Nosso Púlpito
Mas para que serve um púlpito mesmo?..... acompanhe o restante deste artigo,
O púlpito é um lugar privilegiado, de onde a cada domingo, cada culto, cada reunião, posso me dedicar a expor a Sua Palavra e aquilo que o Senhor tem me falado. Já se disse que o púlpito representa uns 5% do trabalho de um pastor, porém, é neste lugar que realmente as pessoas podem perceber os outros 95% do nosso trabalho e, acima de tudo, do nosso relacionamento com o Senhor. Assim, o púlpito é importante, essencial, útil e especialmente representa a investidura da Palavra proferida. Como pastor, um dos mais importantes instrumentos de “trabalho” é o púlpito, o lugar onde expomos a Palavra de Deus, onde argumentamos, onde ministramos cura aos corações, de onde lançamos à Palavra aos corações dos ouvintes.
Tenho orado ao Senhor para que Ele me dê mais graça a cada dia, cada culto, para que a minha pregação (a forma de transmitir) seja condizente com a grandiosidade da mensagem que Ele me dá. Precisamos definir o que é púlpito. As igrejas utilizam esse móvel chamado púlpito para que os preletores preguem. Ele encontra-se no centro da plataforma, geralmente elevada, dando assim uma conotação de autoridade e centralidade. Na Reforma Protestante o altar foi praticamente removido, deixando toda a atenção dedicada ao púlpito, reforçando ainda mais a centralidade da pregação.
Mas para que um púlpito não serve? Sendo o púlpito um lugar para pregar a Palavra de Deus, temos visto, ao longo da vida cristã, muitos usos inadequados do púlpito das igrejas para jogadas de poder, principalmente político: nada justifica a abertura do púlpito a politicagem. A igreja precisa de uma vez por todas posicionar-se contra qualquer manobra política que a envolva, inclusive a política eclesiástica.
O púlpito cristão também não serve como lugar de contar piadas, falar de times de futebol... há pastores que sabem entreter o povo, gostam de repetir no púlpito as histórias que ouvem nos gabinetes, ilustrações de mau gosto, palavras chulas... o povo sai do culto lembrando mais das piadas e trejeitos do pastor do que da Palavra de Deus.
O púlpito cristão também não serve para seminários de auto-ajuda ou palestras motivacionais: Os pastores de hoje em dia, mesmo que sem intenção acabam caindo nos discursos da auto-ajuda. Hoje há muita filosofia e crendices sendo pregados como se fossem verdade e no fundo, apenas amortece os problemas e não serve para o amadurecimento de um crente, apenas mais muletas e sonhos ilusórios. Precisamos pregar a ajuda que vem do alto, a única que pode mudar a vida de uma pessoa por completo.
O púlpito cristão também não serve para barganhas financeiras: às vezes o culto tem se tornado o “leilão da fé”; entregar o dízimo ou a oferta não é moeda de troca com o Senhor. Deus não é mendigo, nem mercenário, muito menos um negociante. No púlpito precisamos ensinar o que a Bíblia diz, ofertem com liberalidade e plena consciência de que isso é um gesto de amor.
O púlpito cristão também não serve para resolver os problemas da igreja, fazendo o “pastoreio à distância”...., inúteis tentativas de dar indiretas ou de intimidar o povo: Se um membro tem problema, chame-o e resolva, não é sábio submeter a igreja toda aos problemas dos outros.
O púlpito também não serve para o pastor aliviar suas frustrações e traumas. Sob a égide da “transparência” de vida, falam de si mesmos mais do que de Deus. Na Bíblia há exemplos suficientes de pessoas com falhas e defeitos.
Púlpitos para a glória de Deus! A palavra de Deus é pura, simples, profunda e para todos, em todo o tempo; precisa ser pregada, com seriedade, com graça, amor e unção... e o que me agrada é saber que o Senhor conta comigo e com você, pastor/pregador, nesta prestimosa tarefa. Gosto muito do texto de Marcos 16.20, quando encerra o Evangelho de Marcos, com a seguinte sentença: “os discípulos saíram pregando por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiam” (interpretação livre). Como é bom saber que o Senhor está empenhado comigo, quando prego a Sua Palavra.
O autor, Pr. Elton Melo, é missionário da CIBI em Vitória, ES - http://www.ibivitoria.org
O autor, Pr. Elton Melo, é missionário da CIBI em Vitória, ES - http://www.ibivitoria.org
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