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domingo, 10 de abril de 2011

Reeducação Alimentar


A dieta de Jesus

Desta vez, a receita de bem-estar vem literalmente dos céus: inspirada na alimentação de Cristo, uma dieta que promete energia, saúde e, de quebra, a perda de alguns quilos está dando o que falar. Para você decidir se quer ou não se converter a ela, CLAUDIA conversou com seu idealizador, o americano Don Colbert, e especialistas brasileiros.As chamadas "dietas da Bíblia", que ganham cada vez mais fama, têm como base os alimentos citados no Velho e no Novo Testamento. O médico nutrólogo e pastor americano Don Colbert, 49 anos, foi o primeiro a buscar a inspiração divina: em 2002, lançou What Would Jesus Eat? (no Brasil, O que Jesus comeria?), que virou best-seller. Don garante aos leitores que é possível seguir os exemplos de Cristo - inclusive na alimentação para controlar o peso. "A publicação não tem intenções religiosas. Nela, provo cientificamente que os alimentos daquela época fazem bem à saúde e mostro como tirar proveito deles", diz.Mais do que dieta, o autor afirma propor um programa de reeducação alimentar. "É uma questão de estilo de vida. A perda de peso, de até 1 quilo por semana, é apenas conseqüência." Dois exemplos de Jesus que o autor nos incentiva a seguir: medir bem as porções (lembre-se de que a gula é pecado) e comer com calma, aproveitando a refeição. E quanto à dieta em si? Para o endocrinologista Ricardo Botticini Peres, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o programa nada mais é do que uma mistura da dieta mediterrânea com a segunda fase da dieta de South Beach. O médico nutrólogo Edson Credidio, diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), em São Paulo, concorda e acrescenta: "O diferencial está em usar um mito como Jesus para fazer uma releitura dessas dietas". Com a lista dos alimentos permitidos na mão, pedimos a eles e a outros especialistas que analisassem com mais detalhes o que Colbert prega:
Peixes
A alimentação de Jesus baseava-se praticamente em peixe. Camarões e moluscos, porém, eram considerados impuros. Para o endocrinologista Tércio Rocha, da Academia Brasileira Antienvelhecimento, os peixes, de preferência os de água fria, podem ser ingeridos todos os dias. "Sua gordura é poliinsaturada e rica em ômega 3, o que aumenta o colesterol bom e diminui o ruim", diz. Com frutos do mar, a coisa muda de figura. "Camarões, ostras e moluscos se alimentam de dejetos, têm alto teor de ácido úrico e aumentam o colesterol ruim."CarneMais que carne de vaca, Jesus comia as de cordeiro, cabra e aves. Mesmo assim, só em dias de festas e comemorações. Carne de porco não fazia parte do seu cardápio. "A carne - branca e vermelha - contém proteína de alto teor biológico, ferro, zinco e vitamina B, além de fornecer aminoácidos essenciais", afirma Edson Credidio. "Se abrirmos mão dela totalmente, ficamos mais sujeitos a doenças e perdemos massa magra do tecido muscular. Acredito que os povos antigos não comiam certos alimentos mais pela dificuldade em obtê-los." Tércio Rocha lembra que a carne suína é considerada impura e proibida até hoje por quem segue a religião judaica. Crua ou pouco cozida, pode transmitir tênia. "O problema é minimizado quando os porcos são criados em granjas grandes e limpas. Mas, como sua carne é gordurosa, deve ser consumida com moderação", aconselha.

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