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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Livro desvenda culinária judaica e suas relações com PernambucoPDFImprimirE-mail
Publicado por Taiza Brito   Ter, 08 de Junho de 2010 14:43
judeusÉ nesta terça-feira (8), no Museu Sinagoga Kahal Zur Israel, o lançamento do livro “A Cultura Alimentar Judaica em Pernambuco” (sobre o qual já publicamos post abaixo), pelo Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco, em parceria com a Federação Israelita de Pernambuco e patrocínio da Fundarpe, através do Funcultura.
A organização é da professora Tania Kaufman e a publicação traz uma série de artigos conceituando a importância histórica e cultural da culinária judaica, desde os conceitos básicos que regem a alimentação como comportamento de um povo até o processo de integração do povo judeu à cultura nordestina.
Além disso, são apresentadas algumas receitas tradicionais como o guíldene iúch, ou sopa dourada e o delicioso hônik lêikech, o bolo de mel. Os artigos são assinados pela própria Tania Kaufman e também por Beatriz Schvartz e pelo historiador Daniel Breda.
Com mais de 5 mil anos de história, a culinária judaica está intimamente relacionada aos preceitos religiosos, à cultura e à vida familiar do povo judeu. Presente nos rituais e festas, a cozinha judaica não é sofisticada nos ingredientes, mas aprimorada no preparo. Para os mais ortodoxos, além dos alimentos, os utensílios e panelas também devem ser 'Kasher' (puros) para que a cozinha seja autêntica. Uma panela em que tenha sido preparada uma carne nunca poderá ser usada para ferver leite, por exemplo.
O conhecimento vai passando de mães para filhas e netas. As mais experientes transmitem às mais jovens os segredos de pratos como o falafel, o guefilte fish (bolinhos de peixe recheados e adocicados), varenikes (pastéis de batata cozidos com recheio de cebola) e flúden (doces de nozes, castanhas, damasco e massa folhada).
 “Muito se tem escrito sobre as leis dietéticas judaicas e suas relações com a gastronomia como expressão religiosa e cultural dos judeus. Inclusive, em muitas obras são reveladas particularidades de uma cozinha étnica em suas semelhanças e diferenças intergrupais. Judeus, ashkenazim ou sefaradim, criaram em cada continente onde se instalavam: Europa, África, Américas e Ásia, suas formas próprias de cozinhar. A ideia do novo livro é aproximar da população as relações entre os hábitos de alimentação judaica nos séculos XVI e XVII, o ato de cozinhar, a gastronomia sincretizada entre as leis dietéticas do judaísmo e a disponibilidade de produtos no novo espaço ambiental do Brasil Português e Brasil Holandês e no Brasil de hoje. O propósito é contribuir para uma discussão no âmbito da etno história que combina as técnicas de historiadores e antropólogos para relacionar o passado e o presente”, explica a presidente do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco, Tânia Kaufman.
 “Hoje em dia, assim como os pratos de diversas comunidades, os judaicos também passaram por uma renovação”, diz Beatriz Schvartz, vice-presidente do Arquivo Judaico em Pernambuco e co-autora da publicação.
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