiguidade e na idade média como empregados domésticos, guardas de harems, soldados, etc.
Incrivelmente, existem no mundo de hoje muito mais eunucos que antigamente. Só na ìndia, existem mais de 1.000.000 de eunucos, os chamados” hijras”, castrados por motivos culturais e religiosos. Ainda na Rússia persistem os castrados denominados “skoptsi”, capados por fanatismo religioso, para manutenção da castidade. Fora esses, existem milhões de homens castrados por motivos médicos, para impedir a evolução do câncer de próstata.
Só nos Estados, existem perto de 1.000.000 desse tipo de castrados. No Brasil, perto de 350.000. Calcula-se que devam existir em todo o mundo, pelo menos 30.000.000 de eunucos por esse motivo terapêutico.
Histórica e basicamente, existem dois tipos de eunucos : os que tiveram os testículos ou a bolsa escrotal removidos, geralmente usados como empregados domésticos e os que que tiveram os testículos e o penis completamente extirpados, geralmente usados como guarda de harems. Entretanto, o Dr. Wilfred Thesiger, um famoso médico e aventureiro inglês, que fez excursões pela península arábica e África, logo após a Segunda Guerra Mundial, descreve um terceiro tipo de eunucos, mais raro, mas encontrado nessas regiões : é o eunuco com testículos, mas sem o pênis, quando os senhores queriam um escravo com toda a sua força e vigor, mas sem a lassidão e a falta de musculatura dos eunucos propriamente ditos, pois, a rigor, precisamente, o termo eunuco só se aplica aos que não têm gônadas. A princípio, para a feitura desse tipo de escravos, eles simplesmente cortavam, de um só golpe, rente ao abdomen, todo a genitália da vítima, mas como a mortalidade era muito alta ( por volta de 70% ), fora os problemas renais e de micção desses pobres coitados, inventaram um novo processo, que era o seguinte: extirpavam toda a manga de pele do penis, da cabeça até rente ao abdomen, embutiam o corpo do penis despelado para dentro do abdomen, deixando de fora apenas a cabeça (glande), cuja coroa era então costurada (suturada) ao nível do púbis. Dessa forma, criavam um tipo de escravo, com todo o vigor e musculatura do macho, mas sexualmente incapaz de praticar qualquer tipo de sexo, pela curteza do órgão ( só a cabeça ficava de fora ), que, entretanto continuava apto a urinar normalmente, evitando os problemas de micção e infecções urinárias próprias dos eunucos clássicos.
Os romanos tinham outra técnica para criar esse tipo de eunucos : infibulavam seus penis pela haste com argolas de metal, que viravam a glande na direção do corpo, em ângulo fechadíssimo, tornando super dolorosa qualquer ereção, mas permitindo, com alguma dificuldade, a micção. No Museu do Louvre, em Paris, existem duas estátuas de escravos germanos, infibulados dessa forma, para exercício de trabalho pesado nas minas.
Dizem que até hoje, todos esses tipos de escravos são vendidos nos mercados clandestinos de escravos ainda existentes na Mauritânia e no Sudão.
(*) Foto: Eunucos indianos.

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