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quinta-feira, 18 de abril de 2013


O bom líder sabe a hora de parar

Recebi dias atrás o meu exemplar de A liderança espiritual, de Henry & Richard Blackaby, que traduzi para a LifeWay/ CLC. Chegou com um atrasoA liderança espiritual - Blackaby de quase dois anos (a obra foi lançada em português em 2011), em razão de mudanças ocorridas na área de coordenação editorial, quando o exemplar de cortesia desta ovelhinha se perdeu. Os autores são especialistas na orientação de líderes de empresas e igrejas com base em princípios cristãos, um livro que pode ser de grande ajuda para alguns ministérios ou mesmo para todos, de uma forma ou de outra.
Como está se falando muito em renovação (e em perpetuidade no poder) nos corredores da denominação, achei por bem pinçar um trecho do livro, que nos leva a refletir não só sobre a CGADB, mas principalmente à liderança nos campos eclesiásticos, que tende cada vez mais a se firmar como função vitalícia:
“É melhor deixá-los com saudade do que com ódio.” O bom orador conhece e segue esse ditado. O pregador competente reconhece que, se não expuser seu argumento em trinta minutos, é melhor mandar o povo para casa. Quem está habituado a falar em público nunca abusa do privilégio de uma audiência cativada. Numa escala maior, o líder sábio também reconhece seu tempo e sabe a hora de sair tranquilamente e deixar que um novo líder tome seu lugar. Muitos líderes diminuíram grandemente sua eficácia e arruinaram sua contribuição para a organização por insistir em permanecer no cargo muito tempo depois de esgotarem sua efetividade. [...]
O líder que recusa se aposentar quando chega a hora pode gerar grandiosos slogans sobre lealdade, mas está revelando um lado egoísta de seu caráter. Ele pode argumentar que deseja o melhor para a organização, e talvez seja verdade, mas sem dúvida também está relutante em deixar o prestígio, o poder e os benefícios financeiros advindos do cargo. O líder íntegro reconhece que já fez sua contribuição mais importante e tranquilamente passa o poder para a geração seguinte. Mas como ele pode saber que chegou a hora da troca de guarda? Deus guiará aquele que busca a sabedoria divina para saber se é a hora de sair. Em certos casos, o desempenho da organização deixa uma mensagem clara: se ela enfrenta constantes dificuldades; se está sempre atrás da concorrência; se novas ideias não são apresentadas; se o pessoal mais qualificado está saindo; se o ânimo dos funcionários decaiu; se não há nenhuma previsão animadora para o futuro — esses são indicadores de que algo precisa mudar. Talvez o líder precise de uma reviravolta dramática, ou esteja na hora de um novo líder tomar posse.

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