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terça-feira, 10 de novembro de 2015


Na noite de 9 de novembro de 1938 teve início a onda de violência contra os judeus em todo o Reich [OBS: Alemanha]. Embora os ataques parecessem expontâneos, como se fossem uma revolta natural da população alemã contra o assassinato de um oficial daquele país por um adolescente judeu em Paris, na verdade, o ministro alemão da propaganda, Joseph Goebbels, e outros líderes nazistas haviam organizado os pogroms [OBS: chacina dos judeus] cuidadosamente, muito antes deles acontecerem. Num período de apenas dois dias, mais de 250 sinagogas foram queimadas, cerca de 7.000 estabelecimentos comerciais judaicos destruídos, dezenas de judeus foram mortos, e cemitérios, hospitais, escolas e casas judias saqueados, tudo ante a total indiferença da polícia e dos bombeiros [e da população]. Os pogroms ficaram conhecidos como Kristallnacht ou "Noite dos Cristais" [OBS: também “Noite dos Vidros Quebrados”], devido aos vidros estilhaçados nas vitrines das lojas, sinagogas e moradias de judeus.
Na manhã seguinte, 30.000 judeus alemães do sexo masculino foram presos pelo “crime” de serem judeus, e enviados a campos de concentração onde centenas acabaram morrendo. Algumas mulheres judias também foram detidas e enviadas para prisões locais. Estabelecimentos comerciais de propriedade de judeus não puderam ser reabertos, exceto os que passaram a ser gerenciados por não-judeus. Toques de recolher foram impostos, limitando as horas do dia em que os judeus podiam sair de suas casas.
Após a “Noite dos Cristais”, a vida de adolescentes e crianças judias na Alemanha e na Áustria se tornou ainda mais difícil: além de serem barrados em museus, parques e piscinas, também foram expulsos das escolas públicas. Os jovens, assim como seus pais, passaram a viver totalmente segregados naqueles países. Desesperados, muitos judeus cometeram suicídio. As famílias judias desesperadamente passaram a tentar sair da Alemanha e da Áustria.

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