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terça-feira, 29 de março de 2011


Divergências na Igreja Adventista do Sétimo Dia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

[editar] Controvérsias doutrinárias

Algumas das críticas incluem:[1]
  • Que os escritos de Ellen G. White teriam o mesmo nível de autoridade da Bíblia: Inspirados por Deus e infalíveis. Embora a Conferência Bíblica da IASD, de 1919, houvesse estabelecido, de forma coerente, que a inspiração dela foi verbal e não necessariamente escrita, e essa mesma Conferência tenha firmado entendimento de que os escritos Ellen G. White não são autoridade teológica final em assuntos doutrinários, e que a Bíblia é a única regra de fé e de prática, a IASD oficialmente, e atualmente, estabeleceu, em sua crença No 18, a existência do Dom Profético e o papel de Ellen G. White como "contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja", . Além disso, também creem que o Dom de Profecia é extensível a qualquer crente dentro dos dons espirituais, muito embora não pratiquem ou promovam rotineiramente este dom.
Nota: Embora alguns considerem isso uma controvérsia, a IASD afirma que os escritos de Ellen White são fonte de esclarecimento para o estudo da Bíblia, mas que a própria Ellen White enfatiza que se alguém ficar em dúvida entre ela e as Escrituras, que fique com o que dizem as Escrituras Sagradas. Os escritos de Ellen White levam ao estudo da Bíblia, sendo eles apenas uma "luz menor" conduzindo à "luz maior," a Bíblia. Grupos dissidentes e o mundo evangelico em geral acham a explicacao um tanto controversa e confusa, alegando que durante seculos a Palavra nao necessitou de uma "lente de aumento" extrabiblica para ser compreendida. Para estes, depender da interpretacao de um grupo ou da "pena inspirada," como sao chamados os livros de Ellen White por adventistas que creem no seu dom profetido, e' estabelecer que a Biblia so' nao e' suficiente e incorrer no mesmo erro que catolicos romanos que sao instados a aceitar somente a interpretacao biblica estabelecida por sua igreja. Embora, ASD digam que o conhecimento de verdades biblicas e' progressivo e que, de acordo com a profecia do livro do profeta Joel, velhos e jovens profetizarao ou terao sonhos reveladores nos ultimos dias, o desenvolvimento do dom de profecia parece ter parado com Ellen White, que se tornou como uma "papisa" e a ultima a declarar o que e' "ortodoxo," quando a primeira e ultima palavras sempre foram as das Escrituras Sagradas.
  • Que as doutrinas adventistas são baseadas nos escritos de Ellen G. White: As 28 doutrinas da IASD foram estabelecidas unicamente com base na Bíblia. Os escritos de Ellen G. White nunca estabeleceram doutrina na igreja. De fato, as visões que ela relatou ter recebido sobre algum ponto doutrinário somente apareciam depois de um ponto já ter sido estudado pela igreja.
  • Que o serviço intercessorio de Cristo não finalizou na cruz: Os adventistas creem que Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote ou Intercessor de todos os crentes no Santuário Celestial, diante de Deus, o Pai. Isto embora esteja dentro do contexto de crenças adventistas e na visão dos mesmos do livro de Hebreus no Novo Testamento, não implica de nenhuma forma que o sacrifício vicário de Cristo seria incompleto ou insuficiente. No entanto, comentarios de Ellen White, tais como o de que arrependimento, confissao e perdao de pecados por Deus "nao os cancelam," entram em conflito com declaracoes biblicas de que Deus lanca pecados do Seu povo "nas profundezas do mar e deles nao mais se lembra." A dificuldade de White de harmonizar tais pensamentos com o servico do santuario terrestre, talvez seja de querer interpreta'-lo literalmente ao tentar explicar a funcao de Cristo no santuario celestial. Faltam, no entanto, esclarecimentos a respeito do que fazia Jesus antes de 1844, quando segundo 'a interpretacao adventista das profecias das 2300 tardes e manhas do profeta Daniel, Jesus teria inaugurado uma nova fase no Seu ministerio sacerdotal, passando do lugar santo ao lugar santissimo, se esta parte do Seu ministerio ja' havia sido cumprida na Terra ao Ele Se oferecer "de uma vez por todas" no Calvario como vitima expiatoria. A ala evangelica da igreja e apologistas sustentam simplesmente que, de acordo com o livro de Hebreus, capitulo 9, o mesmo Cristo e' a cortina que se partiu de cima abaixo, sendo ela a Sua carne sacrifical e o "elemento" de aproximacao entre o crente e o Pai no Santo dos Santos que outrora fora interrompida pelo pecado. Ao ascender aos ceus, Cristo teria ido direto 'a presendo do Pai no lugar santissimo onde ministra por nos os beneficios de Sua morte vicaria e nos representa, tendo oferecido um sacrificio completo na cruz expresso nas palavras "onde Se assenta 'a direita da Majestade."

Nota: A igreja crê que a Obra de Cristo foi finalizada na cruz por Cristo e que o sacrifício expiatório pela humanidade é único e completo, mas o processo expiatorio tem fases diferentes cujo climax sera' o termino da intercessao de Cristo no Santuario Celestial com o Juizo Executivo na Segunda Vinda de Cristo.
A igreja adventista teve algumas crises e dissidências, de relevância para a sua história. As principais foram:
  • 1906 - Crise Panteísta: Vários líderes foram expulsos da denominação por acreditarem em Deus como uma essência impessoal que permearia todo o universo. Kellogs, que participara na criacao dos sucrilhos de cereais, teria sido um dos principais expoentes ou seguidores do movimento.
  • 1914 - Cisma Reformista: Por divergências locais da liderança adventista na Alemanha, foi estabelecido de maneira contrária aos princípios do não-porte de armas e da atividade no dia de Sábado para os membros da igreja da Alemanha na 1a. Guerra Mundial. Os membros que não concordaram com esta conduta da igreja local, expondo abertamente suas opiniões foram expulsos de suas congregações. Após o término da guerra, a Conferência Geral tentou estabelecer um consenso entre partes, porém o segmento que havia sido expulso formou um movimento dissidente que se tornaria a Igreja Adventista do Setimo Dia, Movimento de Reforma. Esta sofreu uma dissidência interna em 1951. Compartilham a maioria absoluta das doutrinas da igreja adventista do sétimo dia, inclusive a Trindade, porém consideram a IASD como parte da babilônia espiritual. Sao vegetarianos e mais ortodoxos, no sentido de acatarem mais literalmente algumas declaracoes biblicas e levarem mais a serio os ensinamentos de Ellen White concernentes ao vestuario, alimentacao, saude e ao nao envolvimento belico. Cognominam-se o "quarto anjo" do Apocalipse com uma mensagem de advertencia 'a Igreja e ao mundo. Sua sede mundial e' em Richmond, Estado da Virginia nos Estados Unidos. (ref. Site official dos Adventistas do Setimo Dia - Movimento de Reforma na internet -- Seventh Day Adventist --Reform Movement 2011)
  • 1929 - Ramo Davidiano: o búlgaro-americano Victor Houteff publicou "O Cajado do Pastor" (The Shepeherd's Rod) contendo novas profecias e interpretações que foram rejeitadas pela IASD. Seus seguidores, que nunca foram muitos, mantiveram na maior parte membresia na IASD. Todavia alguns grupos mais radicais constituíram denominações independentes, como a Igreja Adventista do Ramo Davidiano, que liderada por David Koresh, foi palco do Cerco de Waco, Texas, em 1993, depois de 51 dias de cerco pela polícia.
  • 1932 - Movimento Pentecostal no Brasil: A igreja adventista já havia rejeitado na virada do século XIX a corrente carismática que deu origem às igrejas pentecostais. Entretanto, o pastor adventista brasileiro João Augusto da Silveira, no dia 24 de Janeiro de 1932, em Paulista, Pernambuco, referiu ter apresentado o dom de línguas como crido pelas igrejas pentecostais. Foi fundador da Igreja Adventista da Promessa, que em linhas gerais tem como discordância da IASD o Dom Profético (não acredita no dom profetico de Ellen G. White) e no entendimento sobre o batismo do Espírito Santo.
  • Década de 1970 - Crise Liberal: O surgimento de forum de discussões universitários fez brotar publicações independentes dentro da igreja, com a revista Adventists Today e Spectrum. Esta última abrigou (e abriga até hoje) uma corrente progressista, que questiona o método histórico-crítico de interpretação das profecias bíblicas, bem como o papel de Ellen G. White dentro da igreja adventista. Alguns eminentes teólogos da igreja, como Desmond Ford (professor do Seminário Teológico Adventista na Austrália), criticaram a doutrina do santuário da forma como ela é estabelecida pela Igreja. Ele continua como membro da Igreja, embora suas credenciais de professor e pastor tenham sido removidas. Outro pastor, Walter T. Rea, foi cortado da igreja por não acreditar no dom profético como crido pela IASD através da pessoa de Ellen G. White, questionando seu método de produção literária, que, segundo pesquisa elaborada com rigor técnico, estava todo fundamentado em plágio das obras de outros autores.
  • Década de 1990-dias atuais - Crise Fundamentalista: Alguns membros, como reação aos liberais da revista Spectrum, adotaram uma visão radicalmente oposta a estes, revendo pontos doutrinários modificados por líderes ecumênicos ao longo das décadas posteriores à morte dos pioneiros, inclusive Ellen G. White. Entre eles, destacam-se a crença na Trindade e na natureza realmente humana (pós-queda) de Cristo. Embora a liderança afirme hoje que a Igreja Adventista não tinha adotado posição formal sobre pontos como a Trindade e a Natureza Humana de Cristo até 1931, isso não parece corresponder 'a verdade, pois os anuários conhecidos como Yearbooks e outras publicações ano após ano reafirmaram o antitrinitarianismo e a crença na natureza pós-lapsariana do Filho de Deus encarnado pelos adventistas pioneiros. Existem variantes deste fenômeno antitrinitarianista e pós-lapsariano em vários países, que se apresentam: 1) Nos EUA, através de Ministérios Independentes e Igrejas congregacionalistas, isto e', aquelas igrejas adventistas que preferem ser regidas por governo local e nao por conferencias ou a Conferencia Geral em Silver Spring, Maryland ; 2) Em países como o Brasil, através dos chamados "grupos dissidentes" assim rotulados pela Administração, e pela organização de igrejas independentes, que se denominam "adventistas leigos" ou, mais recentemente, "adventistas bereanos".

[editar] Atual crise doutrinária no Brasil

Como reflexo direto do movimento fundamentalista iniciado nos Estados Unidos, têm surgido vários grupos de pessoas divergentes da crença consensual adventista atual. Em termos gerais há algumas características comuns:
  • 1) Forte apelo crítico às associacoes ou conferencias da organização adventista, principalmente 'a relacao dictatorial "empregado/patrao" entre pastores administradores e pastores "subalternos," comissao e membros "comuns" e pela maneira autoritaria como alguns ministros tratam os membros, a qual contradiria o lema de que a igreja e' formada pelo "sacerdocio de todos os santos;"

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